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O Dízimo Segundo a Ordem de Melquisedeque

Introdução
O surgimento do dízimo é um mistério que ainda não desvendado até agora. E até hoje não sabemos quem foi o autor ou criador do dízimo. Quem ler as Sagradas Escrituras nas partes que falam sobre os dízimos, cria enorme curiosidade querendo encontrar pelo menos um verso que dê uma pista ou que lhe indique quem foi o criador do dízimo. Você pode passar anos e anos pesquisando em todo tipo de fonte bíblia e históricas; que lhe dê pelo menos uma pista de onde veio a ideia de criar o dízimo ou qual foi a pessoa ou nação que teve a brilhante ideia de criar esse Oimposto que Deus pediu para Moisés anexar à lei, porque viu ele tinha algo de bom que podia abençoar sua obra por meio dele. O dízimo é um mistério que está escondido por trás de sete chaves, e só Deus sabe quem foi seu criador.

O surgimento do dízimo
Pela primeira vez, só temos o conhecimento do surgimento do dízimo dos tempos dos Patriarcas Abrão e do sumo sacerdote e Rei Melquisedeque. A Bíblia não diz que Melquisedeque foi o criador do dízimo. Existem a possibilidade do dízimo de ter sido criador pelos horeus, pelos Jebuseus ou pelos amorreus; pelo fato destas três nações terem governado Jerusalém antes dela ser conquistada por Davi; que era um representante legal de Melquisedeque na pessoa do Messias.

A cidade de Jerusalém permaneceu intacta durante séculos entre os territórios de Israel mesmo depois da conquista de Moisés e Josué, e também durante a ocupação e as conquistas das terras pelas tribos israelitas. Mesmo depois da eleição de um rei, no caso Saul; ela permaneceu protegida até que um represente legal do sacerdócio do Messias pudesse romper suas muralhas e transformar a cidade de Jerusalém na cidade do grande Rei e Sumo Sacerdote Jesus Cristo. Mas por que ela não foi conquistada por Saul? Porque Saul não era represente legal do Messias, nem pertencia a tribo de Judá da qual contribuiu para abolição da ordem de Arão, e que recebeu a ordem sacerdotal segundo a ordem de Melquisedeque.

O dízimo segundo a ordem de Melquisedeque não é condicional. É voluntário, e feito como um ato de fé e gratidão a Deus. Já o dízimo de Arão era condicional. Ou seja, você só tinha se obrigatoriamente contribuísse. O dízimo do Velho Testamento, por ser condicional; ele se tornava obrigatório. Pelo fato dele ser baseado nas regras da recompensa.

Vou dá aqui um exemplo do Velho Testamento que mostra como funcionava o dízimo baseado na regra da recompensa. Pra isso Deus dava ao homem todas as condições pra ele começar. Só que depois ele tinha a obrigação de pagar ao templo a décima parte de sua produção. Neste caso, é o mesmo que você pegar o anzol e as iscas e entregar para o pescador, dando as seguintes condições: olha eu lhe dou todo o material da pescadaria, mais você será obrigado repartir comigo parte do peixe. Em outras palavras; Deus dizia assim ao homem: vou mandar a chuva pra seu campo e você está na obrigação de enviar a decima parte de sua produção para minha casa. Há você não entregou mais o dízimo? Então eu não vou deixar chover mais em seu campo. Há você não entregou o dízimo de seu rebanho? Então sua vaca vai ficar estéril e não dá mais leite e nem dá mais sua cria. Veja o que diz o profeta Malaquias neste verso abaixo que mostra a obrigatoriedade do dízimo no Velho Testamento.

Malaquias:3:10 - Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.

Uma coisa é certa, quando se entrega uma coisa forçada e obrigado para poder ter o direito de algo; e gozar de privilégios dentro da instituição religiosa, no mínimo é antibíblico, antipático e vergonhoso. E ninguém faz isso com alegria. A recomendação do Paulo que se dê com alegria para que Deus receba.

O dízimo era condicional no tempo da lei e do sacerdócio de Arão. Só que no sacerdócio de Cristo Jesus, que veio segundo a ordem de Melquisedeque não existe mais tal obrigação. O Senhor Jesus disse o seguinte: (Mateus 10:8 - Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai). 

Vimos pelas palavras de Jesus em Mateus 23:23, que Ele sempre foi a favor de que seus seguidores e os judeus fossem féis em seus dízimos. No entanto, eles não podiam deixar de zelar e cumprir o mais importante da Lei de Moisés, que era: juízo, a misericórdia e a fé.

Nossos Senhor Jesus, fez serias críticas aos indivíduos que confiavam no dízimo como poder de barganha para conquistar a simpatia de Deus, obter seu poder, justiça e seu perdão; porque se achavam justos aos seus próprios olhos só porque eram contribuintes assíduos no Santo Templo (Lc 18:12).

Contribuir com o dízimo não é norma 
Não existe normatização do dízimo no sacerdócio de Jesus. Isso é muito importante que todo cristão observe para não cair nas garras dos exploradores do dinheiro dos santos. Jesus como representante legal de Melquisedeque, não normatizou o dízimo como lei obrigatória em seu ministério sacerdotal, ainda que assim o pudesse. 

O dízimo como lei impositiva sobre os santos 
O dízimo que os Pastores adotam hoje dentro das instituições religiosas é obrigado. Mas a Bíblia não dá suporte e nem apoio para pastores, missionários, presbíteros e diáconos tornar o dízimo obrigatório, e forçar as pessoas entregar o dízimo por cima de pau e pedra, só para poder obter honra, poder e privilégios. Tudo o que se torna condicional se torna dívida, e em uma obrigação.

Não estou divulgando este artigo para induzir ou conscientizar você para de contribuir com seu dízimo para o crescimento da obra de Deus. Mas quero fazer com que você contribua de forma consciente, e como um ato de fé e gratidão a Deus pelo que Ele lhe deu. Não contribua esperando mais recompensa de Deus. Deus lhe dá porquê tem o prazer de ver você agradecendo pelas bênçãos que Ele envia pra você. O reino de Deus e seu amor não funcionam seguindo as regras do lá e dá cá.

Acabe com esse pensamento mesquinho. Deus quando lhe dá uma bênção, você não deve nada a Ele. Até porque Ele é o dono da prata e do ouro. Ele só quer que você saiba lhe agradecer e mais nada mais. Se Deus lhe uma bênção você não tem obrigação de dá satisfação a ninguém.

Conclusão
Apesar de não sabermos quem criou o dízimo, Deus e sua sabedoria apoiou e adotou à pratica do dízimo por seu povo, porque viu que era uma coisa boa. Pois até Deus sede humildemente quando o homem cria uma coisa que pode contribuir com o crescimento de seu reino na terra. Quando as ideia e os projetos são corretos; sem pecado e sem má intenção, Deus também concorda. Pois Deus é um Deus, que sabe fazer alianças e fazer acordos para o bem do homem e crescimento de seu reino.

Sobre a frase seio de Abraão

Essa é uma frase figurativa forte, que repassa e reproduz uma esperança de bem-aventurança para com cristão lutar pela fé para ir ao paraíso após a morte. Embora seja usada no judaísmo rabínico, a única ocorrência escrita dessa expressão encontra-se na parábola proferida por Cristo sobre o homem rico e Lázaro (Lc 16.19ss.). Ao morrer, o mendigo Lázaro é carregado pelos anjos até o seio de Abraão, enquanto o homem rico, depois de seu enterro, é atormentado no Hades.

De acordo com o AT, ao morrer as pessoas vão ao encontro de seus pais (Gn 15.15; 47.30; Dt 31,16; Jz 2.10), Como Abraão era o pai dos judeus (Lc 3.8; Jo 8.39s.), a forma mais concreta dessa expressão era ir ao pai Abraão (IV Mac 13.17). Uma simples variação disto era falar da vida após a morte em termos de “seio de Abraão”. No judaísmo rabínico a frase tinha dois sentidos distintos, e os intérpretes estão dividi­dos quanto ao significado preciso da frase nessa parábola. Deitar-se ou sentar-se no seio de Abraão pode exprimir, figurativamente, a carinhosa comunhão que existe entre Abraão e seus descendentes crentes no céu, em uma analogia à ternura paternal de um pai para com o seu filho (Jo 1.18). Outros acreditam que a figura está enfocando, principalmente, o banquete celestial onde, de acordo com a maneira romana de feste­jar, também usada pelos judeus, Lázaro está reclinado sobre uma mesa com a cabeça no seio de Abraão, seu anfitrião (Jo 13.23; 21.20). Talvez ambos elementos possam ser aplicados à parábola. 

Como as Escrituras geral­ mente representam a alegria do céu em termos de um banquete (Mt 8.11; Lc 13.28,29; 14.16ss.), seria natural que isto estivesse implícito na figura do pobre mendigo que antes se alimentava das migalhas da mesa do rico e que agora está gozando da abundância do banquete celestial. Mas a intimidade e a comunhão não estão ausentes desse quadro. O mendigo, solitário e proscrito, está agora gozando das venturas do céu na  íntima companhia do pai dos crentes. E como Lázaro está no seio de Abraão, também parece que ele recebeu um lugar de honra nesse banquete. Os intérpretes também diferem se o seio de Abraão representa um lugar que pode ser uma divisão ou compartimento do Hades.

