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A mulher adúltera e Jesus é maior que Abraão - João 8


A mulher adúltera
1 - JESUS, porém, foi para o Monte das Oliveiras.
2 - E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava.
3 - E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;
4 - E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
5 - E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
6 - Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
7 - E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
8 - E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.
9 - Quando ouviram isto, redarguidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio.
10 - E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11 - E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.

Jesus, a luz do mundo
12 - Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.
13 - Disseram-lhe, pois, os fariseus: Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro.
14 - Respondeu Jesus, e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou.
15 - Vós julgais segundo a carne; eu a ninguém julgo.
16 - E, se na verdade julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou.
17 - E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro.
18 - Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou.
19 - Disseram-lhe, pois: Onde está teu Pai? Jesus respondeu: Não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai.
20 - Estas palavras disse Jesus no lugar do tesouro, ensinando no templo, e ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora.
21 - Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Eu retiro-me, e buscar-me-eis, e morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, não podeis vós vir.
22 - Diziam, pois, os judeus: Porventura quererá matar-se a si mesmo, pois diz: Para onde eu vou não podeis vir?
23 - E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.
24 - Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados.
25 - Disseram-lhe, pois: Quem és tu? Jesus lhes disse: Isso mesmo que já desde o princípio vos disse.
26 - Muito tenho que dizer e julgar de vós, mas aquele que me enviou é verdadeiro; e o que dele tenho ouvido, isso falo ao mundo.
27 - Mas não entenderam que ele lhes falava do Pai.
28 - Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do homem, então conhecereis quem EU SOU, e que nada faço por mim mesmo; mas isto falo como meu Pai me ensinou.
29 - E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.

Jesus maior do que Abraão
30 - Dizendo ele estas coisas, muitos creram nele.
31 - Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos;
32 - E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
33 - Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres?
34 - Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.
35 - Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre.
36 - Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.
37 - Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós.
38 - Eu falo do que vi junto de meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai.
39 - Responderam, e disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão.
40 - Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido; Abraão não fez isto.
41 - Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe, pois: Nós não somos nascidos de fornicação; temos um Pai, que é Deus.
42 - Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.
43 - Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.
44 - Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.
45 - Mas, porque vos digo a verdade, não me credes.
46 - Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes?
47 - Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus.
48 - Responderam, pois, os judeus, e disseram-lhe: Não dizemos nós bem que és samaritano, e que tens demônio?
49 - Jesus respondeu: Eu não tenho demônio, antes honro a meu Pai, e vós me desonrais.
50 - Eu não busco a minha glória; há quem a busque, e julgue.
51 - Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte.
52 - Disseram-lhe, pois, os judeus: Agora conhecemos que tens demônio. Morreu Abraão e os profetas; e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, nunca provará a morte.
53 - És tu maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? E também os profetas morreram. Quem te fazes tu ser?
54 - Jesus respondeu: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai, o qual dizeis que é vosso Deus.
55 - E vós não o conheceis, mas eu conheço-o. E, se disser que o não conheço, serei mentiroso como vós; mas conheço-o e guardo a sua palavra.
56 - Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se.
57 - Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos, e viste Abraão?
58 - Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.
59 - Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou.

Zaqueu o publicano e a entrada de Jesus em Jerusalém - Lucas 19


Zaqueu o publicano
1 - E, TENDO Jesus entrado em Jericó, ia passando.
2 - E eis que havia ali um homem chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico.
3 - E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura.
4 - E, correndo adiante, subiu a um sicômoro para o ver; porque havia de passar por ali.
5 - E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa.
6 - E, apressando-se, desceu, e recebeu-o alegremente.
7 - E, vendo todos isto, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador.
8 - E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.
9 - E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão.
10 - Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.

