Pesquise no Google

Mostrando postagens com marcador Doutrinas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Doutrinas. Mostrar todas as postagens

Os fariseus e a tradição, a mulher cananéia e a segunda multiplicação dos pães - Mateus 15



Os fariseus e a tradição 
1 - ENTÃO chegaram ao pé de Jesus uns escribas e fariseus de Jerusalém, dizendo:
2 - Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? pois não lavam as mãos quando comem pão.
3 - Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós, também, o mandamento de Deus pela vossa tradição?
4 - Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá.
5 - Mas vós dizeis: Qualquer que disser ao pai ou à mãe: É oferta ao Senhor o que poderias aproveitar de mim; esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe,
6 - E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus.
7 - Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo:
8 - Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.
9 - Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
10 - E, chamando a si a multidão, disse-lhes: Ouvi, e entendei:
11 - O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem.
12 - Então, acercando-se dele os seus discípulos, disseram-lhe: Sabes que os fariseus, ouvindo essas palavras, se escandalizaram?
13 - Ele, porém, respondendo, disse: Toda a planta, que meu Pai celestial não plantou, será arrancada.
14 - Deixai-os; são cegos condutores de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.
15 - E Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Explica-nos essa parábola.
16 - Jesus, porém, disse: Até vós mesmos estais ainda sem entender?
17 - Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre, e é lançado fora?
18 - Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem.
19 - Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.
20 - São estas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem.

A mulher cananéia
21 - E, partindo Jesus dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom.
22 - E eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada.
23 - Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós.
24 - E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
25 - Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me!
26 - Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos.
27 - E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.
28 - Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã.
29 - Partindo Jesus dali, chegou ao pé do mar da Galiléia, e, subindo a um monte, assentou-se lá.
30 - E veio ter com ele grandes multidões, que traziam coxos, cegos, mudos, aleijados, e outros muitos, e os puseram aos pés de Jesus, e ele os sarou,
31 - De tal sorte, que a multidão se maravilhou vendo os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver; e glorificava o Deus de Israel.

A segunda multiplicação dos pães
32 - E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho.
33 - E os seus discípulos disseram-lhe: De onde nos viriam, num deserto, tantos pães, para saciar tal multidão?
34 - E Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes? E eles disseram: Sete, e uns poucos de peixinhos.
35 - Então mandou à multidão que se assentasse no chão,
36 - E, tomando os sete pães e os peixes, e dando graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos à multidão.
37 - E todos comeram e se saciaram; e levantaram, do que sobejou, sete cestos cheios de pedaços.
38 - Ora, os que tinham comido eram quatro mil homens, além de mulheres e crianças.
39 - E, tendo despedido a multidão, entrou no barco, e dirigiu-se ao território de Magadã.

Epístola do Apostolo Paulo aos Colossenses



Autor: O apóstolo Paulo foi o autor principal do livro de Colossenses (Colossenses 1:13). Timóteo também recebe algum crédito (Colossenses 1:1).

Quando foi escrito: O livro de Colossenses foi provavelmente escrito entre 58-62 dC.

Propósito: O livro de Colossenses é um mini-curso de ética, abordando todas as áreas da vida cristã. Paulo progride da vida individual ao lar e família, do trabalho à forma na qual devemos tratar os outros. O tema deste livro é a suficiência de nosso Senhor, Jesus Cristo, em satisfazer nossas necessidades em todas as áreas.

Versículos-chave: Colossenses 1:15-16: "Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele."

Colossenses 2:8: "Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo."

Colossenses 3:12-13: "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós."

Colossenses 4:5-6: "Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um."

Resumo: Colossenses foi escrito expressamente para derrotar a heresia que tinha surgido em Colossos e que tinha ameaçado a existência da igreja. Enquanto não sabemos o que foi dito a Paulo, esta carta é a sua resposta.