Nos escritos judaicos, Seol-Hades é, muitas vezes, o lugar dos mortos em geral, incluindo tanto os justos quanto os pecadores. No capítulo 22 da psd. de Enoque existem até quatro divisões para Hades onde os mortos ficam à espera do dia do julgamento. Mas aqui o seio de Abraão e o Hades são lugares distintos. Jesus fala do homem rico somente no Hades e lá ele vê Abraão “ao longe”, informado que existia um “grande abismo’' entre eles de modo que qualquer transferência seria impossível. Abraão e Lázaro estão em uma posição abençoada, enquanto no Hades o homem rico sofre tormentos e pede água para refrescar a sua língua. Essas ter­ríveis condições aparecem como as consequências inerentes de estar no Hades, Suas implicações escatológicas são claras, pois a fé de Lázaro o leva à alegria da vida eterna (o seio de Abraão) enquanto a fortu­na do descrente homem rico não pôde protegê-lo dos tormentos do inferno (Hades), Esse contexto não oferece apoio à opinião de alguns católicos romanos segundo a qual o seio de Abraão está se referindo ao Umbus patrum, um lugar onde os crentes do AT gozam de paz enquanto esperam pela perfeita redenção de Cristo. No Egito, outros temas levam a uma interpretação do seio de Abraão na qual estão enfatizados os elementos água fresca e refrigério.

A promessa a Abraão cumpri-se

Vimos que outro episódio da vida de Abraão nos mostra seu retrato não como uma figura coberta de lendas (como certos críticos afirmaram), mas através de calorosos aspectos humanos. A maior parte dos relatos bíblicos trata de sua pessoa a partir dos setenta e cinco anos (Gn 12.4). O fato de Abraão ter 100 anos e Sara 90 quando Isaque nasceu, longe de ser um “Midrasli” tardio, é um fato importante da história original, isto é, que Abraão adorava ao Deus que realiza o impossível. É verdade que o relato bíblico faz referência a um segmento relativamente pequeno de sua vida, no entanto esses comparativamente poucos capítulos (Gn 12-25) apresentam um quadro surpreendentemente bem delineado desse patriarca. Ele era quase um nômade, mas muito diferente do beduíno médio de nossos dias, pois Abraão tinha uma grande riqueza em gado, prata e servos. Ele era um homem de paz, mas podia usar seus servos (Gn 14.14) em conflitos ocasionais.

Abraão teve encontros face a face com o Todo-Poderoso, recebeu anjos (Gn 18.1-8), e recebeu a palavra de Deus em sonhos (Gn 15.12-17). Mais importante ainda, ele foi chamado por Deus de profeta em Gênesis 20.7, onde Abimeleque, rei de Gerar, foi prevenido de que Abraão tinha o dom da intercessão. Ele usou esse dom com muito sucesso em benefício de Abimeleque (Gn 20.17,18), mas não teve o mesmo sucesso em sua intercessão por Sodoma (Gn 18.23-30), sem dúvida por que sua opinião sobre essa cidade estava errada. Veja Sodoma; Bab adh–dhra Parece que por duas vezes Abraão protegeu seus próprios familiares quando usou uma meia verdade de que Sara era sua irmã, escondendo o fato de que ela era também sua esposa (Gn 12.11-13; 20.5). Isaque fez o mesmo (Gn 26.6-11). Veja Abimeleque. Entretanto, esses episódios, quando adequadamente entendidos, mostram que Abraão e Isaque, embora temerosos, não estavam deliberada­ mente caminhando nos limites da depravação moral. 

Os patriarcas vieram de Harã, uma área controlada pelos hurianos. Portanto, ambos estavam praticando um apreciado costume huriano que chama de relacionamento irmã-esposa. Tanto Sara quanto Rebeca eram qualificadas para essa privilegiada posição, de acordo com a prática huriana legal. Os patriarcas esperavam usar como artifício diplomático essa posição especial de suas esposas que gozavam de um status superior em sua sociedade. Entretanto, nem o Faraó do Egito, nem o rei de Gerar, estavam familiarizados com esse costume hurriano e tinham que ser convencidos de que ele representava o legítimo exercício das prerrogativas e da proteção gozadas pe­las irmãs-esposas daqueles que pertenciam à alta sociedade huriana. No entanto, Deus interveio a favor de Abraão nos dois casos, ensinando-lhe que o caminho da confiança e da obediência representava o novo curso que ele deveria seguir (Gn 12.17; 20.3,17s). 

Abraão teve outra esposa. Quetura (Gn 25.14) através de quem se tomou pai dos midianitas e outros, mas como dizem as Escrituras, “Abraão deu tudo o que tinha a Isaque” (Gn 25.5). Abraão morreu “em boa velhice” e foi enterrado na cova que havia comprado dos heteus. A atitude de enterrar a sua família e deixar instruções quanto a seu pró­prio enterro na terra que lhe fora prometida, ao invés da terra natal de se us ancestrais, foi uma forte demonstração de sua fé na aliança que tinha com Deus. Em 2 Cronicas 20.7 e Tiago 2.23, Abraão é chamado de amigo de Deus. A universalidade desse título para o pai da nação hebraica está refletida no nome da mesquita construída em sua honra em Hebrom, isto é, Aí-Khalil (“O Amigo"). Ninguém pode estar plenamente seguro de que esta mesquita esteja construída exatamente sobre o local da cova funerária no campo de Macpela, mas Gênesis 23.19 afirma que esse local estava realmente situado na área de Hebrom.

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Quem foi Abraão?

Abrão ou Abraão, é uma personagem bíblica que tem também sua autenticidade no Cânon sagrado. Ele fenece abundantes evidências e acumuladas informações sobre a pessoas de Abraão, que não como contradizer ou negar sua existência histórica no mundo bíblico. Estudiosos aceitam os relatos históricos como um genuíno que reflete a real existência de Abraão no período bíblico.

Essas evidências estão sob a forma de fontes documentadas que estabelecem as tradições culturais refletidas na história bíblica. Os textos Nuzu, que representam a lei comum dos hurianos que dominaram partes da Mesopotâmia por volta de 1500 a.C., lançaram alguma luz sobre tais tradições, como a adoção que Moisés fez do servo Eliezer como seu herdeiro (Gn 15.2-4). 

Segundo o Nuzu, a adoção de um escravo era uma prática comum por parte dos casais sem filhos. Para uma possível herança, o homem adulto adotado negociava seus cuidados pelos pais adotivos em sua idade avançada, proporcionando a estes as cerimônias de enterro adequadas. Mas o Nuzu indica que um filho natural como Isaque, mesmo tendo nascido depois de tal adoção, sempre recebia os direitos de herança em primeiro lugar, Novamente, tanto os códigos legais de Nuzu como os de Hamurabi, dizem como uma esposa estéril era obrigada a fornecer uma serva para o marido, na expectativa de que um filho pudesse nascer. A relutância de Abraão de mandar Agar embora (Gn 21.11) reflete a proteção da lei huriana à serva,

sob tais circunstâncias. Outra tradição cultural, que não se coaduna com a lei hebraica posterior (mosaica) e, portanto, deve vir de épocas anteriores, foi a compra feita por Abraão do campo de Macpela (Gn 23). Os textos da Capadócia refletem as leis feudais hititas que, aparentemente obrigaram Abraão pagar o preço total (23.9, NTLH) para obter o título legal e comprar todo o campo de Efrom, o heteu, porque a plena posse vinha da obrigação feudal ou dos serviços devidos ao dono da terra, de acordo com a lei hitita. 

Abraão estava acostumado com tais transações comerciais e era capaz de pesar e entregar a Efrom os 400 siclos de prata como moeda corrente entre os mercadores. Não se tratava de moedas, mas como diz o hebraico, “prata que passa para o mercador”, significando barras não cunhadas ou anéis de prata. Embora Abraão não seja conhecido através de fontes fora da Bíblia, seu nome está citado sob a forma babilônica, Abamram como também o nome de Naor, e a cidade de Naor, em Gênesis 24.10), Tera e Serugue (Gn 11.22,24) que representam as cidades mencionadas nos textos Mari e em outros documentos assírios.

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Dicionário Wycliffe – Abimeleque

 1. O primeiro homem do AT a levar esse nome foi o rei de Gerar, um dos primeiros filisteus a residir na Palestina que se distinguiu dos posteriores guerreiros filisteus que ao final ao segundo milênio emigraram de sua terra natal em Caftor, provavelmente em Creta, e se estabeleceram ao longo da costa sul. É bastante provável que esses “povos do mar” tenham chegado à Palestina em ondas de migração no decorrer do segundo milênio. O clã de Abimeleque encontra-se entre os primeiros colonos. Acredita-se que Gerar deva ter tido sua localização a alguns quilômetros a sudeste de Gaza.

Abraão disse a Abimeleque uma meia verdade, isto é, que Sara era sua irmã (Gn 20.2-18), Abimeleque, cuja esposa era estéril, acreditou que Sara fosse solteira e tomou-a como sua esposa. Mais tarde ficou sabendo de toda a verdade através de um sonho, peio qual também compreendeu que Abraão era um profeta do Senhor que podia orar por ele. Depois de ter expressado uma pequena repreensão a Abraão, o bom filisteu Abimeleque não só devolveu Sara intocada, como também deu os presentes de Abraão de cabeças gado, servos e prata. A oração de Abraão por Abimeleque foi respondida, e as evidências foram os frutos produzidos peias mulheres de toda a sua família. Mais tarde aconteceu um pequeno desentendimento entre os dois abastados lares sobre a posse de um poço (Gn 21.22-32). O juramento de um pacto trouxe novamente a paz, e os hebreus deram seu nome a um oásis em Berseba (“o poço do juramento”).