Parábola das minas
11 - E, ouvindo eles estas coisas, ele prosseguiu, e contou uma parábola; porquanto estava perto de Jerusalém, e cuidavam que logo se havia de manifestar o reino de Deus.
12 - Disse pois: Certo homem nobre partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois.
13 - E, chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas, e disse-lhes: Negociai até que eu venha.
14 - Mas os seus concidadãos odiavam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós.
15 - E aconteceu que, voltando ele, depois de ter tomado o reino, disse que lhe chamassem aqueles servos, a quem tinha dado o dinheiro, para saber o que cada um tinha ganhado, negociando.
16 - E veio o primeiro, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu dez minas.
17 - E ele lhe disse: Bem está, servo bom, porque no mínimo foste fiel, sobre dez cidades terás autoridade.
18 - E veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco minas.
19 - E a este disse também: Sê tu também sobre cinco cidades.
20 - E veio outro, dizendo: Senhor, aqui está a tua mina, que guardei num lenço;
21 - Porque tive medo de ti, que és homem rigoroso, que tomas o que não puseste, e segas o que não semeaste.
22 - Porém, ele lhe disse: Mau servo, pela tua boca te julgarei. Sabias que eu sou homem rigoroso, que tomo o que não pus, e sego o que não semeei;
23 - Por que não puseste, pois, o meu dinheiro no banco, para que eu, vindo, o exigisse com os juros?
24 - E disse aos que estavam com ele: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem dez minas.
25 - (E disseram-lhe eles: Senhor, ele tem dez minas.)
26 - Pois eu vos digo que a qualquer que tiver ser-lhe-á dado, mas ao que não tiver, até o que tem lhe será tirado.
27 - E quanto àqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui, e matai-os diante de mim.

Entrada de Jesus em Jerusalém
28 - E, dito isto, ia caminhando adiante, subindo para Jerusalém.
29 - E aconteceu que, chegando perto de Betfagé, e de Betânia, ao monte chamado das Oliveiras, mandou dois dos seus discípulos,
30 - Dizendo: Ide à aldeia que está defronte, e aí, ao entrar, achareis preso um jumentinho em que nenhum homem ainda montou; soltai-o e trazei-o.
31 - E, se alguém vos perguntar: Por que o soltais? assim lhe direis: Porque o Senhor o há de mister.
32 - E, indo os que haviam sido mandados, acharam como lhes dissera.
33 - E, quando soltaram o jumentinho, seus donos lhes disseram: Por que soltais o jumentinho?
34 - E eles responderam: O Senhor o há de mister.
35 - E trouxeram-no a Jesus; e, lançando sobre o jumentinho as suas vestes, puseram Jesus em cima.
36 - E, indo ele, estendiam no caminho as suas vestes.
37 - E, quando já chegava perto da descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto,
38 - Dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas.
39 - E disseram-lhe de entre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os teus discípulos.
40 - E, respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão.
41 - E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela,
42 - Dizendo: Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos.
43 - Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados;
44 - E te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação.

Os mercadores expulsos do templo
45 - E, entrando no templo, começou a expulsar todos os que nele vendiam e compravam,
46 - Dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores.
47 - E todos os dias ensinava no templo; mas os principais dos sacerdotes, e os escribas, e os principais do povo procuravam matá-lo.
48 - E não achavam meio de o fazer, porque todo o povo pendia para ele, escutando-o.

Conspiração contra Jesus e a ceia do Senhor - Lucas 22


Conspiração contra Jesus
1 - ESTAVA, pois, perto a festa dos pães ázimos, chamada a páscoa.
2 - E os principais dos sacerdotes, e os escribas, andavam procurando como o matariam; porque temiam o povo.
3 - Entrou, porém, Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze.
4 - E foi, e falou com os principais dos sacerdotes, e com os capitães, de como lho entregaria;
5 - Os quais se alegraram, e convieram em lhe dar dinheiro.
6 - E ele concordou; e buscava oportunidade para lho entregar sem alvoroço.
7 - Chegou, porém, o dia dos ázimos, em que importava sacrificar a páscoa.
8 - E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a páscoa, para que a comamos.
9 - E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos?
10 - E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem, levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar.
11 - E direis ao pai de família da casa: O Mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos?
12 - Então ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado; aí fazei preparativos.
13 - E, indo eles, acharam como lhes havia sido dito; e prepararam a páscoa.


A ceia do Senhor

14 - E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e com ele os doze apóstolos.
15 - E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça;
16 - Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus.
17 - E, tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós;
18 - Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus.
19 - E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.
20 - Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós.
21 - Mas eis que a mão do que me trai está comigo à mesa.
22 - E, na verdade, o Filho do homem vai segundo o que está determinado; mas ai daquele homem por quem é traído!
23 - E começaram a perguntar entre si qual deles seria o que havia de fazer isto.

Quem é o maior?
24 - E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior.
25 - E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores.
26 - Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve.
27 - Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve.
28 - E vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações.
29 - E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou,
30 - Para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel.
31 - Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo;
32 - Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.
33 - E ele lhe disse: Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte.
34 - Mas ele disse: Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces.
35 - E disse-lhes: Quando vos mandei sem bolsa, alforje, ou alparcas, faltou-vos porventura alguma coisa? Eles responderam: Nada.
36 - Disse-lhes pois: Mas agora, aquele que tiver bolsa, tome-a, como também o alforje; e, o que não tem espada, venda a sua capa e compre-a;
37 - Porquanto vos digo que importa que em mim se cumpra aquilo que está escrito: E com os malfeitores foi contado. Porque o que está escrito de mim terá cumprimento.
38 - E eles disseram: Senhor, eis aqui duas espadas. E ele lhes disse: Basta.