O Estudo da Bibliologia

INTRODUÇÃO
A Chamada "Escritura Sagrada", "Sagradas Escrituras", simplesmente "Escrituras" ou "Palavra de Deus", a Bíblia se constitui na única regra de fé e de conduta do cristão. Ela contém a mente de Deus, o estado espiritual do homem, o caminho da salvação, a condenação dos impenitentes, e a felicidade dos santos. Suas doutrinas são santas, seus preceitos são leis, suas histórias são verídicas e suas decisões irrevogáveis. Compreender a origem, propósito e alcance da Bíblia Sagrada é condição indispensável a todos quantos buscam compreender a boa, santa e agradável vontade de Deus, e a estarem habilitados a cumpri-la em suas vidas diariamente. As sagradas Escrituras sempre foi o livro mais lido em todo mundo. Todos livros que surgem caducam. Mais elas não.

I. A Necessidade das Escrituras
A existência das Escrituras só pode ser aceita e a sua mensagem assimilada, na medida da nossa compreensão da necessidade da revelação de Deus. Isto é: a Bíblia Sagrada é o livro (o registro) da revelação especial de Deus. Tudo quanto o homem necessita saber acerca de Deus e do Seu propósito redentor para com a humanidade caída, ele encontrará nas Escrituras. As Escrituras, pois, se tornaram necessárias e a sua existência é justificada pelo menos pelas seguintes razões:

1. Por Causa da Queda do Homem
A queda do homem tolheu não só a sua liberdade de escolher e fazer o que é bom. A queda inibiu a capacidade criadora do homem, bem como a sua capacidade de assi­milação da revelação de Deus, dentro dos moldes até então conhecidos. O estado de queda do homem é descrito nas seguintes palavras do apóstolo Paulo: "Não há um justo, nem um se­quer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fi­zeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente, peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargu­ra. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; e não conhecem o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos” Rm (3.10-18). 
Em estado de queda e de desgraça, o homem já não desfrutava do privilégio de ouvir "a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia (Gn 3.8). - Aprouve, porém, a Deus, fazer uso da Palavra escrita, como meio de conduzir o homem caído à luz, ao arrependimento, à confissão e à redenção. Através das Escrituras, Deus desce ao nível da compreensão do homem, e, com o auxílio do Espírito Santo e da exposição do Evangelho, faz da Bíblia Sagrada a porta de escape e de volta do homem ao estado de graça perdido decorrente da queda.

2. Por Causa do Amor de Deus
É difícil compreender como Deus podendo viver sem o homem, criou meios - verdadeiros laços de amor(Os 11.4). -, através dos quais traz o homem de volta à sua presença, como se lhe fosse impossível viver sem a companhia e a amizade do homem!A existência das Escrituras é prova mais do que plausível dos esforços de Deus no sentido de aproximar o homem de seu meigo coração. O testemunho milenar das Escrituras é que "Deus se dá a conhecer".A nossa crença na bondade de Deus há de nos conduzir, necessariamente, à compreensão de que através da sua Palavra. Ele se revela pessoalmente àqueles que Ele criou.

"Não podemos crer que um pai se oculte para sempre de seu filho, e sem nunca se comunicar com ele. Tampouco podemos imaginar um Deus que retivesse o conhecimento do seu ser e de sua vontade, ocultando-se às suas criaturas que Ele criara à Sua própria imagem" (Conhecendo as Doutrinas Bíblicas – Editora Vida – Pág. 19).Deus fez o homem capaz e desejoso de conhecer a rea­lidade das coisas. Será que Ele ocultaria uma revelação que satisfizesse esse anelo? Pelo contrário. Diz o profeta de Deus: "Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Se­nhor; como a alva será a sua saída; e ele nos virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra" (Os 6.3).A revela­ção de Deus é possível, é progressiva, é certa.

