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Sobre a frase seio de Abraão

Essa é uma frase figurativa forte, que repassa e reproduz uma esperança de bem-aventurança para com cristão lutar pela fé para ir ao paraíso após a morte. Embora seja usada no judaísmo rabínico, a única ocorrência escrita dessa expressão encontra-se na parábola proferida por Cristo sobre o homem rico e Lázaro (Lc 16.19ss.). Ao morrer, o mendigo Lázaro é carregado pelos anjos até o seio de Abraão, enquanto o homem rico, depois de seu enterro, é atormentado no Hades.

De acordo com o AT, ao morrer as pessoas vão ao encontro de seus pais (Gn 15.15; 47.30; Dt 31,16; Jz 2.10), Como Abraão era o pai dos judeus (Lc 3.8; Jo 8.39s.), a forma mais concreta dessa expressão era ir ao pai Abraão (IV Mac 13.17). Uma simples variação disto era falar da vida após a morte em termos de “seio de Abraão”. No judaísmo rabínico a frase tinha dois sentidos distintos, e os intérpretes estão dividi­dos quanto ao significado preciso da frase nessa parábola. Deitar-se ou sentar-se no seio de Abraão pode exprimir, figurativamente, a carinhosa comunhão que existe entre Abraão e seus descendentes crentes no céu, em uma analogia à ternura paternal de um pai para com o seu filho (Jo 1.18). Outros acreditam que a figura está enfocando, principalmente, o banquete celestial onde, de acordo com a maneira romana de feste­jar, também usada pelos judeus, Lázaro está reclinado sobre uma mesa com a cabeça no seio de Abraão, seu anfitrião (Jo 13.23; 21.20). Talvez ambos elementos possam ser aplicados à parábola. 

Como as Escrituras geral­ mente representam a alegria do céu em termos de um banquete (Mt 8.11; Lc 13.28,29; 14.16ss.), seria natural que isto estivesse implícito na figura do pobre mendigo que antes se alimentava das migalhas da mesa do rico e que agora está gozando da abundância do banquete celestial. Mas a intimidade e a comunhão não estão ausentes desse quadro. O mendigo, solitário e proscrito, está agora gozando das venturas do céu na  íntima companhia do pai dos crentes. E como Lázaro está no seio de Abraão, também parece que ele recebeu um lugar de honra nesse banquete. Os intérpretes também diferem se o seio de Abraão representa um lugar que pode ser uma divisão ou compartimento do Hades.

Nos escritos judaicos, Seol-Hades é, muitas vezes, o lugar dos mortos em geral, incluindo tanto os justos quanto os pecadores. No capítulo 22 da psd. de Enoque existem até quatro divisões para Hades onde os mortos ficam à espera do dia do julgamento. Mas aqui o seio de Abraão e o Hades são lugares distintos. Jesus fala do homem rico somente no Hades e lá ele vê Abraão “ao longe”, informado que existia um “grande abismo’' entre eles de modo que qualquer transferência seria impossível. Abraão e Lázaro estão em uma posição abençoada, enquanto no Hades o homem rico sofre tormentos e pede água para refrescar a sua língua. Essas ter­ríveis condições aparecem como as consequências inerentes de estar no Hades, Suas implicações escatológicas são claras, pois a fé de Lázaro o leva à alegria da vida eterna (o seio de Abraão) enquanto a fortu­na do descrente homem rico não pôde protegê-lo dos tormentos do inferno (Hades), Esse contexto não oferece apoio à opinião de alguns católicos romanos segundo a qual o seio de Abraão está se referindo ao Umbus patrum, um lugar onde os crentes do AT gozam de paz enquanto esperam pela perfeita redenção de Cristo. No Egito, outros temas levam a uma interpretação do seio de Abraão na qual estão enfatizados os elementos água fresca e refrigério.

A pessoa de Abraão no Novo Testamento

O nome de Abraão ocorre 74 vezes no Novo Testamento, mais que o nome de qualquer outro santo do AT, exceto Moisés (79 vezes). Deus é o “Deus de Abraão” (Mt 22.32; At 7.32) e Abraão vive em uma consciente comunhão com Ele (Lc 16.22;  O Seio de Abraão). Abraão foi o antecessor do Messias (Mt 1.1) e pai dos ismaelitas segundo a carne (Mt 3,9; Jo 8.33; At 13.26). Mas ele se tornou o pai espiritual de todos aqueles que compartilham a sua fé pelo Espírito Santo (Rm 4,11-16; 9.7; G1 3.16,29; 4,22,31). A fé de Abraão levou ao seu perdão, e tipifica o modelo de fé que devemos exercitar (Rm 4.3-11). 