2. Outro rei de Gerar na época de Isaque também foi chamado de Abimeleque (Gn 26.1,6-17). A experiência de Isaque foi muito semelhante à de seu pai Abraão. Ele também foi a Gerar por causa da fome. Temendo por sua vida por causa da beleza de sua esposa, Isaque disse que ela era sua irmã. Abimeleque soube de toda a verdade e repreendeu Isaac. O sucesso de Isaque na agricultura e na reabertura de poços cavados por seu pai fez com que as pessoas ficassem invejosas, de forma que Abimeleque pediu a Isaque que partisse. Mais tarde foi feito um pacto entre Isaque e Abimeleque, como havia sido feito anteriormente entre Abraão e o primeiro Abimeleque (Gn 26.26-31).

3. No título do Salmo 34, Aquis, o rei filisteu de Gate na época de Davi (1 Sm 21.10) é chamado de Abimeleque. É possível que Aquis fosse o seu nome de nascimento e que ele tenha ficado conhecido entre os moradores de Canaã como Abimeleque (assim como no caso do rei assírio Tiglate-Pileser III que também era chamado de Pul em certas partes de seu reino). Abimeleque também pode ter sido um título popular para os reis entre os hebreus. E um fato bem conhecido que a titularidade dos reis egípcios consistia em cinco nomes para cada rei.

4. O filho de Gideão (Jz 8.30-9.54) teve o título de Abimeleque. Parente, através de sua mãe, do povo de Siquém que adorava o deus Baal-berite, Abimeleque recebeu dinheiro do tesouro de Baal-berite e com ele procurou homens maus para ajudá-lo a assassinar os seus 70 irmãos.

O povo de Siquém rapidamente proclamou-o rei. Entretanto, Jotão, o caçula, escapou e viveu para proferir uma parábola contra o seu presunçoso irmão. Nessa parábola ele comparava Abimeleque a um arbusto espinhoso que governava todas as arvores e profetizou que os homens de Siquém e Abimeleque iriam se destruir mutuamente. Em três anos a profecia começou a stí cumprir quando o povo de Siquém se virou contra Abimeleque. Outra complicação foi introduzida na narrativa com o aparecimento de Gaal, filho de Ebede, que ganhou a confiança da maioria dos homens de Siquém. Entretando, Zebul, um dos governantes de Siquém, informou Abimeleque da situação e este, por meio de uma emboscada, expulsou Gaal e seu povo. 

Mas Abimeleque ainda tinha que conquistar a cidade de Siquém e isso exigia algumas engenhosas táticas militares (Jz 9.43-45). Finalmente, a cidade foi conquistada e coberta de sal, uma medida que tinha a finalidade de estragar o solo durante muitos anos. Como era costume geral, muitos dos senhores de Siquém procuraram refúgio na cidadela do templo do deus Berite. 

O sanguinário Abimeleque ateou fogo na torre do templo e queimou-os vivos. No processo de conquista de Tebes, uma cidade próxima, o povo também se refugiou em sua forte torre, mas o propósito de Abimeleque de queimá-la foi frustrado por uma mulher que jogou um pedaço de pedra de moinho sobre a sua cabeça, e assim lhe quebrou o crânio, dando fim à sua ímpia e criminosa carreira.


Jacó abençoa e seus filhos morre - Gênesis capítulo 49


Jacó abençoa seus filhos e morre
1 - DEPOIS chamou Jacó a seus filhos, e disse: Ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há de acontecer nos dias vindouros;
2 - Ajuntai-vos, e ouvi, filhos de Jacó; e ouvi a Israel vosso pai.
3 - Rúben, tu és meu primogênito, minha força e o princípio de meu vigor, o mais excelente em alteza e o mais excelente em poder.
4 - Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porquanto subiste ao leito de teu pai. Então o contaminaste; subiu à minha cama.
5 - Simeão e Levi são irmãos; as suas espadas são instrumentos de violência.
6 - No seu secreto conselho não entre minha alma, com a sua congregação minha glória não se ajunte; porque no seu furor mataram homens, e na sua teima arrebataram bois.
7 - Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura; eu os dividirei em Jacó, e os espalharei em Israel.
8 - Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão.
9 - Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará?
10 - O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.
11 - Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas.
12 - Os olhos serão vermelhos de vinho, e os dentes brancos de leite.
13 - Zebulom habitará no porto dos mares, e será como porto dos navios, e o seu termo será para Sidom.
14 - Issacar é jumento de fortes ossos, deitado entre dois fardos.
15 - E viu ele que o descanso era bom, e que a terra era deliciosa e abaixou seu ombro para acarretar, e serviu debaixo de tributo.
16 - Dã julgará o seu povo, como uma das tribos de Israel.
17 - Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os calcanhares do cavalo, e faz cair o seu cavaleiro por detrás.
18 - A tua salvação espero, ó SENHOR!
19 - Quanto a Gade, uma tropa o acometerá; mas ele a acometerá por fim.
20 - De Aser, o seu pão será gordo, e ele dará delícias reais.
21 - Naftali é uma gazela solta; ele dá palavras formosas.
22 - José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus ramos correm sobre o muro.
23 - Os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e odiaram.
24 - O seu arco, porém, susteve-se no forte, e os braços de suas mãos foram fortalecidos pelas mãos do Valente de Jacó (de onde é o pastor e a pedra de Israel).
25 - Pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos do abismo que está embaixo, com bênçãos dos seios e da madre.
26 - As bênçãos de teu pai excederão as bênçãos de meus pais, até à extremidade dos outeiros eternos; elas estarão sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça do que foi separado de seus irmãos.
27 - Benjamim é lobo que despedaça; pela manhã comerá a presa, e à tarde repartirá o despojo.
28 - Todas estas são as doze tribos de Israel; e isto é o que lhes falou seu pai quando os abençoou; a cada um deles abençoou segundo a sua bênção.
29 - Depois ordenou-lhes, e disse-lhes: Eu me congrego ao meu povo; sepultai-me com meus pais, na cova que está no campo de Efrom, o heteu,
30 - Na cova que está no campo de Macpela, que está em frente de Manre, na terra de Canaã, a qual Abraão comprou com aquele campo de Efrom, o heteu, por herança de sepultura.
31 - Ali sepultaram a Abraão e a Sara sua mulher; ali sepultaram a Isaque e a Rebeca sua mulher; e ali eu sepultei a Lia.
32 - O campo e a cova que está nele, foram comprados aos filhos de Hete.
33 - Acabando, pois, Jacó de dar instruções a seus filhos, encolheu os pés na cama, e expirou, e foi congregado ao seu povo.

Jacó adoece e abençoa os filhos de José - Gênesis capítulo 48

Jacó adoece e abençoa os filhos de José
1 - E ACONTECEU, depois destas coisas, que alguém disse a José: Eis que teu pai está enfermo. Então tomou consigo os seus dois filhos, Manassés e Efraim.
2 - E alguém participou a Jacó, e disse: Eis que José teu filho vem a ti. E esforçou-se Israel, e assentou-se sobre a cama.
3 - E Jacó disse a José: O Deus Todo-Poderoso me apareceu em Luz, na terra de Canaã, e me abençoou.
4 - E me disse: Eis que te farei frutificar e multiplicar, e tornar-te-ei uma multidão de povos e darei esta terra à tua descendência depois de ti, em possessão perpétua.
5 - Agora, pois, os teus dois filhos, que te nasceram na terra do Egito, antes que eu viesse a ti no Egito, são meus: Efraim e Manassés serão meus, como Rúben e Simeão;
6 - Mas a tua geração, que gerarás depois deles, será tua; segundo o nome de seus irmãos serão chamados na sua herança.
7 - Vindo, pois, eu de Padã, morreu-me Raquel no caminho, na terra de Canaã, havendo ainda pequena distância para chegar a Efrata; e eu a sepultei ali, no caminho de Efrata, que é Belém.
8 - E Israel viu os filhos de José, e disse: Quem são estes?
9 - E José disse a seu pai: Eles são meus filhos, que Deus me tem dado aqui. E ele disse: Peço-te, traze-mos aqui, para que os abençoe.
10 - Os olhos de Israel, porém, estavam carregados de velhice, já não podia ver; e fê-los chegar a ele, e beijou-os, e abraçou-os.

Jacó abençoa José e seus filhos
11 - E Israel disse a José: Eu não cuidara ver o teu rosto; e eis que Deus me fez ver também a tua descendência.
12 - Então José os tirou dos joelhos de seu pai, e inclinou-se à terra diante da sua face.
13 - E tomou José a ambos, a Efraim na sua mão direita, à esquerda de Israel, e Manassés na sua mão esquerda, à direita de Israel, e fê-los chegar a ele.
14 - Mas Israel estendeu a sua mão direita e a pôs sobre a cabeça de Efraim, que era o menor, e a sua esquerda sobre a cabeça de Manassés, dirigindo as suas mãos propositadamente, não obstante Manassés ser o primogênito.
15 - E abençoou a José, e disse: O Deus, em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia;
16 - O anjo que me livrou de todo o mal, abençoe estes rapazes, e seja chamado neles o meu nome, e o nome de meus pais Abraão e Isaque, e multipliquem-se como peixes, em multidão, no meio da terra.
17 - Vendo, pois, José que seu pai punha a sua mão direita sobre a cabeça de Efraim, foi mau aos seus olhos; e tomou a mão de seu pai, para a transpor de sobre a cabeça de Efraim à cabeça de Manassés.
18 - E José disse a seu pai: Não assim, meu pai, porque este é o primogênito; põe a tua mão direita sobre a sua cabeça.
19 - Mas seu pai recusou, e disse: Eu o sei, meu filho, eu o sei; também ele será um povo, e também ele será grande; contudo o seu irmão menor será maior que ele, e a sua descendência será uma multidão de nações.
20 - Assim os abençoou naquele dia, dizendo: Em ti abençoará Israel, dizendo: Deus te faça como a Efraim e como a Manassés. E pôs a Efraim diante de Manassés.
21 - Depois disse Israel a José: Eis que eu morro, mas Deus será convosco, e vos fará tornar à terra de vossos pais.
22 - E eu tenho dado a ti um pedaço da terra a mais do que a teus irmãos, que tomei com a minha espada e com o meu arco, da mão dos amorreus.