A mitologia do Egito antigo conta da Esfinge que pro­punha enigmas aos transeuntes, e como os matava quando não os podiam decifrar. Não é assim que Deus age. Ele não nos submete a nenhum teste para nos convencer de quão ignorantes somos. Pelo contrário. Ele se revela a nós com o propósito de nos fazer entender que é possível conhecê-lo melhor. Os "mistérios" registrados nas Escrituras não se­rão mistérios eternamente. 
O que hoje nos é encoberto, no futuro será revelado dentro duma visão mais completa da vontade de Deus."Agora só podemos ver e compreender um pouquinho a respeito de Deus, como se estivéssemos observando seu reflexo num espelho muito ruim; mas o dia chegará quan­do o veremos integralmente, face a face. Tudo quanto sei agora é obscuro e confuso, mas depois verei tudo com clareza, tão claramente como Deus está vendo agora mesmo o interior do meu coração" (1 Co 13.12, O Novo Testamento Vivo).

3. Por Causa da Igreja
Uma vez que as Escrituras nos foram dadas como "proveitosas para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra" (2 Tm 3.16,17),como compreender a Igreja caso as Escrituras não existis­sem?A Igreja, sua organização, seu governo e seu serviço, seriam simplesmente inconcebíveis, caso a Bíblia não exis­tisse. Assim como o Estado necessita duma Constituição, baseada na qual os seus governantes e legisladores possam governar e legislar, de igual modo a Igreja depende da ação reguladora das Escrituras.
O futuro da Igreja na terra é determinado por aquilo que ela crer acerca do que a Bíblia diz. Se a Igreja tiver a Bíblia na conta de autoridade e constituição, então suas afirmações positivas constituem para nós a única base da doutrina cristã.

4. Por Causa do Cristão Individualmente
A regra cristã do certo e do errado é a Palavra de Deus - os escritores do Antigo e do Novo Testamento, tudo o que os profetas e os homens santos da antiguidade escreveram quando movidos pelo Espírito Santo; toda a Escritura que foi dada pela inspiração de Deus é que é realmente provei­tosa para a doutrina e para ensinar toda a vontade de Deus, para reprovação do que lhe é contrário, para correção do erro, para instruir-nos e treinar-nos na justiça (2 Tm 3.16,17).

A Bíblia é lâmpada para os pés do cristão bem como luz para todos os seus caminhos. Ele a recebe como a sua única regra do que é justo e do que é errado, de tudo aquilo que é realmente bom ou mau. Ela nada tem como bom senão aquilo que nela contém, quer diretamente ou por sim­ples consequência; nada tem como mau senão o que ela proíbe, quer claramente ou por inferência inegável. Tudo o que a Escritura não proíbe nem ordena quer diretamente ou por simples consequência, o cristão crê que seja de natureza indiferente, nem bom nem mau em si mesmo; esta é a regra total e única pela qual a sua consciência é dirigida em todas as coisas. Ler mais...

A Inspiração das Escrituras - II

O uso do termo inspiração tem a finalidade de desig­nar a influência controladora que Deus exerceu sobre os es­critores da Bíblia. Tem a ver com a habilidade comunica­da pelo Espírito Santo, de receber a mensagem divina e de registrá-la com absoluta exatidão. O que diferencia a Bíblia dos demais livros do mundo é a sua inspiração divina. É devido à sua inspiração que a Bíblia é chamada A Palavra de Deus.

1. O Fato da Inspiração das Escrituras
É muito interessante compreendermos a contribuição exata do fato de que a inspiração divina das Escrituras re­sume o propósito divino da revelação (2 Pd 1.19-21). Este é um assunto que precisa ser exposto com a mais absoluta clareza face às objeções contra ele levantadas. Contra a crença de que as
Escrituras resumem em si a totalidade do propósito da revelação divina, levantam-se os seguintes argumentos:

a) Cristo Versus Apóstolos
Este conceito consiste em distinguir entre a crença de Cristo e a dos apóstolos, supostamente em níveis diferen­tes. Tem o propósito de apresentar Cristo em oposição aos apóstolos, procurando salvá-los das errôneas tradições dos judeus, incluindo evidentemente a crença na inerrância das Escrituras. Procurando dar bases escriturísticas a essa errônea interpretação, os seus defensores valem-se de pas­sagens bíblicas isoladas, tais como: Mateus 22.29; Marcos 12.24 e João 5.39.