Getsêmani
39 - E, saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram.
40 - E quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação.
41 - E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava,
42 - Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.
43 - E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia.
44 - E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão.
45 - E, levantando-se da oração, veio para os seus discípulos, e achou-os dormindo de tristeza.
46 - E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação.

Prisão de Jesus
47 - E, estando ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela, e chegou-se a Jesus para o beijar.
48 - E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?
49 - E, vendo os que estavam com ele o que ia suceder, disseram-lhe: Senhor, feriremos à espada?
50 - E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita.
51 - E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou.
52 - E disse Jesus aos principais dos sacerdotes, e capitães do templo, e anciãos, que tinham ido contra ele: Saístes, como a um salteador, com espadas e varapaus?
53 - Tenho estado todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.

Negação de Pedro
54 - Então, prendendo-o, o levaram, e o puseram em casa do sumo sacerdote. E Pedro seguia-o de longe.
55 - E, havendo-se acendido fogo no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se Pedro entre eles.
56 - E como certa criada, vendo-o estar assentado ao fogo, pusesse os olhos nele, disse: Este também estava com ele.
57 - Porém, ele negou-o, dizendo: Mulher, não o conheço.
58 - E, um pouco depois, vendo-o outro, disse: Tu és também deles. Mas Pedro disse: Homem, não sou.
59 - E, passada quase uma hora, um outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava com ele, pois também é galileu.
60 - E Pedro disse: Homem, não sei o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo.
61 - E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes.
62 - E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente.
63 - E os homens que detinham Jesus zombavam dele, ferindo-o.
64 - E, vendando-lhe os olhos, feriam-no no rosto, e perguntavam-lhe, dizendo: Profetiza, quem é que te feriu?
65 - E outras muitas coisas diziam contra ele, blasfemando.
66 - E logo que foi dia ajuntaram-se os anciãos do povo, e os principais dos sacerdotes e os escribas, e o conduziram ao seu concílio, e lhe perguntaram:
67 - És tu o Cristo? Dize-no-lo. Ele replicou: Se vo-lo disser, não o crereis;
68 - E também, se vos perguntar, não me respondereis, nem me soltareis.
69 - Desde agora o Filho do homem se assentará à direita do poder de Deus.
70 - E disseram todos: Logo, és tu o Filho de Deus? E ele lhes disse: Vós dizeis que eu sou.
71 - Então disseram: De que mais testemunho necessitamos? pois nós mesmos o ouvimos da sua boca.

Entrada de Jesus em Jerusalém e os mercadores são expulsos do templo - Mateus 21


Entrada de Jesus em Jerusalém
1 - E, QUANDO se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou, então, Jesus dois discípulos, dizendo-lhes:
2 - Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela; desprendei-a, e trazei-mos.
3 - E, se alguém vos disser alguma coisa, direis que o Senhor os há de mister; e logo os enviará.
4 - Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta, que diz:
5 - Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem, Manso, e assentado sobre uma jumenta, E sobre um jumentinho, filho de animal de carga.
6 - E, indo os discípulos, e fazendo como Jesus lhes ordenara,
7 - Trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram as suas vestes, e fizeram-no assentar em cima.
8 - E muitíssima gente estendia as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho.
9 - E a multidão que ia adiante, e a que seguia, clamava, dizendo: Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!
10 - E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este?
11 - E a multidão dizia: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia.

Os mercadores expulsos do templo
12 - E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas;
13 - E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.
14 - E foram ter com ele no templo cegos e coxos, e curou-os.
15 - Vendo, então, os principais dos sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia, e os meninos clamando no templo: Hosana ao Filho de Davi, indignaram-se,
16 - E disseram-lhe: Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim; nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?
17 - E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, e ali passou a noite.
18 - E, de manhã, voltando para a cidade, teve fome;
19 - E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.
20 - E os discípulos, vendo isto, maravilharam-se, dizendo: Como secou imediatamente a figueira?
21 - Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: Ergue-te, e precipita-te no mar, assim será feito;
22 - E, tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis.
23 - E, chegando ao templo, acercaram-se dele, estando já ensinando, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, dizendo: Com que autoridade fazes isto? e quem te deu tal autoridade?
24 - E Jesus, respondendo, disse-lhes: Eu também vos perguntarei uma coisa; se ma disserdes, também eu vos direi com que autoridade faço isto.
25 - O batismo de João, de onde era? Do céu, ou dos homens? E pensavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que não o crestes?
26 - E, se dissermos: Dos homens, tememos o povo, porque todos consideram João como profeta.
27 - E, respondendo a Jesus, disseram: Não sabemos. Ele disse-lhes: Nem eu vos digo com que autoridade faço isto.

