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O que vem a ser um Acróstico?

É uma composição literária em versos poéticos encontrados em algumas passagens do AT para ajudar a memória ou propiciar a divisão das estrofes. As vezes os versos vem com letras iniciais finais, que são lidas no sentido vertical, formam uma ou mais palavras, que dão ênfase ao tema, o nome do autor ou o da pessoa a quem foi dedicada a composição.

O tipo de acróstico empregado no AT é de caráter alfabético. Um dos melhores exemplos, pode ser observado no Salmo 119 no qual a primeira palavra, em cada um dos oito versos, começa com a primeira letra do alfabeto hebraico e os oito versos seguintes começam com a segunda letra desse alfabeto. 

Em sucessão, os outros oito versos receberam o restante das 22 consoantes hebraicas em um total de 176 versos. Entretanto, o Salmo 34 tem apenas 22 versos porque a primeira palavra de cada verso começa com uma letra do hebraico em ordem alfabética. Os Salmos 25, 37, 111, 112 e 145 são semelhantes, porém, menos regulares; em alguns falta uma ou outra letra, ou a letra foi transposta. Partes dos Salmos 9 e 10, que formam um único Salmo na LXX, são alfabéticas. Em Provérbios 31, cada um dos versos de 1021 começa com uma letra hebraica, em ordem alfabética. Vários acrósticos alfabéticos ocorrem em Lamentações, Os capítulos 1,2 e 4 contêm 22 versos com acrósticos, que nem sempre seguem ama ordem precisa. O capítulo 3 tem três versos para cada letra do alfabeto. Acredita-se que Naum 1:2-10 seja parcialmente alfabético, mas isso não está claro no texto hebraico. Alguns afirmam que os poemas acrósticos sejam de um período posterior, mas essa opinião não está baseada em fatos.

Dicionário da Bíblia de JOH N D. DAVIS

O Dicionário da Bíblia de Davis é uma obra ao lado de muitas outras que tem ajudado professores, os estudantes e fãs da literatura hebraica melhorar seus conhecimentos no mundo bíblico, e serve como fonte de pesquisa histórica.

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A Casualidade ou Acaso

Acaso é sinônimo de casualidade. Esse termo que indica um fato ou acontecimento coincidente, como se fosse sorte ou a falta dela, por puro destino, não é aceito no contexto teológico. Pois que toda causa ou ação que acontece no universo, a teologia as considera como sendo acontecimentos provenientes da vontade Permissiva ou Soberana do Criador. Não como fenômeno da natureza ou obra fictícia. Para os hebreus, Yahweh é um Deus de lei e ordem, e por isso havia pouco espaço para o “acaso” em sua teologia. Na maior parte das ocorrências onde a ideia é usada, trata-se do pensamento de alguém que não é um hebreu. 

Na tradução grega do Antigo Testamento (Septuaginta ou LXX), a palavra tyche é encontrada duas vezes. Uma vez em Gênesis 30.11, onde Leia disse: “afortunada”; e, em Isaías 65.11 (lit.), “preparais uma mesa para a Fortuna e que misturais vinho para o Destino". Aqui se trata do deus pagão do acaso, chamado de Fortuna pelos romanos. A ideia do acaso é encontrada na afirmação dos filisteus de que se o seu esforço para determinar a causa das suas calamidades tivesse um determinado resultado, eles iriam chamá-las de acaso, isto é, má sorte (1 Sm 6.9). 

Há outros casos onde a mesma palavra é usada: “algum acidente de noite” (Dt 23,10); “caiu-lhe em sorte uma parte do campo” (Rt 2.3); “aconteceu-lhe alguma coisa” (I Sm 20.26); *o mesmo lhes sucede a todos” (Ec 2,14,15). Também existe a palavra hebraica qara’. “Quando encontrares [por acaso] algum ninho de ave no caminho’' (Dt 22,6); novamente, “se achou ah, por acaso, um homem” (2 Sm 20.1). Pega‘ é a palavra hebraica usada em Eclesiastes 9.11 “o tempo e a sorte pertencem a todos”, e em 1 Reis 5.4 “adversário não há, nem algum mau encontro [ou infortúnio]”.