b) Acomodação
Segundo este argumento, os apóstolos criam que a inerrância das Escrituras judaicas se constituía numa teo­ria insustentável. Deste modo, em vez de adotarem uma li­nha de interpretação revolucionária, os escritores do Novo Testamento teriam decidido por acomodar a sua lingua­gem à realidade espiritual dos seus dias. Um dos principais defensores deste argumento disse que "as Escrituras do Novo Testamento estão completamente dominadas pelo espírito de sua época. Assim o seu testemunho concernente â inspiração das Escrituras carece de valor independente".

c) Ignorância
Os defensores deste argumento dizem que os apóstolos eram "homens sem letras e indoutos" (At 4.13), e, portanto, esta­vam sujeitos a errar, e que Cristo, devido à sua encarnação, sabia apenas um pouco acima dos seus contemporâ­neos. Ainda, segundo este argumento, uma vez que Cristo não teve acesso às descobertas científicas do nosso tempo, não podia ter estado muito acima do nível cultural da sua própria época.

d) Contradição
Sempre tem havido quem discuta no tocante à supos­ta "contradição", "inexatidão" e "inconsistência" das Es­crituras. Segundo esses críticos, um livro não pode ter tão grande valor como o atribuído à Bíblia, quando contém to­dos estes elementos. Esses argumentos quanto à inspiração e inerrância das Escrituras, não têm nada de novo. A negação da ori­gem divina da Bíblia tem aparecido em todas as gerações com maior ou menor intensidade neste mundo onde medra a incredulidade. A raiz do problema está no que se há de aceitar como última palavra no assunto: Devemos aceitar o ensinamento da Bíblia acerca de si mesma, ou aceitar o ensinamento contraditório de homens?

2. O Que a Bíblia Diz Acerca da Sua Inspiração
Como qualquer outra doutrina bíblica, a doutrina da inspiração deriva das Escrituras. A Bíblia mesma testifica abundantemente da sua inspiração e sustenta o ponto de vista mais estrito com respeito ao assunto. Os escritores do Antigo Testamento tinham consciência de que escreviam aquilo que o Senhor lhes mandava (Ex 17.14; 34.27; Nm 33.2; Is 8.1;30.8; Jr 25.13;30.2; Ez 24.1; Dn 12.4) Os profetas tinham consciência de que eram portadores duma mensagem divi­na, e, portanto, a introduziam com fórmulas, como: "As­sim diz o Senhor" - "Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo" - "Assim me mostrou o Senhor Jeová", etc. Estas fórmulas se referem à palavra falada, porém se aplicam também à palavra escrita (Jr 36.27,32; Ez 24.1; Dn 12.4). Os escritores do Novo Testamento com freqüência ci­tam passagens do Antigo Testamento como palavra de Deus ou do Espírito Santo (Mt 15.4; Hb 1.5; 3.7; 4.3; 5.6; 7.21).Paulo fala de suas próprias palavras como palavras que o Espírito lhe havia ensina­do (1 Co 2.13), e alega que é Cristo quem fala a ele (2 Co 13.3).Sua mensagem aos tessalonicenses é "a palavra de Deus” (1 Ts 2.13). Finalmente, diz na passagem clássica da inspiração: "Toda a Escritu­ra divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça " (2 Tm 3.16).