Parábola dos dois filhos
28 - Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.
29 - Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.
30 - E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.
31 - Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.
32 - Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.
33 - Ouvi, ainda, outra parábola: Houve um homem, pai de família, que plantou uma vinha, e circundou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para longe.
34 - E, chegando o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos.
35 - E os lavradores, apoderando-se dos servos, feriram um, mataram outro, e apedrejaram outro.
36 - Depois enviou outros servos, em maior número do que os primeiros; e eles fizeram-lhes o mesmo.
37 - E, por último, enviou-lhes seu filho, dizendo: Terão respeito a meu filho.
38 - Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e apoderemo-nos da sua herança.
39 - E, lançando mão dele, o arrastaram para fora da vinha, e o mataram.
40 - Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?
41 - Dizem-lhe eles: Dará afrontosa morte aos maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe dêem os frutos.
42 - Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Essa foi posta por cabeça do ângulo; Pelo Senhor foi feito isto, E é maravilhoso aos nossos olhos?
43 - Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos.
44 - E, quem cair sobre esta pedra, despedaçar-se-á; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.
45 - E os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas palavras, entenderam que falava deles;
46 - E, pretendendo prendê-lo, recearam o povo, porquanto o tinham por profeta.

Jesus ressuscita na madrugada de domingo - Marcos 16

A ressurreição de Jesus Cristo na madrugada de domingo
1 - E, PASSADO o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo.
2 - E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol.
3 - E diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?
4 - E, olhando, viram que já a pedra estava revolvida; e era ela muito grande.
5 - E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida, branca; e ficaram espantadas.
6 - Ele, porém, disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram.
7 - Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse.
8 - E, saindo elas apressadamente, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e assombro; e nada diziam a ninguém porque temiam.

Jesus aparece a Maria Madalena
9 - E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios.
10 - E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes, e chorando.
11 - E, ouvindo eles que vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram.
12 - E depois manifestou-se de outra forma a dois deles, que iam de caminho para o campo.
13 - E, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram.

A ordem de Jesus para a evangelização do mundo
14 - Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados à mesa, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.
15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;
18 - Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.


Ascensão de Jesus do Monte das Oliveiras

19 - Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus.
20 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém.

O profeta Zacarias prever o julgamento final ao mundo - Zacarias 14


O profeta Zacarias prever o julgamento final ao mundo
1 - EIS que vem o dia do SENHOR, em que teus despojos se repartirão no meio de ti.
2 - Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será extirpado da cidade.
3 - E o SENHOR sairá, e pelejará contra estas nações, como pelejou, sim, no dia da batalha.
4 - E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul.
5 - E fugireis pelo vale dos meus montes, pois o vale dos montes chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o SENHOR meu Deus, e todos os santos contigo.
6 - E acontecerá naquele dia, que não haverá preciosa luz, nem espessa escuridão.
7 - Mas será um dia conhecido do SENHOR; nem dia nem noite será; mas acontecerá que ao cair da tarde haverá luz.
8 - Naquele dia também acontecerá que sairão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e metade delas para o mar ocidental; no verão e no inverno sucederá isto.
9 - E o SENHOR será rei sobre toda a terra; naquele dia um será o SENHOR, e um será o seu nome.
10 - Toda a terra em redor se tornará em planície, desde Geba até Rimom, ao sul de Jerusalém, e ela será exaltada, e habitada no seu lugar, desde a porta de Benjamim até ao lugar da primeira porta, até à porta da esquina, e desde a torre de Hananeel até aos lagares do rei.
11 - E habitarão nela, e não haverá mais destruição, porque Jerusalém habitará segura.