As demonstrações de sua fé, ao obedecer à ordem de Deus para abandonar a Mesopotâmia, assim como o oferecimento de seu filho, Isaque, são mencionados como exemplos notáveis de sua fé em ação (Hb 11.8-19; Tg 2.21).

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Informações bíblicas sobre - Abismo

ABISMO - 1 (Literalmente “sem fundo”). Essa palavra aparece apenas nove vezes no Novo Testamento, e é traduzida sete vezes como o “poço do abismo” em (Ap 9.1,2,11; 11.7; 17,8; 20.1,3). Em outras duas outras ocorrências, o termo é traduzido como “abismo” (Lc 8.31; Rm 10,7). Sua utilização no Novo Testamento teve origem aparentemente na Septuaginta (LXX). Nesta, ela geralmente corresponde à tradução de te hom, começando em Gênesis 1.2. Em cada caso, a principal referência é apenas à profundidade dos oceanos (por exemplo, Salmos 77.16), Muitos intérpretes, supõem que os hebreus adotaram a cosmologia pagã do antigo Oriente, tomando toda a sorte de referências à mitologia do mundo antigo. 

Mas somente podemos dar como certo o seguinte; que sendo a linguagem e o aspecto do Antigo Testamento como fatos fenomenais. Isto é, que empregam a linguagem comum da aparência, para se referir as profundezas dos oceanos, como é citada várias poeticamente como o oposto da abóbada celeste que está acima de nós. Paulo emprega uma linguagem semelhante e usa a palavra abismo em Romanos 10,6,7. Adotada, então, como um remoto oposto ao céu (a morada de Deus), essa palavra é empregada para nomear a residência atual dos espíritos malignos. Esse é o melhor entendimento de Romanos 10.7 (Jesus não enviou demônios para morar em um lago, Lucas 8.31). e de todos os seus outros usos no Novo Testamento, a não ser em Romanos 10.6,7 onde a palavra simplesmente indica a mais longínqua posição possível abaixo da terra. Estudos feitos com essa palavra na LXX, nos clássicos e no Novo Testamento não fornecem qualquer informação sobre a geografia do mundo inferior. 

ABISMO - 2 Uma tradução do termo gr, chasma, em Lucas 16.26; uma fenda profunda que separa dois lugares, O Senhor Jesus Cristo afirma com a sua autoridade que um vasto abismo foi fixado por decreto irrevogável entre o paraíso (“o seio de Abraão”) e o hades, a fim de que as pessoas, na próxima vida, não possam atravessá-lo (cf. Hb 9.27). O gr. chasma pode ser encontrado em outras descrições do juízo final.