3. A Natureza da Inspiração das Escrituras
Ao considerar a natureza da inspiração das Escritu­ras, atente-se primeiramente para dois conceitos errôneos, porém comuns, conhecidos como: "inspiração mecânica" e "inspiração dinâmica".

a) Inspiração Mecânica
Com frequência se tem concebido o processo da inspi­ração das Escrituras duma maneira mecânica. Segundo este conceito, Deus simplesmente ditava o que os autores humanos dos livros da Bíblia deviam escrever. Estes escri­tores seriam qual amanuenses do Espírito Santo, regis­trando seus pensamentos em palavras que Ele escolhia. As faculdades mentais dos escritores se encontravam em re­pouso e não contribuíam de forma alguma no conteúdo ou forma dós seus escritos. 
Ê assim que o estilo das Escrituras é o estilo do Espírito Santo.As investigações, porém, têm mostrado que este con­ceito é insustentável. A Bíblia mesma dá prova de que os seus escritores não eram meros instrumentos passivos na produção dos seus livros, mas sim, eles eram autores no verdadeiro sentido da palavra. Em alguns casos os escritos da Bíblia são resultados de investigações históricas, pois se referem a essas investigações (Lc 1.1-4), e às vezes fazem menção de suas fontes, como os livros de Samuel, Reis, Crônicas, etc. Noutros casos os autores registram as suas próprias expe­riências pessoais, como nos Salmos, nos livros proféticos, em Atos, e nas Epístolas. Cada escritor tinha estilo pró­prio. O estilo de Isaías não é como o de Ezequiel, nem o es­tilo de Paulo ê como o de Pedro.

b) A Inspiração Dinâmica
Face ao conceito mecânico da inspiração das Escritu­ras, vários eruditos nos séculos XVIII e XIX optaram pelo que chamaram "inspiração dinâmica". Esta teoria rejeita a idéia duma operação direta do Espírito Santo sobre a produção dos livros da Bíblia, isto é, uma operação que te­ria como propósito específico a produção desses livros, e põe em seu lugar a idéia duma inspiração geral dos escrito­res. Essa inspiração teria sido uma característica perma­nente dos escritores. Ela não difere em essência, mas so­mente em grau, da iluminação espiritual do crente em ge­ral. Ela penetra em todas as partes das Escrituras, ainda que não em todas na mesma medida. Os livros históricos, por exemplo, não seriam inspirados na mesma medida que os livros doutrinários. Desse modo, ainda que em geral os escritos bíblicos sejam confiáveis, eles estão sujeitos a er­ros principalmente os livros históricos.Evidentemente, este conceito não faz justiça aos da­dos bíblicos sobre a inspiração das Escrituras, uma vez que ele despoja a Bíblia do seu caráter sobrenatural, reduzin­do-a ao nível da revelação geral, destruindo, portanto, a sua infalibilidade.

c) A Inspiração Orgânica
O conceito de Inspiração geralmente aceito nos círcu­los cristãos conservadores, se denomina inspiração "plená­ria" ou "orgânica". O termo "orgânico" põe em relevo o fato de que Deus não usou os escritores da Bíblia, no senti­do mecânico, como se eles fossem robôs, mas que atuou sobre eles de forma orgânica, em harmonia com as leis do ser interior desses escritores. Isto é, Deus os usou tal qual eram, com seu caráter e temperamento, seus dons e talen­tos, sua educação e cultura, seu vocabulário e estilo; iluminou as suas mentes, os impulsionou a escrever, excluindo a influência do pecado sobre suas atividades literárias. 

Na verdade, Deus os guiou na seleção de suas palavras e na ex­pressão de seus pensamentos.Este conceito apresenta os escritores da Bíblia, não como simples amanuenses, mas como verdadeiros autores da Bíblia. Ás vezes eles registravam comunicações diretas de Deus, e em outras ocasiões escreviam os resultados de suas próprias investigações históricas, ou registravam suas experiências. Isto explica a individualidade dos livros da Bíblia, posto que cada escritor tinha seu próprio estilo e firmou em sua produção literária seu selo pessoal e as mar­cas da época em que viveu.
4. Provas da Inspiração da Bíblia