Bíblia em áudio - Livro de Gênesis


Autor: O autor do Livro de Gênesis não é identificado. Tradicionalmente, tem-se sempre achado que o autor foi Moisés. Não há nenhuma razão determinante para negar a autoria mosaica de Gênesis.
Quando foi escrito: O livro de Gênesis não afirma quando foi escrito. A data de sua autoria é provavelmente entre 1440 e 1400 AC, entre o tempo quando Moisés conduziu os israelitas para fora do Egito e a sua morte.

Propósito: O livro de Gênesis tem sido por vezes chamado de “semente-enredo” de toda a Bíblia. A maioria das principais doutrinas da Bíblia é introduzida de forma “semente” no livro de Gênesis. Junto com a Queda do homem, a promessa de Deus de salvação ou redenção é registrada (Gênesis 3:15). As doutrinas da criação, imputação do pecado, justificação, expiação, depravação, ira, graça, soberania, responsabilidade e muitas outras são abordadas neste livro de origens chamado Gênesis.
Muitas das grandes questões da vida são respondidas em Gênesis. (1) De onde é que eu vim? (Deus nos criou - Gênesis 1:1) (2) Por que estou aqui? (Nós estamos aqui para ter um relacionamento com Deus - Gênesis 15:6) (3) Para onde vou? (Temos um destino após a morte - Gênesis 25:8). Gênesis é atraente ao cientista, ao historiador, ao teólogo, à dona de casa, ao agricultor, ao viajante e ao homem ou mulher de Deus. É um começo adequado para a história de Deus do Seu plano para a humanidade, a Bíblia.

Versículos-chave: Gênesis 1:1: “No princípio, criou Deus os céus e a terra.”
Gênesis 3:15: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”
Gênesis 12:2-3: “de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.”
Gênesis 50:20: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida.”

Deus manda Jacó a Betel levantar um altar - Gênesis capítulo 35


1 - DEPOIS disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel, e habita ali; e faze ali um altar ao Deus que te apareceu, quando fugiste da face de Esaú teu irmão.
2 - Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos, que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes.
3 - E levantemo-nos, e subamos a Betel; e ali farei um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia, e que foi comigo no caminho que tenho andado.
4 - Então deram a Jacó todos os deuses estranhos, que tinham em suas mãos, e as arrecadas que estavam em suas orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém.
5 - E partiram; e o terror de Deus foi sobre as cidades que estavam ao redor deles, e não seguiram após os filhos de Jacó.
6 - Assim chegou Jacó a Luz, que está na terra de Canaã (esta é Betel), ele e todo o povo que com ele havia.
7 - E edificou ali um altar, e chamou aquele lugar El-Betel; porquanto Deus ali se lhe tinha manifestado, quando fugia da face de seu irmão.
8 - E morreu Débora, a ama de Rebeca, e foi sepultada ao pé de Betel, debaixo do carvalho cujo nome chamou Alom-Bacute.
9 - E apareceu Deus outra vez a Jacó, vindo de Padã-Arã, e abençoou-o.
10 - E disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó; não te chamarás mais Jacó, mas Israel será o teu nome. E chamou-lhe Israel.
11 - Disse-lhe mais Deus: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; frutifica e multiplica-te; uma nação, sim, uma multidão de nações sairá de ti, e reis procederão dos teus lombos;
12 - E te darei a ti a terra que tenho dado a Abraão e a Isaque, e à tua descendência depois de ti darei a terra.
13 - E Deus subiu dele, do lugar onde falara com ele.
14 - E Jacó pôs uma coluna no lugar onde falara com ele, uma coluna de pedra; e derramou sobre ela uma libação, e deitou sobre ela azeite.
15 - E chamou Jacó aquele lugar, onde Deus falara com ele, Betel.

O nascimento de Benjamim e a morte de Raquel
16 - E partiram de Betel; e havia ainda um pequeno espaço de terra para chegar a Efrata, e deu à luz Raquel, e ela teve trabalho em seu parto.
17 - E aconteceu que, tendo ela trabalho em seu parto, lhe disse a parteira: Não temas, porque também este filho terás.
18 - E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou-lhe Benoni; mas seu pai chamou-lhe Benjamim.
19 - Assim morreu Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata; que é Belém.
20 - E Jacó pôs uma coluna sobre a sua sepultura; esta é a coluna da sepultura de Raquel até o dia de hoje.
21 - Então partiu Israel, e estendeu a sua tenda além de Migdal Eder.
22 - E aconteceu que, habitando Israel naquela terra, foi Rúben e deitou-se com Bila, concubina de seu pai; e Israel o soube. E eram doze os filhos de Jacó.
23 - Os filhos de Lia: Rúben, o primogênito de Jacó, depois Simeão e Levi, e Judá, e Issacar e Zebulom;
24 - Os filhos de Raquel: José e Benjamim;
25 - E os filhos de Bila, serva de Raquel: Dã e Naftali;
26 - E os filhos de Zilpa, serva de Lia: Gade e Aser. Estes são os filhos de Jacó, que lhe nasceram em Padã-Arã.
27 - E Jacó veio a seu pai Isaque, a Manre, a Quiriate-Arba (que é Hebrom), onde peregrinaram Abraão e Isaque.
28 - E foram os dias de Isaque cento e oitenta anos.
29 - E Isaque expirou, e morreu, e foi recolhido ao seu povo, velho e farto de dias; e Esaú e Jacó, seus filhos, o sepultaram

Isaque manda Jacó a Padã-Arã e a A visão da escada de Jacó- Gênesis capítulo 28


Isaque manda Jacó a Padã-Arã
1 - E ISAQUE chamou a Jacó, e abençoou-o, e ordenou-lhe, e disse-lhe: Não tomes mulher de entre as filhas de Canaã;
2 - Levanta-te, vai a Padã-Arã, à casa de Betuel, pai de tua mãe, e toma de lá uma mulher das filhas de Labão, irmão de tua mãe;
3 - E Deus Todo-Poderoso te abençoe, e te faça frutificar, e te multiplique, para que sejas uma multidão de povos;
4 - E te dê a bênção de Abraão, a ti e à tua descendência contigo, para que em herança possuas a terra de tuas peregrinações, que Deus deu a Abraão.
5 - Assim despediu Isaque a Jacó, o qual se foi a Padã-Arã, a Labão, filho de Betuel, arameu, irmão de Rebeca, mãe de Jacó e de Esaú.
6 - Vendo, pois, Esaú que Isaque abençoara a Jacó, e o enviara a Padã-Arã, para tomar mulher dali para si, e que, abençoando-o, lhe ordenara, dizendo: Não tomes mulher das filhas de Canaã;
7 - E que Jacó obedecera a seu pai e a sua mãe, e se fora a Padã-Arã;
8 - Vendo também Esaú que as filhas de Canaã eram más aos olhos de Isaque seu pai,
9 - Foi Esaú a Ismael, e tomou para si por mulher, além das suas mulheres, a Maalate filha de Ismael, filho de Abraão, irmã de Nebaiote.

A visão da escada de Jacó
10 - Partiu, pois, Jacó de Berseba, e foi a Harã;
11 - E chegou a um lugar onde passou a noite, porque já o sol era posto; e tomou uma das pedras daquele lugar, e a pôs por seu travesseiro, e deitou-se naquele lugar.
12 - E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela;
13 - E eis que o SENHOR estava em cima dela, e disse: Eu sou o SENHOR Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência;
14 - E a tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra;
15 - E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que haja cumprido o que te tenho falado.
16 - Acordando, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o SENHOR está neste lugar; e eu não o sabia.
17 - E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus.

A coluna de Betel
18 - Então levantou-se Jacó pela manhã de madrugada, e tomou a pedra que tinha posto por seu travesseiro, e a pôs por coluna, e derramou azeite em cima dela.
19 - E chamou o nome daquele lugar Betel; o nome porém daquela cidade antes era Luz.
20 - E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir;
21 - E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus;
22 - E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.

Abraão casa com Quetura e tem filhos dela - Gênesis capítulo 25

Abraão casa com Quetura e tem filhos dela
1 - E ABRAÃO tomou outra mulher; e o seu nome era Quetura;
2 - E deu-lhe à luz Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Jisbaque e Suá.
3 - E Jocsã gerou Seba e Dedã; e os filhos de Dedã foram Assurim, Letusim e Leumim.
4 - E os filhos de Midiã foram Efá, Efer, Enoque, Abida e Elda. Estes todos foram filhos de Quetura.
5 - Porém Abraão deu tudo o que tinha a Isaque;
6 - Mas aos filhos das concubinas que Abraão tinha, deu Abraão presentes e, vivendo ele ainda, despediu-os do seu filho Isaque, enviando-os ao oriente, para a terra oriental.
7 - Estes, pois, são os dias dos anos da vida de Abraão, que viveu cento e setenta e cinco anos.