A promessa a Abraão cumpri-se

Vimos que outro episódio da vida de Abraão nos mostra seu retrato não como uma figura coberta de lendas (como certos críticos afirmaram), mas através de calorosos aspectos humanos. A maior parte dos relatos bíblicos trata de sua pessoa a partir dos setenta e cinco anos (Gn 12.4). O fato de Abraão ter 100 anos e Sara 90 quando Isaque nasceu, longe de ser um “Midrasli” tardio, é um fato importante da história original, isto é, que Abraão adorava ao Deus que realiza o impossível. É verdade que o relato bíblico faz referência a um segmento relativamente pequeno de sua vida, no entanto esses comparativamente poucos capítulos (Gn 12-25) apresentam um quadro surpreendentemente bem delineado desse patriarca. Ele era quase um nômade, mas muito diferente do beduíno médio de nossos dias, pois Abraão tinha uma grande riqueza em gado, prata e servos. Ele era um homem de paz, mas podia usar seus servos (Gn 14.14) em conflitos ocasionais.

Abraão teve encontros face a face com o Todo-Poderoso, recebeu anjos (Gn 18.1-8), e recebeu a palavra de Deus em sonhos (Gn 15.12-17). Mais importante ainda, ele foi chamado por Deus de profeta em Gênesis 20.7, onde Abimeleque, rei de Gerar, foi prevenido de que Abraão tinha o dom da intercessão. Ele usou esse dom com muito sucesso em benefício de Abimeleque (Gn 20.17,18), mas não teve o mesmo sucesso em sua intercessão por Sodoma (Gn 18.23-30), sem dúvida por que sua opinião sobre essa cidade estava errada. Veja Sodoma; Bab adh–dhra Parece que por duas vezes Abraão protegeu seus próprios familiares quando usou uma meia verdade de que Sara era sua irmã, escondendo o fato de que ela era também sua esposa (Gn 12.11-13; 20.5). Isaque fez o mesmo (Gn 26.6-11). Veja Abimeleque. Entretanto, esses episódios, quando adequadamente entendidos, mostram que Abraão e Isaque, embora temerosos, não estavam deliberada­ mente caminhando nos limites da depravação moral. 

Os patriarcas vieram de Harã, uma área controlada pelos hurianos. Portanto, ambos estavam praticando um apreciado costume huriano que chama de relacionamento irmã-esposa. Tanto Sara quanto Rebeca eram qualificadas para essa privilegiada posição, de acordo com a prática huriana legal. Os patriarcas esperavam usar como artifício diplomático essa posição especial de suas esposas que gozavam de um status superior em sua sociedade. Entretanto, nem o Faraó do Egito, nem o rei de Gerar, estavam familiarizados com esse costume hurriano e tinham que ser convencidos de que ele representava o legítimo exercício das prerrogativas e da proteção gozadas pe­las irmãs-esposas daqueles que pertenciam à alta sociedade huriana. No entanto, Deus interveio a favor de Abraão nos dois casos, ensinando-lhe que o caminho da confiança e da obediência representava o novo curso que ele deveria seguir (Gn 12.17; 20.3,17s). 

Abraão teve outra esposa. Quetura (Gn 25.14) através de quem se tomou pai dos midianitas e outros, mas como dizem as Escrituras, “Abraão deu tudo o que tinha a Isaque” (Gn 25.5). Abraão morreu “em boa velhice” e foi enterrado na cova que havia comprado dos heteus. A atitude de enterrar a sua família e deixar instruções quanto a seu pró­prio enterro na terra que lhe fora prometida, ao invés da terra natal de se us ancestrais, foi uma forte demonstração de sua fé na aliança que tinha com Deus. Em 2 Cronicas 20.7 e Tiago 2.23, Abraão é chamado de amigo de Deus. A universalidade desse título para o pai da nação hebraica está refletida no nome da mesquita construída em sua honra em Hebrom, isto é, Aí-Khalil (“O Amigo"). Ninguém pode estar plenamente seguro de que esta mesquita esteja construída exatamente sobre o local da cova funerária no campo de Macpela, mas Gênesis 23.19 afirma que esse local estava realmente situado na área de Hebrom.

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Falando mais sobre a pessoa de Abraão

Um dos capítulos mais interessantes da história de Abraão está em Gênesis 14 e trata da batalha entre os quatro reis do Egito contra os monarcas locais. Os arqueólogos consideram esse capítulo como o mais repleto de detalhes em sua autenticidade. A precisão geográfica de Gênesis 14 é indiscutível. Além disso, o raro termo técnico {hanikim) usado pelos criados de Abraão (Gn 14.14) aparece nos textos da Execração Egípcia e em uma carta de Taanaque datada da primeira metade do segundo milênio a.C. A ocorrência dessa primitiva e rara palavra comprova a tremenda autenticidade do texto. As viagens de Abraão na Mesopotâmia e suas caminhadas pela Palestina combinam bem com o quadro geral que a arqueologia obteve dos primórdios do segundo milênio. Essa era a época em que a Palestina estava recebendo novos grupos nômades e a montanhosa região central que Abraão escolheu para viver era esparsamente habitada, enquanto o vale do Jordão, as regiões costeiras e outros domínios agrícolas eram dominados pelos cananeus e outros. É provável que Abraão tenha feito parte desse grande movimento de pessoas usualmente identificadas como amorreus (Gn 15.16) o que pode explicar as alianças de Abraão com os amorreus Aner, Escol e Manre (Gn 14.13,24) e a justificativa para Ezequiel acusar a nação pecadora de ter um fundador amorreu (Ez 16.3-5). Abraão passou algum tempo no Neguebe e ao longo da rota comercial de Cades-Barneia até Sur (na fronteira oriental do Egito). Durante séculos, antes ou depois do período da metade da Idade do Bronze I (2.100 a 1.850 a.C.) havia colônias estabelecidas no Neguebe.