Dentre outras provas da inspiração da Bíblia, a dar-lhe patente divina, destacam-se as seguintes:

a) A Aprovação da Bíblia por Jesus
Jesus aprovou a Bíblia ao lê-la, ao ensiná-la, ao cha­má-la "a palavra de Deus", e ao cumpri-la (Lc 4.16-20; 24.27; Mc 7.13; Lc 24.44).Quanto ao Novo Testamento, em João 14.26, o Senhor antecipadamente pôs nele o selo de sua aprovação divina, ao declarar: "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar tudo quanto vos tenho dito". As­sim sendo, o que os apóstolos ensinaram e escreveram não foi a recordação deles mesmos, mas a do Espírito Santo. 
Jesus disse ainda que o Espírito nos guiaria em "toda a verdade" (Jo 16.13,14). Portanto, no Novo Testamento temos a essên­cia da revelação divina.

b) O Testemunho do Espírito Santo no Crente
O mesmo Espírito que conduz o pecador a aceitar a Jesus como Salvador pessoal, convence o neoconvertido da origem divina das Escrituras. Não é necessário que o novo crente faça um curso neste sentido, não. A crença na auto­ria e inspiração divina das Escrituras é algo que se dá ins­tantaneamente. 

Samuel Rutherford, num tratado contra a teologia vaticana, pergunta: "Como sabemos que a Escritura é a Pa­lavra de Deus?" Se já houve um lugar onde se poderia es­perar que um teólogo empregasse o estilo de argumentos ra­cionais dos próprios teólogos católicos, conforme fizeram alguns teólogos protestantes do passado, seria aqui. Rutherford, ao invés disto, apelou ao Espírito de Cristo fa­lando na Escritura: "As ovelhas são criaturas dóceis (Jo 10.27). As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as co­nheço, e elas me seguem... assim o instinto da Graça co­nhece a voz do Amado entre muitas vozes (Ct 2.8), e este poder de discernimento está no sujeito" (O alicerce da Autoridade Bíblica – Edições Vida Nova - Págs. 50,51).

c) O Fiel Cumprimento da Profecia
Inúmeras profecias se cumpriram no passado, em sen­tido parcial ou total; inúmeras outras cumprem-se em nos­sos dias, e muitas outras cumprir-se-ão no futuro.O cumprimento contínuo das profecias bíblicas é uma prova da sua origem divina. O que Deus disse, sucederá (Jr 1.12).Glória, pois, a Deus, por tão sublime livro!

d) A Perenidade das Escrituras
O tempo não exerce nenhuma influência sobre a Bíblia. É o livro mais antigo do mundo, e ao mesmo tempo o mais moderno. O jornal de amanhã não se lhe sobrepuja em atualidade. Em mais de vinte séculos de progresso em todas as áreas da ciência, homem algum tem sido capaz de melhorar a Bíblia, nem de fazer outro livro que lhe exceda em valor. Um livro de origem puramente humana, após tantos milênios de uso, já teria caducado e, se conservado, com certeza estaria guardado nalgum museu, ou então já teria sido consumido pelas traças. Esta é mais uma irrefu­tável prova da origem sobrenatural das Escrituras.

5. A História da Igreja Aprova a Inspiração das Es­crituras
Os grandes líderes espirituais cujos nomes a História da Igreja faz menção elevam as suas vozes em defesa da inspiração, inerrância e infalibilidade das Escrituras.Seja qual tenha sido o meio pelo qual Agostinho che­gou ao entendimento de que a Bíblia é a Palavra de Deus, sua posição quanto a inspiração e inerrância das Escritu­ras, brota espontânea e abundantemente nos seus escritos. Ele escreve que "nenhuma palavra e nenhuma sílaba é su­pérflua" nas Escrituras. Confessa: "Aprendi a dar a eles (os Livros canônicos) tal honra e respeito a ponto de crer com muita firmeza que nenhum destes autores errou ao es­crever qualquer coisa que seja". As "mãos dos autores das Escrituras escreviam aquilo que a cabeça ditava", insistia. "Nenhuma discordância de qualquer tipo teve permissão de existir" na Bíblia de Agostinho. Conforme escreve See-berg: "A mais alta autoridade normativa e a única infalí­vel é, para Agostinho, a Sagrada Escritura" (O Alicerce da Autoridade Bíblica – Edições Vida Nova – Págs. 50,51).