Abraão morre
8 - E Abraão expirou, morrendo em boa velhice, velho e farto de dias; e foi congregado ao seu povo;
9 - E Isaque e Ismael, seus filhos, sepultaram-no na cova de Macpela, no campo de Efrom, filho de Zoar, heteu, que estava em frente de Manre,
10 - O campo que Abraão comprara aos filhos de Hete. Ali está sepultado Abraão e Sara, sua mulher.
11 - E aconteceu depois da morte de Abraão, que Deus abençoou a Isaque seu filho; e habitava Isaque junto ao poço Beer-Laai-Rói.

Os descendentes de Ismael
12 - Estas, porém, são as gerações de Ismael filho de Abraão, que a serva de Sara, Agar, egípcia, deu a Abraão.
13 - E estes são os nomes dos filhos de Ismael, pelos seus nomes, segundo as suas gerações: O primogênito de Ismael era Nebaiote, depois Quedar, Adbeel e Mibsão,
14 - Misma, Dumá, Massá,
15 - Hadade, Tema, Jetur, Nafis e Quedemá.
16 - Estes são os filhos de Ismael, e estes são os seus nomes pelas suas vilas e pelos seus castelos; doze príncipes segundo as suas famílias.
17 - E estes são os anos da vida de Ismael, cento e trinta e sete anos, e ele expirou e, morrendo, foi congregado ao seu povo.
18 - E habitaram desde Havilá até Sur, que está em frente do Egito, como quem vai para a Assíria; e fez o seu assento diante da face de todos os seus irmãos.

Os descendentes de Isaque
19 - E estas são as gerações de Isaque, filho de Abraão: Abraão gerou a Isaque;
20 - E era Isaque da idade de quarenta anos, quando tomou por mulher a Rebeca, filha de Betuel, arameu de Padã-Arã, irmã de Labão, arameu.
21 - E Isaque orou insistentemente ao SENHOR por sua mulher, porquanto era estéril; e o SENHOR ouviu as suas orações, e Rebeca sua mulher concebeu.
22 - E os filhos lutavam dentro dela; então disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi perguntar ao SENHOR.
23 - E o SENHOR lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor.

O nascimento de Esaú e Jacó
24 - E cumprindo-se os seus dias para dar à luz, eis gêmeos no seu ventre.
25 - E saiu o primeiro ruivo e todo como um vestido de pêlo; por isso chamaram o seu nome Esaú.
26 - E depois saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso se chamou o seu nome Jacó. E era Isaque da idade de sessenta anos quando os gerou.
27 - E cresceram os meninos, e Esaú foi homem perito na caça, homem do campo; mas Jacó era homem simples, habitando em tendas.
28 - E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó.
29 - E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do campo, e estava ele cansado;
30 - E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou Edom.
31 - Então disse Jacó: Vende-me hoje a tua primogenitura.
32 - E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura?
33 - Então disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó.
34 - E Jacó deu pão a Esaú e o guisado de lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura.

Abraão manda seu servo buscar uma mulher para Isaque - Gênesis capítulo 24

Abraão manda seu servo buscar uma mulher para Isaque
1 - E ERA Abraão já velho e adiantado em idade, e o SENHOR havia abençoado a Abraão em tudo.
2 - E disse Abraão ao seu servo, o mais velho da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: Põe agora a tua mão debaixo da minha coxa,
3 - Para que eu te faça jurar pelo SENHOR Deus dos céus e Deus da terra, que não tomarás para meu filho mulher das filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito.
4 - Mas que irás à minha terra e à minha parentela, e dali tomarás mulher para meu filho Isaque.
5 - E disse-lhe o servo: Se porventura não quiser seguir-me a mulher a esta terra, farei, pois, tornar o teu filho à terra donde saíste?
6 - E Abraão lhe disse: Guarda-te, que não faças lá tornar o meu filho.
7 - O SENHOR Deus dos céus, que me tomou da casa de meu pai e da terra da minha parentela, e que me falou, e que me jurou, dizendo: À tua descendência darei esta terra; ele enviará o seu anjo adiante da tua face, para que tomes mulher de lá para meu filho.
8 - Se a mulher, porém, não quiser seguir-te, serás livre deste meu juramento; somente não faças lá tornar a meu filho.
9 - Então pôs o servo a sua mão debaixo da coxa de Abraão seu senhor, e jurou-lhe sobre este negócio.
10 - E o servo tomou dez camelos, dos camelos do seu senhor, e partiu, pois que todos os bens de seu senhor estavam em sua mão, e levantou-se e partiu para Mesopotâmia, para a cidade de Naor.
11 - E fez ajoelhar os camelos fora da cidade, junto a um poço de água, pela tarde, ao tempo que as moças saíam a tirar água.
12 - E disse: Ó SENHOR, Deus de meu senhor Abraão, dá-me hoje bom encontro, e faze beneficência ao meu senhor Abraão!
13 - Eis que eu estou em pé junto à fonte de água e as filhas dos homens desta cidade saem para tirar água;
14 - Seja, pois, que a donzela, a quem eu disser: Abaixa agora o teu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos; esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque, e que eu conheça nisso que usaste de benevolência com meu senhor.

O encontro com Rebeca
15 - E sucedeu que, antes que ele acabasse de falar, eis que Rebeca, que havia nascido a Betuel, filho de Milca, mulher de Naor, irmão de Abraão, saía com o seu cântaro sobre o seu ombro.
16 - E a donzela era mui formosa à vista, virgem, a quem homem não havia conhecido; e desceu à fonte, e encheu o seu cântaro e subiu.
17 - Então o servo correu-lhe ao encontro, e disse: Peço-te, deixa-me beber um pouco de água do teu cântaro.
18 - E ela disse: Bebe, meu senhor. E apressou-se e abaixou o seu cântaro sobre a sua mão e deu-lhe de beber.
19 - E, acabando ela de lhe dar de beber, disse: Tirarei também água para os teus camelos, até que acabem de beber.
20 - E apressou-se, e despejou o seu cântaro no bebedouro, e correu outra vez ao poço para tirar água, e tirou para todos os seus camelos.
21 - E o homem estava admirado de vê-la, calando-se, para saber se o SENHOR havia prosperado a sua jornada ou não.
22 - E aconteceu que, acabando os camelos de beber, tomou o homem um pendente de ouro de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as suas mãos, do peso de dez siclos de ouro;
23 - E disse: De quem és filha? Faze-mo saber, peço-te. Há também em casa de teu pai lugar para nós pousarmos?
24 - E ela lhe disse: Eu sou a filha de Betuel, filho de Milca, o qual ela deu a Naor.
25 - Disse-lhe mais: Também temos palha e muito pasto, e lugar para passar a noite.
26 - Então inclinou-se aquele homem e adorou ao SENHOR,
27 - E disse: Bendito seja o SENHOR Deus de meu senhor Abraão, que não retirou a sua benevolência e a sua verdade de meu senhor; quanto a mim, o SENHOR me guiou no caminho à casa dos irmãos de meu senhor.
28 - E a donzela correu, e fez saber estas coisas na casa de sua mãe.
29 - E Rebeca tinha um irmão cujo nome era Labão, o qual correu ao encontro daquele homem até a fonte.
30 - E aconteceu que, quando ele viu o pendente, e as pulseiras sobre as mãos de sua irmã, e quando ouviu as palavras de sua irmã Rebeca, que dizia: Assim me falou aquele homem; foi ter com o homem, que estava em pé junto aos camelos, à fonte,
31 - E disse: Entra, bendito do SENHOR; por que estás fora? pois eu já preparei a casa, e o lugar para os camelos.
32 - Então veio aquele homem à casa, e desataram os camelos, e deram palha e pasto aos camelos, e água para lavar os pés dele, e os pés dos homens que estavam com ele.
33 - Depois puseram comida diante dele. Ele, porém, disse: Não comerei, até que tenha dito as minhas palavras. E ele disse: Fala.
34 - Então disse: Eu sou o servo de Abraão.
35 - E o SENHOR abençoou muito o meu senhor, de maneira que foi engrandecido, e deu-lhe ovelhas e vacas, e prata e ouro, e servos e servas, e camelos e jumentos.
36 - E Sara, a mulher do meu senhor, deu à luz um filho a meu senhor depois da sua velhice, e ele deu-lhe tudo quanto tem.
37 - E meu senhor me fez jurar, dizendo: Não tomarás mulher para meu filho das filhas dos cananeus, em cuja terra habito;
38 - Irás, porém, à casa de meu pai, e à minha família, e tomarás mulher para meu filho.
39 - Então disse eu ao meu senhor: Porventura não me seguirá a mulher.
40 - E ele me disse: O SENHOR, em cuja presença tenho andado, enviará o seu anjo contigo, e prosperará o teu caminho, para que tomes mulher para meu filho da minha família e da casa de meu pai;
41 - Então serás livre do meu juramento, quando fores à minha família; e se não te derem, livre serás do meu juramento.
42 - E hoje cheguei à fonte, e disse: Ó SENHOR, Deus de meu senhor Abraão, se tu agora prosperas o meu caminho, no qual eu ando,
43 - Eis que estou junto à fonte de água; seja, pois, que a donzela que sair para tirar água e à qual eu disser: Peço-te, dá-me um pouco de água do teu cântaro;
44 - E ela me disser: Bebe tu e também tirarei água para os teus camelos; esta seja a mulher que o SENHOR designou ao filho de meu senhor.
45 - E antes que eu acabasse de falar no meu coração, eis que Rebeca saía com o seu cântaro sobre o seu ombro, desceu à fonte e tirou água; e eu lhe disse: Peço-te, dá-me de beber.
46 - E ela se apressou, e abaixou o seu cântaro de sobre si, e disse: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos; e bebi, e ela deu também de beber aos camelos.
47 - Então lhe perguntei, e disse: De quem és filha? E ela disse: Filha de Betuel, filho de Naor, que lhe deu Milca. Então eu pus o pendente no seu rosto, e as pulseiras sobre as suas mãos;
48 - E inclinando-me adorei ao SENHOR, e bendisse ao SENHOR, Deus do meu senhor Abraão, que me havia encaminhado pelo caminho da verdade, para tomar a filha do irmão de meu senhor para seu filho.
49 - Agora, pois, se vós haveis de fazer benevolência e verdade a meu senhor, fazei-mo saber; e se não, também mo fazei saber, para que eu vá à direita, ou à esquerda.
50 - Então responderam Labão e Betuel, e disseram: Do SENHOR procedeu este negócio; não podemos falar-te mal ou bem.
51 - Eis que Rebeca está diante da tua face; toma-a, e vai-te; seja a mulher do filho de teu senhor, como tem dito o SENHOR.
52 - E aconteceu que, o servo de Abraão, ouvindo as suas palavras, inclinou-se à terra diante do SENHOR.
53 - E tirou o servo jóias de prata e jóias de ouro, e vestidos, e deu-os a Rebeca; também deu coisas preciosas a seu irmão e à sua mãe.
54 - Então comeram e beberam, ele e os homens que com ele estavam, e passaram a noite. E levantaram-se pela manhã, e disse: Deixai-me ir a meu senhor.
55 - Então disseram seu irmão e sua mãe: Fique a donzela conosco alguns dias, ou pelo menos dez dias, depois irá.
56 - Ele, porém, lhes disse: Não me detenhais, pois o SENHOR tem prosperado o meu caminho; deixai-me partir, para que eu volte a meu senhor.
57 - E disseram: Chamemos a donzela, e perguntemos-lho.