Jerusalém ainda será glorificada e exaltação por Deus no grande Milênio 
12 - E esta será a praga com que o SENHOR ferirá a todos os povos que guerrearam contra Jerusalém: a sua carne apodrecerá, estando eles em pé, e lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e a língua lhes apodrecerá na sua boca.
13 - Naquele dia também acontecerá que haverá da parte do SENHOR uma grande perturbação entre eles; porque cada um pegará na mão do seu próximo, e cada um levantará a mão contra o seu próximo.
14 - E também Judá pelejará em Jerusalém, e as riquezas de todos os gentios serão ajuntadas ao redor, ouro e prata e roupas em grande abundância.
15 - Assim será também a praga dos cavalos, dos mulos, dos camelos e dos jumentos e de todos os animais que estiverem naqueles arraiais, como foi esta praga.
16 - E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos.
17 - E acontecerá que, se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva.
18 - E, se a família dos egípcios não subir, nem vier, não virá sobre ela a chuva; virá sobre eles a praga com que o SENHOR ferirá os gentios que não subirem a celebrar a festa dos tabernáculos.
19 - Este será o castigo do pecado dos egípcios e o castigo do pecado de todas as nações que não subirem a celebrar a festa dos tabernáculos.
20 - Naquele dia será gravado sobre as campainhas dos cavalos: SANTIDADE AO SENHOR; e as panelas na casa do SENHOR serão como as bacias diante do altar.
21 - E todas as panelas em Jerusalém e Judá serão consagradas ao SENHOR dos Exércitos, e todos os que sacrificarem virão, e delas tomarão, e nelas cozerão. E naquele dia não haverá mais cananeu na casa do SENHOR dos Exércitos.

A entrada de Jesus em Jerusalém - Mateus 21

A entrada de Jesus em Jerusalém
1 - E, QUANDO se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou, então, Jesus dois discípulos, dizendo-lhes:
2 - Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela; desprendei-a, e trazei-mos.
3 - E, se alguém vos disser alguma coisa, direis que o Senhor os há de mister; e logo os enviará.
4 - Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta, que diz:
5 - Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem, Manso, e assentado sobre uma jumenta, E sobre um jumentinho, filho de animal de carga.
6 - E, indo os discípulos, e fazendo como Jesus lhes ordenara,
7 - Trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram as suas vestes, e fizeram-no assentar em cima.
8 - E muitíssima gente estendia as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho.
9 - E a multidão que ia adiante, e a que seguia, clamava, dizendo: Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!
10 - E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este?
11 - E a multidão dizia: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia.

Os mercadores expulsos do templo
12 - E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas;
13 - E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.
14 - E foram ter com ele no templo cegos e coxos, e curou-os.
15 - Vendo, então, os principais dos sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia, e os meninos clamando no templo: Hosana ao Filho de Davi, indignaram-se,
16 - E disseram-lhe: Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim; nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?
17 - E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, e ali passou a noite.
18 - E, de manhã, voltando para a cidade, teve fome;
19 - E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.
20 - E os discípulos, vendo isto, maravilharam-se, dizendo: Como secou imediatamente a figueira?
21 - Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: Ergue-te, e precipita-te no mar, assim será feito;
22 - E, tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis.
23 - E, chegando ao templo, acercaram-se dele, estando já ensinando, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, dizendo: Com que autoridade fazes isto? e quem te deu tal autoridade?
24 - E Jesus, respondendo, disse-lhes: Eu também vos perguntarei uma coisa; se ma disserdes, também eu vos direi com que autoridade faço isto.
25 - O batismo de João, de onde era? Do céu, ou dos homens? E pensavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que não o crestes?
26 - E, se dissermos: Dos homens, tememos o povo, porque todos consideram João como profeta.
27 - E, respondendo a Jesus, disseram: Não sabemos. Ele disse-lhes: Nem eu vos digo com que autoridade faço isto.

A parábola dos dois filhos
28 - Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.
29 - Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.
30 - E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.
31 - Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.
32 - Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.
33 - Ouvi, ainda, outra parábola: Houve um homem, pai de família, que plantou uma vinha, e circundou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para longe.
34 - E, chegando o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos.
35 - E os lavradores, apoderando-se dos servos, feriram um, mataram outro, e apedrejaram outro.
36 - Depois enviou outros servos, em maior número do que os primeiros; e eles fizeram-lhes o mesmo.
37 - E, por último, enviou-lhes seu filho, dizendo: Terão respeito a meu filho.
38 - Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e apoderemo-nos da sua herança.
39 - E, lançando mão dele, o arrastaram para fora da vinha, e o mataram.
40 - Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?
41 - Dizem-lhe eles: Dará afrontosa morte aos maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe dêem os frutos.
42 - Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Essa foi posta por cabeça do ângulo; Pelo Senhor foi feito isto, E é maravilhoso aos nossos olhos?
43 - Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos.
44 - E, quem cair sobre esta pedra, despedaçar-se-á; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.
45 - E os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas palavras, entenderam que falava deles;
46 - E, pretendendo prendê-lo, recearam o povo, porquanto o tinham por profeta.