Ruínas de estações desse caminho, que puderam ser datadas dessa época através do estudo das cerâmicas, estabelecem a rota da caravana pelo interior através do norte do deserto do Sinai. A data exata para Abraão não pode ser determinada através da arqueologia, embora a maioria das autoridades tenha estabelecido o início do segundo milênio. Usando os personagens bíblicos, e assumindo que não houve nenhuma interrupção, pode-se obter o ano 2.000 a.C. como uma data aproximada para o nascimento de Abraão. Essa data está bastante de acordo com as descobertas arqueológicas.

No entanto, objeções foram levantadas em reação à ocorrência do termo filisteus em Gênesis 21.32,34. Os guerreiros filisteus da época de Davi somente chegaram à costa da Palestina por volta de 1.200 a.C. Entretanto, C. H. Gordon observou que o povo do mar Indo-europeu, como por exemplo os minoanos da ilha de Creta, haviam imigrado para Canaã durante todo o segundo milênio. O cananeu Abimeleque de Gerar provavelmente fazia parte de uma onda anterior de filisteus amantes da paz, embora o nome filisteu em si mesmo possa ser um anacronismo oriundo dos povos hostis da época de Saul e de Davi. Veja Cronologia, AT; Idade Patriarcal.

História e Importância de Sua Vida Abraão iniciou sua vida em Ur dos Caldeus, na Mesopotâmia. Dali, Tera, seu pai, mudou-se com a família para Harã. Tanto Ur como Harã eram centros de adoração da lua. O nome de seu pai, Tera, provavelmente significava “Ter é (o divino) irmão”. Acredita-se que ‘Ter” seja uma variação dialética para o deus lua e era especialmente popular no distrito de Harã como foi confirmado pelos registros assírios. Mas Abraão foi convocado pela voz de Deus a deixar o seu cenário pagão, para ir a uma terra divinamente prometida à sua semente. Após sua chegada à Palestina, Abraão passou muitos dias principalmente nas proximidades de três centros no sul, Betei, Hebrom (Manre) e Berseha. Aparentemente, ele havia entrado em Canaã pelo lado leste, assim como Jacó em seu retorno de Padã-Arã, atravessando o Jordão nas proximidades de Suco te, parando primeiro para adorar a Deus fora de Siquém (Gn 12.5-7). Entretanto, nas proximidades de Betei, Abraão construiu o seu segundo altar (Gn 12.8; 13.3) e invocou o nome do Senhor Jeová. Depois de uma curta peregrinação no Egito por causa da fome, Abraão retornou ao local do altar, nas proximidades de Betei, onde se separou de seu sobrinho Ló, que preferiu residir nas verdes planícies do Jordão onde as cidades cananitas de Sodoma e Gomorra estavam situadas. Então, Abraão viajou para o Sul, para uma planície nas montanhas, chamada Manre (Hebrom) ao sui da cadeia central de montanhas. Nesse lugar ele construiu um outro altar ao Senhor.

Após recuperar Ló e sua família das mãos dos mesopotâmios que os haviam aprisionado, Abraão pagou dízimos a Melquisedeque, rei de Salém. Não se pode precisar se Melquisedeque estava em Jerusalém, mas o texto diz claramente que ele era um rei sacerdote que representava El Elyon - um outro título do Deus de Abraão. O texto em Gênesis 20-22 fala sobre a permanência de Abraão no Neguebe, especialmente nas proximidades de Berseba. O relato bíblico afirma que Abraão não só cavou um poço, como deu ao lugar o nome de Berseba (“poço do juramento”) por causa do pacto que havia feito com Abimeleque, o chefe filisteu daquela área.