Rebeca consente em casar com Isaque
58 - E chamaram a Rebeca, e disseram-lhe: Irás tu com este homem? Ela respondeu: Irei.
59 - Então despediram a Rebeca, sua irmã, e sua ama, e o servo de Abraão, e seus homens.
60 - E abençoaram a Rebeca, e disseram-lhe: Ó nossa irmã, sê tu a mãe de milhares de milhares, e que a tua descendência possua a porta de seus aborrecedores!
61 - E Rebeca se levantou com as suas moças, e subiram sobre os camelos, e seguiram o homem; e tomou aquele servo a Rebeca, e partiu.
62 - Ora, Isaque vinha de onde se vem do poço de Beer-Laai-Rói; porque habitava na terra do sul.
63 - E Isaque saíra a orar no campo, à tarde; e levantou os seus olhos, e olhou, e eis que os camelos vinham.
64 - Rebeca também levantou seus olhos, e viu a Isaque, e desceu do camelo.
65 - E disse ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? E o servo disse: Este é meu senhor. Então tomou ela o véu e cobriu-se.
66 - E o servo contou a Isaque todas as coisas que fizera.
67E Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e amou-a. Assim Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe.

A morte de Sara Gênesis capítulo 23

1 - E FOI a vida de Sara cento e vinte e sete anos; estes foram os anos da vida de Sara.
2 - E morreu Sara em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã; e veio Abraão lamentar Sara e chorar por ela.
3 - Depois se levantou Abraão de diante de sua morta, e falou aos filhos de Hete, dizendo:
4 - Estrangeiro e peregrino sou entre vós; dai-me possessão de sepultura convosco, para que eu sepulte a minha morta de diante da minha face.
5 - E responderam os filhos de Hete a Abraão, dizendo-lhe:
6 - Ouve-nos, meu senhor; príncipe poderoso és no meio de nós; enterra a tua morta na mais escolhida de nossas sepulturas; nenhum de nós te vedará a sua sepultura, para enterrar a tua morta.
7 - Então se levantou Abraão, inclinou-se diante do povo da terra, diante dos filhos de Hete,
8 - E falou com eles, dizendo: Se é de vossa vontade que eu sepulte a minha morta de diante de minha face, ouvi-me e falai por mim a Efrom, filho de Zoar,
9 - Que ele me dê a cova de Macpela, que ele tem no fim do seu campo; que ma dê pelo devido preço em herança de sepulcro no meio de vós.
10 - Ora Efrom habitava no meio dos filhos de Hete; e respondeu Efrom, heteu, a Abraão, aos ouvidos dos filhos de Hete, de todos os que entravam pela porta da sua cidade, dizendo:
11 - Não, meu senhor, ouve-me: O campo te dou, também te dou a cova que nele está, diante dos olhos dos filhos do meu povo ta dou; sepulta a tua morta.
12 - Então Abraão se inclinou diante da face do povo da terra,
13 - E falou a Efrom, aos ouvidos do povo da terra, dizendo: Mas se tu estás por isto, ouve-me, peço-te. O preço do campo o darei; toma-o de mim e sepultarei ali a minha morta.
14 - E respondeu Efrom a Abraão, dizendo-lhe:
15 - Meu senhor, ouve-me, a terra é de quatrocentos siclos de prata; que é isto entre mim e ti? Sepulta a tua morta.
16 - E Abraão deu ouvidos a Efrom, e Abraão pesou a Efrom a prata de que tinha falado aos ouvidos dos filhos de Hete, quatrocentos siclos de prata, corrente entre mercadores.
17 - Assim o campo de Efrom, que estava em Macpela, em frente de Manre, o campo e a cova que nele estava, e todo o arvoredo que no campo havia, que estava em todo o seu contorno ao redor,
18 - Se confirmou a Abraão em possessão diante dos olhos dos filhos de Hete, de todos os que entravam pela porta da cidade.
19 - E depois sepultou Abraão a Sara sua mulher na cova do campo de Macpela, em frente de Manre, que é Hebrom, na terra de Canaã.
20 - Assim o campo e a cova que nele estava foram confirmados a Abraão, pelos filhos de Hete, em possessão de sepultura.

Deus manda Abraão matar seu filho Isaque - Gênesis capítulo 22

Deus manda Abraão matar seu filho Isaque
1 - E ACONTECEU depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.
2 - E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.
3 - Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.
4 - Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o lugar de longe.
5 - E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós.
6 - E tomou Abraão a lenha do holocausto, e pô-la sobre Isaque seu filho; e ele tomou o fogo e o cutelo na sua mão, e foram ambos juntos.
7 - Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
8 - E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos.
9 - E chegaram ao lugar que Deus lhe dissera, e edificou Abraão ali um altar e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaque seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha.
10 - E estendeu Abraão a sua mão, e tomou o cutelo para imolar o seu filho;
11 - Mas o anjo do SENHOR lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.
12 - Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho.
13 - Então levantou Abraão os seus olhos e olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho.
14 - E chamou Abraão o nome daquele lugar: O SENHOR PROVERÁ; donde se diz até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá.
15 - Então o anjo do SENHOR bradou a Abraão pela segunda vez desde os céus,
16 - E disse: Por mim mesmo jurei, diz o SENHOR: Porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o teu filho, o teu único filho,
17 - Que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos;
18 - E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz.
19 - Então Abraão tornou aos seus moços, e levantaram-se, e foram juntos para Berseba; e Abraão habitou em Berseba.
20 - E sucedeu depois destas coisas, que anunciaram a Abraão, dizendo: Eis que também Milca deu filhos a Naor teu irmão.
21 - Uz o seu primogênito, e Buz seu irmão, e Quemuel, pai de Arã,
22 - E Quésede, e Hazo, e Pildas, e Jidlafe, e Betuel.
23 - E Betuel gerou Rebeca. Estes oito deu à luz Milca a Naor, irmão de Abraão.
24 - E a sua concubina, cujo nome era Reumá, ela lhe deu também a Tebá, Gaã, Taás e Maaca.

O nascimento de Isaque - Gênesis capítulo 21

1 - E O SENHOR visitou a Sara, como tinha dito; e fez o SENHOR a Sara como tinha prometido.
2 - E concebeu Sara, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha falado.
3 - E Abraão pôs no filho que lhe nascera, que Sara lhe dera, o nome de Isaque.
4 - E Abraão circuncidou o seu filho Isaque, quando era da idade de oito dias, como Deus lhe tinha ordenado.
5 - E era Abraão da idade de cem anos, quando lhe nasceu Isaque seu filho.
6 - E disse Sara: Deus me tem feito riso; todo aquele que o ouvir se rirá comigo.
7 - Disse mais: Quem diria a Abraão que Sara daria de mamar a filhos? Pois lhe dei um filho na sua velhice.
8 - E cresceu o menino, e foi desmamado; então Abraão fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado.
9 - E viu Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual tinha dado a Abraão, zombava.
10 - E disse a Abraão: Ponha fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com Isaque, meu filho.
11 - E pareceu esta palavra muito má aos olhos de Abraão, por causa de seu filho.
12 - Porém Deus disse a Abraão: Não te pareça mal aos teus olhos acerca do moço e acerca da tua serva; em tudo o que Sara te diz, ouve a sua voz; porque em Isaque será chamada a tua descendência.
13 - Mas também do filho desta serva farei uma nação, porquanto é tua descendência.

A despedida de Agar e Ismael
14 - Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e tomou pão e um odre de água e os deu a Agar, pondo-os sobre o seu ombro; também lhe deu o menino e despediu-a; e ela partiu, andando errante no deserto de Berseba.
15 - E consumida a água do odre, lançou o menino debaixo de uma das árvores.
16 - E foi assentar-se em frente, afastando-se à distância de um tiro de arco; porque dizia: Que eu não veja morrer o menino. E assentou-se em frente, e levantou a sua voz, e chorou.
17 - E ouviu Deus a voz do menino, e bradou o anjo de Deus a Agar desde os céus, e disse-lhe: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino desde o lugar onde está.
18 - Ergue-te, levanta o menino e pega-lhe pela mão, porque dele farei uma grande nação.
19 - E abriu-lhe Deus os olhos, e viu um poço de água; e foi encher o odre de água, e deu de beber ao menino.
20 - E era Deus com o menino, que cresceu; e habitou no deserto, e foi flecheiro.
21 - E habitou no deserto de Parã; e sua mãe tomou-lhe mulher da terra do Egito.