O Estado Intermediário dos Mortos - I

A morte se tem feito tema de discussão e preocupação de todos os povos, independentemente da cultura e da religião que tenham. A partida de um ente querido para o Além, não apenas fere corações queridos, também levanta indagações dos que aqui ficam quanto ao futuro eterno do ente querido que partiu. Neste caso, a Bíblia é de inestimável valor, uma vez que ela fala, não apenas da vida presente, mas também fala da morte, do estado intermediário dos mortos e do que lhes aguarda no porvir.
1. Onde Estão os Mortos
Onde estão os mortos tem preocupado e se feito objeto de indagação de praticamente todas as religiões do mundo. Por exemplo, os antigos gregos acreditavam que os mortos eram introduzidos nas "Ilhas dos Bem-Aventurados", onde permaneciam aguardando o julgamento por três representantes do Mundo Subterrâneo. Se o morto tivesse sido bom durante a vida, e os juízes estabelecessem a sua retidão, ele podia entrar nos Campos Elísios, um tipo de paraíso. Ali, de acordo com a mitologia grega, os mortos estariam em uma terra de música, de ar doce e agradável. As almas boas viveriam ali para sempre, entre as alegrias simples de flores e campinas verdejante (Onde estão os Mortos? – Pág. 31) Outras religiões do mundo viam a morada dos mortos de maneira diferente, dentre as quais se destacam o Islamismo, o Budismo, o Hinduísmo, e o Espiritismo. Neste mundo de tantas religiões e de tanta confusão em matéria de fé, pergunta-se: "Com quem está a verdade, finalmente?" A resposta é simples: A verdade está revelada na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, e isso não deixa lugar para especulações, seja para quem for. A Palavra de Deus afirma enfaticamente que uma das razões porque Jesus veio a este mundo, foi para nos mostrar não apenas como termos vida abundante aqui, mas também vida eterna no Além. A Bíblia diz: "Segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos" (2 Tm 1.9,10). Aimortalidade sempre foi um fato inconteste nas Escrituras, mas foi necessário que Cristo a trouxesse à luz para que soubéssemos o que ela é e como podemos obtê-Ia.
2. Onde os Mortos Estão
As bênçãos resultantes da vinda do Senhor Jesus a este mundo são incontáveis. Elas se relacionam com tudo que concerne ao crente. Uma dessas bênçãos diz respeito aos filhos de Deus que já dormem ou vierem a dormir no Senhor. Na Glória celestial ser-nos-ão reveladas e usufruídas inumeráveis outras bênçãos derivadas da vinda de Jesus Cristo aqui. Elas têm alcance ilimitado, aqui e na eternidade.
a) Antes da Ressurreição de Cristo
Para compreender o ensino bíblico sobre o lugar para onde vão os mortos, é necessário observar o texto original tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. A palavra sheol, no Antigo Testamento, equivale em sentido a Hades, no Novo. Ambos os termos designam o lugar para onde, nos tempos do Antigo Testamento, eram levados todos os mortos: justos e ímpios, havendo, no entanto, nessa região dos mortos uma divisão para os justos e outra para os ímpios, separados por um abismo intransponível. Todos estavam ali plenamente conscientes. O lugar dos justos era de felicidade, prazer e segurança. Era chamado “Seio de Abraão” e "Paraíso". Já o lugar dos ímpios era (e ainda é) medonho, cheio de dores, sofrimentos, e os que aí habitam estão em plena consciência.
b) Depois da Ressurreição de Cristo
Antes de morrer por nós, Jesus prometeu que as portas do Inferno não prevalecerão contra a Igreja. Isto mostra que os fiéis de Deus, a partir dos dias de Jesus, não mais desceriam ao Hades, isto é, à divisão ali reservada para os justos. O texto de Mateus 16.18, indica futuridade em relação à ocasião em que foi proferido por Jesus. A mudança ocorreu entre a morte e a ressurreição do Senhor, pois Ele disse na cruz ao ladrão arrependido: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23.43). Escreve o apóstolo Paulo: "Quando ele [Jesus] subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens. Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até as regiões inferiores da terra?" (Ef 4.8,9). Entende-se, pois, que Jesus ao ressuscitar levou consigo os crentes do Antigo Testamento, que jaziam no "Seio de Abraão". A muitos desses crente Jesus ressuscitou por ocasião da sua própria morte no Calvário, certamente para que se cumprisse o tipo prefigurado na Festa das Primícias (Lv 39.9-11) que profeticamente falava da ressurreição de Cristo (1 Co 15.20,23). Nessa festa profética havia pluralidade (o texto fala de "molho" ou "feixe"). Logo, no seu cumprimento deveria haver também pluralidade. E houve, conforme vemos em Mateus 27.52,53. Deste modo a obra redentora de Jesus no Calvário alcançou beneficamente não só os vivos, mas também aqueles que dormiam no Senhor.
3. Onde Estão os Crentes Mortos
O apóstolo Paulo foi ao Paraíso, o qual está no terceiro céu (2 Co 12.1-4). Portanto, o Paraíso está agora lá em cima, na imediata presença de Deus, e não em baixo, como dantes. As almas dos mártires da Grande Tribulação permanecerão no Céu, "debaixo do altar", aguardando o momento da ressurreição e ingresso do reino milenial de Cristo" (Ap 6.9,10; 20.4). Portanto, os crentes que agora dormem no Senhor, estão no Céu, pois o Paraíso está agora ali, como um dos resultados da obra redentora do Senhor Jesus Cristo" (2 Co 5.8). No momento do arrebatamento da Igreja, porém, seus espíritos virão com Jesus, unir-se-ão a seus corpos ressurretos, e subirão com Cristo, já glorificados.Depois que Cristo subiu para o Céu, a Bíblia nunca mais se refere ao Paraíso como estando "em baixo". Desse ponto em diante todas as referências no Novo Testamento sobre o assunto, falam da localização do Paraíso como estando "em cima" ou "no alto".
4. A Presente situação dos Ímpios Mortos
Para os ímpios mortos não houve qualquer alteração quanto ao seu estado. Continuam descendo ao Hades, o "império da morte", onde ficarão retidos em sofrimento consciente até o Juízo Final, após o Milênio, onde serão julgados e condenados ao Inferno eterno (Ap 20.13-15). Assim sendo, qualquer fantasma ou "alma do outro mundo" que porventura aparecer por aqui, é coisa diabólica, porque do Hades não sai ninguém. É uma prisão, cuja chave está nas mãos de Jesus (Ap 1.18). Alma doutro mundo não vem à Terra, pois os salvos estão em Jesus, e os perdidos que morreram estão encerrados para o grande dia do juízo do Grande Trono Branco. O Diabo, sim, por enquanto está solto, vivo e ativo no planeta Terra. Ler mais...