Essa cidade ficava situada sobre um promontório em frente à baía ao norte de Haifa e
do Monte Carmelo. Proporcionando as melhores condições para a
ancoragem daquela área, ela logo comandou a aproximação às ricas
planícies de Esdraelom e às estradas costeiras para o norte. Embora
situada dentro do território de Aser, ela não foi conquistada pelos
hebreus (Jz 1.31).
Durante o período de domínio grego e romano, ela
foi chamada de Ptoiemaida, que foi o nome do primeiro rei egípcio da
época. Paulo visitou esse lugar (At 21.7).
Os Cruzados,
considerando-a a chave para a Terra Santa, chegaram a conquistá-la,
pagando um alto preço. Atualmente, as cidades de Haifa e Beirute
conseguiram sobrepujá-la como centros comerciais.
Acaso é sinônimo de casualidade. Esse termo que indica um fato ou acontecimento coincidente, como se fosse sorte ou a falta dela, por puro destino, não é aceito no contexto teológico. Pois que toda causa ou ação que acontece no universo, a teologia as considera como sendo acontecimentos provenientes da vontade Permissiva ou Soberana do Criador. Não como fenômeno da natureza ou obra fictícia. Para os hebreus, Yahweh é um Deus de lei e ordem, e por isso havia pouco espaço para o “acaso” em sua teologia. Na maior parte das ocorrências onde a ideia é usada, trata-se do pensamento de alguém que não é um hebreu.
Na tradução grega do Antigo Testamento (Septuaginta ou LXX), a palavra tyche é encontrada duas vezes. Uma vez em Gênesis 30.11, onde Leia disse: “afortunada”; e, em Isaías 65.11 (lit.), “preparais uma mesa para a Fortuna e que misturais vinho para o Destino". Aqui se trata do deus pagão do acaso, chamado de Fortuna pelos romanos. A ideia do acaso é encontrada na afirmação dos filisteus de que se o seu esforço para determinar a causa das suas calamidades tivesse um determinado resultado, eles iriam chamá-las de acaso, isto é, má sorte (1 Sm 6.9).
Há outros casos onde a mesma palavra é usada: “algum acidente de noite” (Dt 23,10); “caiu-lhe em sorte uma parte do campo” (Rt 2.3); “aconteceu-lhe alguma coisa” (I Sm 20.26); *o mesmo lhes sucede a todos” (Ec 2,14,15). Também existe a palavra hebraica qara’. “Quando encontrares [por acaso] algum ninho de ave no caminho’' (Dt 22,6); novamente, “se achou ah, por acaso, um homem” (2 Sm 20.1). Pega‘ é a palavra hebraica usada em Eclesiastes 9.11 “o tempo e a sorte pertencem a todos”, e em 1 Reis 5.4 “adversário não há, nem algum mau encontro [ou infortúnio]”.
ABEDE-NEGO - Nome babilônico
de Azrias, companheiro de Daniel no exílio (Dn 1.1-7), Esse nome,
que significa “servo de Nebo” foi lhe dado ao ser capturado. Como
Nebo era o principal
deus da Babilônia, acredita-se que os escribas mudaram seu nome para
“nego" para não honrar uma divindade pagã.
Abede-Nego estava
entre os hebreus cativos levados para a Babilônia por Nabucodonosor
no ano 605 a.C. (Dn 1.1). Junto com seus compatriotas, recusou-se a
comer “alimento impuro”, enquanto aprendia a cultura dos caldeus na
corte do rei. Dias depois, tomou-se um dos conselheiros ou um dos
homens sábios do rei (Dn 1.20) e, mais tarde, foi promovido a uma
posição administrativa (Dn 2.49).
Sua fama vem de sua recusa a
negar seu Deus, mesmo sob ameaça de morte (Dn 3.12-18). Depois de
sobreviver milagrosamente a uma fornalha ardente, recebeu mais uma
promoção do tira no
castigador. Ele é citado em 1 Macabeus 2.59 e apresentado em Hebreus
11.33,34.
O autor: O Livro de Daniel identifica o profeta Daniel como o seu autor (Daniel 9:2; 10:2). Jesus menciona Daniel como o autor também (Mateus 24:15).
Quando foi escrito: O Livro de Daniel foi provavelmente escrito entre 540 e 530 AC.
Propósito: Em 605 AC, Nabucodonosor, rei da Babilônia, havia conquistado Judá e deportado muitos dos seus habitantes para a Babilônia – incluindo Daniel. Daniel serviu no palácio real de Nabucodonosor e de vários outros líderes após Nabucodonosor. O Livro de Daniel registra as ações, profecias e visões do profeta Daniel.
Versículos-chave: Daniel 1:19-20: “Então, o rei falou com eles; e, entre todos, não foram achados outros como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso, passaram a assistir diante do rei. Em toda matéria de sabedoria e de inteligência sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino.”
Daniel 2:31: “Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta, que era imensa e de extraordinário esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.”
Daniel 3:17-18: “Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste.”
Daniel 4:34-35: “Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”
Daniel 9:25-27: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos. Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele.”