Abimeleque faz uma aliança com Abraão
22 - E aconteceu naquele mesmo tempo que Abimeleque, com Ficol, príncipe do seu exército, falou com Abraão, dizendo: Deus é contigo em tudo o que fazes;
23 - Agora, pois, jura-me aqui por Deus, que não mentirás a mim, nem a meu filho, nem a meu neto; segundo a beneficência que te fiz, me farás a mim, e à terra onde peregrinaste.
24 - E disse Abraão: Eu jurarei.
25 - Abraão, porém, repreendeu a Abimeleque por causa de um poço de água, que os servos de Abimeleque haviam tomado à força.
26 - Então disse Abimeleque: Eu não sei quem fez isto; e também tu não mo fizeste saber, nem eu o ouvi senão hoje.
27 - E tomou Abraão ovelhas e vacas, e deu-as a Abimeleque; e fizeram ambos uma aliança.
28 - Pôs Abraão, porém, à parte sete cordeiras do rebanho.
29 - E Abimeleque disse a Abraão: Para que estão aqui estas sete cordeiras, que puseste à parte?
30 - E disse: Tomarás estas sete cordeiras de minha mão, para que sejam em testemunho que eu cavei este poço.
31 - Por isso se chamou aquele lugar Berseba, porquanto ambos juraram ali.
32 - Assim fizeram aliança em Berseba. Depois se levantou Abimeleque e Ficol, príncipe do seu exército, e tornaram-se para a terra dos filisteus.
33 - E plantou um bosque em Berseba, e invocou lá o nome do SENHOR, Deus eterno.
34 - E peregrinou Abraão na terra dos filisteus muitos dias.

Ló recebe os dois anjos em sua casa – Gênesis capítulo 19

Ló recebe os dois anjos em sua casa
1 - E VIERAM os dois anjos a Sodoma à tarde, e estava Ló assentado à porta de Sodoma; e vendo-os Ló, levantou-se ao seu encontro e inclinou-se com o rosto à terra;
2 - E disse: Eis agora, meus senhores, entrai, peço-vos, em casa de vosso servo, e passai nela a noite, e lavai os vossos pés; e de madrugada vos levantareis e ireis vosso caminho. E eles disseram: Não, antes na rua passaremos a noite.
3 - E porfiou com eles muito, e vieram com ele, e entraram em sua casa; e fez-lhes banquete, e cozeu bolos sem levedura, e comeram.
4 - E antes que se deitassem, cercaram a casa, os homens daquela cidade, os homens de Sodoma, desde o moço até ao velho; todo o povo de todos os bairros.
5 - E chamaram a Ló, e disseram-lhe: Onde estão os homens que a ti vieram nesta noite? Traze-os fora a nós, para que os conheçamos.
6 - Então saiu Ló a eles à porta, e fechou a porta atrás de si,
7 - E disse: Meus irmãos, rogo-vos que não façais mal;
8 - Eis aqui, duas filhas tenho, que ainda não conheceram homens; fora vo-las trarei, e fareis delas como bom for aos vossos olhos; somente nada façais a estes homens, porque por isso vieram à sombra do meu telhado.
9 - Eles, porém, disseram: Sai daí. Disseram mais: Como estrangeiro este indivíduo veio aqui habitar, e quereria ser juiz em tudo? Agora te faremos mais mal a ti do que a eles. E arremessaram-se sobre o homem, sobre Ló, e aproximaram-se para arrombar a porta.
10 - Aqueles homens porém estenderam as suas mãos e fizeram entrar a Ló consigo na casa, e fecharam a porta;
11 - E feriram de cegueira os homens que estavam à porta da casa, desde o menor até ao maior, de maneira que se cansaram para achar a porta.
12 - Então disseram aqueles homens a Ló: Tens alguém mais aqui? Teu genro, e teus filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora deste lugar;
13 - Porque nós vamos destruir este lugar, porque o seu clamor tem aumentado diante da face do SENHOR, e o SENHOR nos enviou a destruí-lo.
14 - Então saiu Ló, e falou a seus genros, aos que haviam de tomar as suas filhas, e disse: Levantai-vos, saí deste lugar, porque o SENHOR há de destruir a cidade. Foi tido porém por zombador aos olhos de seus genros.
15 - E ao amanhecer os anjos apertaram com Ló, dizendo: Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas que aqui estão, para que não pereças na injustiça desta cidade.
16 - Ele, porém, demorava-se, e aqueles homens lhe pegaram pela mão, e pela mão de sua mulher e de suas duas filhas, sendo-lhe o SENHOR misericordioso, e tiraram-no, e puseram-no fora da cidade.
17 - E aconteceu que, tirando-os fora, disse: Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças.
18 - E Ló disse-lhe: Ora, não, meu Senhor!
19 - Eis que agora o teu servo tem achado graça aos teus olhos, e engrandeceste a tua misericórdia que a mim me fizeste, para guardar a minha alma em vida; mas eu não posso escapar no monte, para que porventura não me apanhe este mal, e eu morra.
20 - Eis que agora aquela cidade está perto, para fugir para lá, e é pequena; ora, deixe-me escapar para lá (não é pequena?), para que minha alma viva.
21 - E disse-lhe: Eis aqui, tenho-te aceitado também neste negócio, para não destruir aquela cidade, de que falaste;
22 - Apressa-te, escapa-te para ali; porque nada poderei fazer, enquanto não tiveres ali chegado. Por isso se chamou o nome da cidade Zoar.
23 - Saiu o sol sobre a terra, quando Ló entrou em Zoar.

Destruição de Sodoma e Gomorra
24 - Então o SENHOR fez chover enxofre e fogo, do SENHOR desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra;
25 - E destruiu aquelas cidades e toda aquela campina, e todos os moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra.
26 - E a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal.
27 - E Abraão levantou-se aquela mesma manhã, de madrugada, e foi para aquele lugar onde estivera diante da face do SENHOR;
28 - E olhou para Sodoma e Gomorra e para toda a terra da campina; e viu, que a fumaça da terra subia, como a de uma fornalha.
29 - E aconteceu que, destruindo Deus as cidades da campina, lembrou-se Deus de Abraão, e tirou a Ló do meio da destruição, derrubando aquelas cidades em que Ló habitara.
30 - E subiu Ló de Zoar, e habitou no monte, e as suas duas filhas com ele; porque temia habitar em Zoar; e habitou numa caverna, ele e as suas duas filhas.
31 - Então a primogênita disse à menor: Nosso pai já é velho, e não há homem na terra que entre a nós, segundo o costume de toda a terra;
32 - Vem, demos de beber vinho a nosso pai, e deitemo-nos com ele, para que em vida conservemos a descendência de nosso pai.
33 - E deram de beber vinho a seu pai naquela noite; e veio a primogênita e deitou-se com seu pai, e não sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou.
34 - E sucedeu, no outro dia, que a primogênita disse à menor: Vês aqui, eu já ontem à noite me deitei com meu pai; demos-lhe de beber vinho também esta noite, e então entra tu, deita-te com ele, para que em vida conservemos a descendência de nosso pai.
35 - E deram de beber vinho a seu pai também naquela noite; e levantou-se a menor, e deitou-se com ele; e não sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou.
36 - E conceberam as duas filhas de Ló de seu pai.
37 - E a primogênita deu à luz um filho, e chamou-lhe Moabe; este é o pai dos moabitas até ao dia de hoje.
38 - E a menor também deu à luz um filho, e chamou-lhe Ben-Ami; este é o pai dos filhos de Amom até o dia de hoje.

Aparecerem três anjos a Abraão - Gênesis capítulo 18


1 - DEPOIS apareceu-lhe o SENHOR nos carvalhais de Manre, estando ele assentado à porta da tenda, no calor do dia.
2 - E levantou os seus olhos, e olhou, e eis três homens em pé junto a ele. E vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro e inclinou-se à terra,
3 - E disse: Meu Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que não passes de teu servo.
4 - Que se traga já um pouco de água, e lavai os vossos pés, e recostai-vos debaixo desta árvore;
5 - E trarei um bocado de pão, para que esforceis o vosso coração; depois passareis adiante, porquanto por isso chegastes até vosso servo. E disseram: Assim faze como disseste.
6 - E Abraão apressou-se em ir ter com Sara à tenda, e disse-lhe: Amassa depressa três medidas de flor de farinha, e faze bolos.
7 - E correu Abraão às vacas, e tomou uma vitela tenra e boa, e deu-a ao moço, que se apressou em prepará-la.
8 - E tomou manteiga e leite, e a vitela que tinha preparado, e pôs tudo diante deles, e ele estava em pé junto a eles debaixo da árvore; e comeram.
9 - E disseram-lhe: Onde está Sara, tua mulher? E ele disse: Ei-la aí na tenda.
10 - E disse: Certamente tornarei a ti por este tempo da vida; e eis que Sara tua mulher terá um filho. E Sara escutava à porta da tenda, que estava atrás dele.
11 - E eram Abraão e Sara já velhos, e adiantados em idade; já a Sara havia cessado o costume das mulheres.
12 - Assim, pois, riu-se Sara consigo, dizendo: Terei ainda deleite depois de haver envelhecido, sendo também o meu senhor já velho?
13 - E disse o SENHOR a Abraão: Por que se riu Sara, dizendo: Na verdade darei eu à luz ainda, havendo já envelhecido?
14 - Haveria coisa alguma difícil ao SENHOR? Ao tempo determinado tornarei a ti por este tempo da vida, e Sara terá um filho.
15 - E Sara negou, dizendo: Não me ri; porquanto temeu. E ele disse: Não digas isso, porque te riste.
16 - E levantaram-se aqueles homens dali, e olharam para o lado de Sodoma; e Abraão ia com eles, acompanhando-os.

