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A Casualidade ou Acaso

Acaso é sinônimo de casualidade. Esse termo que indica um fato ou acontecimento coincidente, como se fosse sorte ou a falta dela, por puro destino, não é aceito no contexto teológico. Pois que toda causa ou ação que acontece no universo, a teologia as considera como sendo acontecimentos provenientes da vontade Permissiva ou Soberana do Criador. Não como fenômeno da natureza ou obra fictícia. Para os hebreus, Yahweh é um Deus de lei e ordem, e por isso havia pouco espaço para o “acaso” em sua teologia. Na maior parte das ocorrências onde a ideia é usada, trata-se do pensamento de alguém que não é um hebreu. 

Na tradução grega do Antigo Testamento (Septuaginta ou LXX), a palavra tyche é encontrada duas vezes. Uma vez em Gênesis 30.11, onde Leia disse: “afortunada”; e, em Isaías 65.11 (lit.), “preparais uma mesa para a Fortuna e que misturais vinho para o Destino". Aqui se trata do deus pagão do acaso, chamado de Fortuna pelos romanos. A ideia do acaso é encontrada na afirmação dos filisteus de que se o seu esforço para determinar a causa das suas calamidades tivesse um determinado resultado, eles iriam chamá-las de acaso, isto é, má sorte (1 Sm 6.9). 

Há outros casos onde a mesma palavra é usada: “algum acidente de noite” (Dt 23,10); “caiu-lhe em sorte uma parte do campo” (Rt 2.3); “aconteceu-lhe alguma coisa” (I Sm 20.26); *o mesmo lhes sucede a todos” (Ec 2,14,15). Também existe a palavra hebraica qara’. “Quando encontrares [por acaso] algum ninho de ave no caminho’' (Dt 22,6); novamente, “se achou ah, por acaso, um homem” (2 Sm 20.1). Pega‘ é a palavra hebraica usada em Eclesiastes 9.11 “o tempo e a sorte pertencem a todos”, e em 1 Reis 5.4 “adversário não há, nem algum mau encontro [ou infortúnio]”.

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