Deus renovou sua promessa a Abraão em diversas ocasiões (cf. Gnl3.14-18; 15; 17; 22.15-19). Ênfase deve ser atribuída à fé de Abraão na promessa feita por Deus em relação tanto à terra como à sua semente, apesar da contínua infertilidade e avançada idade de sua esposa. O nome de Abrão, que significa “pai exaltado” ou “meu pai é exaltado” foi mudado para Abraão que significa, “pai de uma multidão”. O pacto feito com Deus foi selado pelo sinal da circuncisão e por fim Isaque, o filho da promessa (G14.28) foi concedido àquele que seria sempre conhecido como o “pai de todos os que creem” (Em 4,11). Na verdade, Abraão creu na promessa de Deus de ter um filho na velhice e “isso lhe foi imputado como justiça” (Gn 15.4-6; Rm 4,1-4; Tg 2.22,23; G1 3.6; 5.6). Antes que o filho Isaque lhe fosse dado através do ventre amortecido de Sara (Hb 11.11) sua serva egípcia Agar deu à luz Ismael, através de quem os árabes de nossos dias traçam sua origem até Abraão.

O nome de Isaque se origina da raiz hebraica, sahaq, que significa “rir”. O riso de Abraão (Gn 17,17) parece ter sido uma expressão de alegria, ou até de admiração, enquanto o riso de Sara (Gn 18.11-15) era uma expressão de incredulidade que ela, vergonhosamente, tentou desmentir. No devido tempo, Isaque tornou-se o núcleo principal de todas as esperanças de Abraão; isso explica a importância do episódio do oferecimento de Isaque em sacrifício. O dilema que Abraão experimentou era que a promessa de Deus não poderia se cumprir se Isaque morresse; no entanto Deus estava pedindo Isaque a Abraão. O texto em Hebreus 11.17-19 mostra o comentário Divino sobre esse acontecimento, mostrando como a fé de Abraão triunfou ao crer na fidelidade de Deus, pois “considerou que Deus era poderoso para até dos mortos” ressuscitar Isaque (v. 18), se necessário, para cumprir a sua promessa.


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Quem foi Abraão?

Abrão ou Abraão, é uma personagem bíblica que tem também sua autenticidade no Cânon sagrado. Ele fenece abundantes evidências e acumuladas informações sobre a pessoas de Abraão, que não como contradizer ou negar sua existência histórica no mundo bíblico. Estudiosos aceitam os relatos históricos como um genuíno que reflete a real existência de Abraão no período bíblico.

Essas evidências estão sob a forma de fontes documentadas que estabelecem as tradições culturais refletidas na história bíblica. Os textos Nuzu, que representam a lei comum dos hurianos que dominaram partes da Mesopotâmia por volta de 1500 a.C., lançaram alguma luz sobre tais tradições, como a adoção que Moisés fez do servo Eliezer como seu herdeiro (Gn 15.2-4). 

Segundo o Nuzu, a adoção de um escravo era uma prática comum por parte dos casais sem filhos. Para uma possível herança, o homem adulto adotado negociava seus cuidados pelos pais adotivos em sua idade avançada, proporcionando a estes as cerimônias de enterro adequadas. Mas o Nuzu indica que um filho natural como Isaque, mesmo tendo nascido depois de tal adoção, sempre recebia os direitos de herança em primeiro lugar, Novamente, tanto os códigos legais de Nuzu como os de Hamurabi, dizem como uma esposa estéril era obrigada a fornecer uma serva para o marido, na expectativa de que um filho pudesse nascer. A relutância de Abraão de mandar Agar embora (Gn 21.11) reflete a proteção da lei huriana à serva,

sob tais circunstâncias. Outra tradição cultural, que não se coaduna com a lei hebraica posterior (mosaica) e, portanto, deve vir de épocas anteriores, foi a compra feita por Abraão do campo de Macpela (Gn 23). Os textos da Capadócia refletem as leis feudais hititas que, aparentemente obrigaram Abraão pagar o preço total (23.9, NTLH) para obter o título legal e comprar todo o campo de Efrom, o heteu, porque a plena posse vinha da obrigação feudal ou dos serviços devidos ao dono da terra, de acordo com a lei hitita. 

Abraão estava acostumado com tais transações comerciais e era capaz de pesar e entregar a Efrom os 400 siclos de prata como moeda corrente entre os mercadores. Não se tratava de moedas, mas como diz o hebraico, “prata que passa para o mercador”, significando barras não cunhadas ou anéis de prata. Embora Abraão não seja conhecido através de fontes fora da Bíblia, seu nome está citado sob a forma babilônica, Abamram como também o nome de Naor, e a cidade de Naor, em Gênesis 24.10), Tera e Serugue (Gn 11.22,24) que representam as cidades mencionadas nos textos Mari e em outros documentos assírios.

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