Deus anuncia a destruição de Sodoma e Gomorra
17 - E disse o SENHOR: Ocultarei eu a Abraão o que faço,
18 - Visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra?
19 - Porque eu o tenho conhecido, e sei que ele há de ordenar a seus filhos e à sua casa depois dele, para que guardem o caminho do SENHOR, para agir com justiça e juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado.
20 - Disse mais o SENHOR: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito,
21 - Descerei agora, e verei se com efeito têm praticado segundo o seu clamor, que é vindo até mim; e se não, sabê-lo-ei.
22 - Então viraram aqueles homens os rostos dali, e foram-se para Sodoma; mas Abraão ficou ainda em pé diante da face do SENHOR.

Abraão intercede por Sodoma
23 - E chegou-se Abraão, dizendo: Destruirás também o justo com o ímpio?
24 - Se porventura houver cinqüenta justos na cidade, destruirás também, e não pouparás o lugar por causa dos cinqüenta justos que estão dentro dela?
25 - Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?
26 - Então disse o SENHOR: Se eu em Sodoma achar cinqüenta justos dentro da cidade, pouparei a todo o lugar por amor deles.
27 - E respondeu Abraão dizendo: Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza.
28 - Se porventura de cinqüenta justos faltarem cinco, destruirás por aqueles cinco toda a cidade? E disse: Não a destruirei, se eu achar ali quarenta e cinco.
29 - E continuou ainda a falar-lhe, e disse: Se porventura se acharem ali quarenta? E disse: Não o farei por amor dos quarenta.
30 - Disse mais: Ora, não se ire o Senhor, se eu ainda falar: Se porventura se acharem ali trinta? E disse: Não o farei se achar ali trinta.
31 - E disse: Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor: Se porventura se acharem ali vinte? E disse: Não a destruirei por amor dos vinte.
32 - Disse mais: Ora, não se ire o Senhor, que ainda só mais esta vez falo: Se porventura se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei por amor dos dez.
33 - E retirou-se o SENHOR, quando acabou de falar a Abraão; e Abraão tornou-se ao seu lugar.

A mulher adúltera e Jesus é maior que Abraão - João 8


A mulher adúltera
1 - JESUS, porém, foi para o Monte das Oliveiras.
2 - E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava.
3 - E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;
4 - E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
5 - E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
6 - Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
7 - E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
8 - E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.
9 - Quando ouviram isto, redarguidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio.
10 - E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11 - E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.

Jesus, a luz do mundo
12 - Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.
13 - Disseram-lhe, pois, os fariseus: Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro.
14 - Respondeu Jesus, e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou.
15 - Vós julgais segundo a carne; eu a ninguém julgo.
16 - E, se na verdade julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou.
17 - E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro.
18 - Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou.
19 - Disseram-lhe, pois: Onde está teu Pai? Jesus respondeu: Não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai.
20 - Estas palavras disse Jesus no lugar do tesouro, ensinando no templo, e ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora.
21 - Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Eu retiro-me, e buscar-me-eis, e morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, não podeis vós vir.
22 - Diziam, pois, os judeus: Porventura quererá matar-se a si mesmo, pois diz: Para onde eu vou não podeis vir?
23 - E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.
24 - Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados.
25 - Disseram-lhe, pois: Quem és tu? Jesus lhes disse: Isso mesmo que já desde o princípio vos disse.
26 - Muito tenho que dizer e julgar de vós, mas aquele que me enviou é verdadeiro; e o que dele tenho ouvido, isso falo ao mundo.
27 - Mas não entenderam que ele lhes falava do Pai.
28 - Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do homem, então conhecereis quem EU SOU, e que nada faço por mim mesmo; mas isto falo como meu Pai me ensinou.
29 - E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.

Jesus maior do que Abraão
30 - Dizendo ele estas coisas, muitos creram nele.
31 - Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos;
32 - E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
33 - Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres?
34 - Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.
35 - Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre.
36 - Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.
37 - Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós.
38 - Eu falo do que vi junto de meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai.
39 - Responderam, e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão.
40 - Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido; Abraão não fez isto.
41 - Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe, pois: Nós não somos nascidos de fornicação; temos um Pai, que é Deus.
42 - Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.
43 - Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.
44 - Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.
45 - Mas, porque vos digo a verdade, não me credes.
46 - Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes?
47 - Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus.
48 - Responderam, pois, os judeus, e disseram-lhe: Não dizemos nós bem que és samaritano, e que tens demônio?
49 - Jesus respondeu: Eu não tenho demônio, antes honro a meu Pai, e vós me desonrais.
50 - Eu não busco a minha glória; há quem a busque, e julgue.
51 - Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte.
52 - Disseram-lhe, pois, os judeus: Agora conhecemos que tens demônio. Morreu Abraão e os profetas; e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, nunca provará a morte.
53 - És tu maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? E também os profetas morreram. Quem te fazes tu ser?
54 - Jesus respondeu: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai, o qual dizeis que é vosso Deus.
55 - E vós não o conheceis, mas eu conheço-o. E, se disser que o não conheço, serei mentiroso como vós; mas conheço-o e guardo a sua palavra.
56 - Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se.
57 - Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos, e viste Abraão?
58 - Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.
59 - Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou.

A cura de um leproso e a cura da sogra de Pedro - Mateus 8


A cura de um leproso
1 - E, DESCENDO ele do monte, seguiu-o uma grande multidão.
2 - E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.
3 - E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.
4 - Disse-lhe então Jesus: Olha, não o digas a alguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.

O servo de um centurião

5 - E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe,
6 - E dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado.
7 - E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde.
8 - E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.
9 - Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz.
10 - E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.
11 - Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus;
12 - E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
13 - Então disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou.

A cura da sogra de Pedro
14 - E Jesus, entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste acamada, e com febre.
15 - E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantou-se, e serviu-os.
16 - E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos;
17 - Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.

Como seguir a Jesus
18 - E Jesus, vendo em torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para o outro lado;
19 - E, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei.
20 - E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.
21 - E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai.
22 - Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos.

Tempestade apaziguada
23 - E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram;
24 - E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.
25 - E os seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! que perecemos.
26 = E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.
27 - E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?

A cura de dois endemoninhados
28 - E, tendo chegado ao outro lado, à província dos gergesenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho.
29 - E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?
30 - E andava pastando distante deles uma manada de muitos porcos.
31 - E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos.
32  E ele lhes disse: Ide. E, saindo eles, se introduziram na manada dos porcos; e eis que toda aquela manada de porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro, e morreram nas águas.
33 - Os porqueiros fugiram e, chegando à cidade, divulgaram tudo o que acontecera aos endemoninhados.
34 - E eis que toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus e, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse dos seus termos.


A parábola das bodas e os saduceus e a ressurreição - Mateus 22


1 - ENTÃO Jesus, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo:
2 - O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho;
3 - E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e estes não quiseram vir.
4 - Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.
5 - Eles, porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio;
6 - E os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.
7 - E o rei, tendo notícia disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.
8 - Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.
9 - Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes.
10 - E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados.
11 - E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias.
12 - E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu.
13 - Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
14 - Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.
15 - Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam nalguma palavra;
16 - E enviaram-lhe os seus discípulos, com os herodianos, dizendo: Mestre, bem sabemos que és verdadeiro, e ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas a aparência dos homens.
17 - Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributo a César, ou não?
18 - Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócritas?
19 - Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro.
20 - E ele diz-lhes: De quem é esta efígie e esta inscrição?
21 - Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes disse: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
22 - E eles, ouvindo isto, maravilharam-se, e, deixando-o, se retiraram.

Os saduceus e a ressurreição
23´- No mesmo dia chegaram junto dele os saduceus, que dizem não haver ressurreição, e o interrogaram,
24 - Dizendo: Mestre, Moisés disse: Se morrer alguém, não tendo filhos, casará o seu irmão com a mulher dele, e suscitará descendência a seu irmão.
25 - Ora, houve entre nós sete irmãos; e o primeiro, tendo casado, morreu e, não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão.
26 - Da mesma sorte o segundo, e o terceiro, até ao sétimo;
27 - Por fim, depois de todos, morreu também a mulher.
28 - Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será a mulher, visto que todos a possuíram?
29 - Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.
30 - Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu.
31 - E, acerca da ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou, dizendo:
32 - Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.
33 - E, as turbas, ouvindo isto, ficaram maravilhadas da sua doutrina.

O maior dos mandamentos
34 - E os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se no mesmo lugar.
35 - E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo:
36 - Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
37 - E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
38 - Este é o primeiro e grande mandamento.
39 - E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
40 - Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.
41 - E, estando reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus,
42 - Dizendo: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Eles disseram-lhe: De Davi.
43 - Disse-lhes ele: Como é então que Davi, em espírito, lhe chama Senhor, dizendo:
44 - Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, Até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés?
45 - Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é seu filho?
46 - E ninguém podia responder-lhe uma palavra; nem desde aquele dia ousou mais alguém interrogá-lo.