Os Reformadores adotaram sem questionar e sem re­servas a declaração acerca da inspiração, e até mesmo da inspiração verbal da Bíblia. Lutero se mostra consistente quando o ouvimos trovejar no fim da sua vida: "Logo, ou cremos redondamente, e totalmente e completamente, ou nada cremos: o Espírito Santo não se deixa cortar ou sepa­rar, de modo que deixasse uma parte ser ensinada ou crida de modo verdadeiro, a outra parte de modo falso... Pois é moda dos hereges começarem primeiramente com um úni­co artigo, mas depois todos devem ser totalmente negados, como um anel que não tem mais valor quando tem uma quebra ou corte, ou um sino que, quando está rachado num lugar, não soará mais, e é totalmente inútil".João Wesley levanta quatro argumentos grandes e po­derosos que nos induzem a crer que a Bíblia precisa ser de origem divina: os milagres, as profecias, a bondade da dou­trina e o caráter moral dos escritores. Todos os milagres fluem do poder divino; a bondade da doutrina, da bondade divina, e o caráter moral dos escritores, da santidade divi­na.Deste modo o cristianismo é constituído sobre quatro grandes pilares: o poder, a compreensão, a bondade e a santidade de Deus. 

O poder divino é a fonte de todos os mi­lagres; a compreensão divina, a da bondade da doutrina; a santidade divina, a do caráter moral dos escritores.Prosseguindo no seu esforço de provar a origem divina das Escrituras, Wesley diz o seguinte:A Bíblia deve ser a invenção de homens bons ou de an­jos; de homens maus ou de demônios; ou de Deus.

a) Ela não podia ser a invenção de homens bons ou de anjos, pois eles não fariam nem poderiam fazer um livro contando mentiras durante todo o tempo em que o esta­vam escrevendo, dizendo: "Assim diz o Senhor" quando o livro era a sua própria invenção.

b) Ela não podia ser invenção de homens maus ou de demônios pois eles não fariam um livro que impõe todos os deveres, proíbe todos os pecados e condena as suas almas ao inferno por toda a eternidade.
c) Eu tiro, portanto, a conclusão de que a Bíblia preci­sa ter sido dada por inspiração divina (Coletânea da Teologia de João Wesley – Imprensa Metodista – Pág. 18). Ler mais...

Harmonia e Unidade das Escrituras - III

A harmonia e unidade das Escrituras se constituem num milagre singular. Nunca em qualquer outro lugar e em cir­cunstâncias tão adversas, se juntaram tantos e diferentes tratados contendo história, biografia, ética e poesia, para formar um único livro. Neste particular a Bíblia não tem nenhum paralelo com a literatura humana, visto que todas as condições humanamente falando, não apenas são desfa­voráveis, mas fatais a tal combinação (Teologia Elementar – Imprensa Batista Regular – Pag. 11)

1. Pormenores da Harmonia das Escrituras
A existência da Bíblia até os nossos dias é algo sim­plesmente miraculoso. Seus 66 livros escritos por cerca de 40 autores, durante um período de mais ou menos dezes­seis séculos, somam-se num só com uma mensagem una e harmônica. Seu aspecto miraculoso e sobrenatural se acentua quando analisados os seguintes elementos, partes do seu processo de preparação como livro.

a) Os Escritores
Os homens escolhidos por Deus, para compor a Bíblia, eram homens de praticamente todas as atividades da vida humana então conhecidas, razão porque encontramos osmais variados estilos nos seus escritos. Por exemplo: Moi­sés foi príncipe e legislador. Josué foi um valoroso soldado. Davi e Salomão foram reis e poetas. Isaías, estadista e pro­feta. Daniel, ministro de Estado na Babilônia. Jeremias e Zacarias, sacerdotes e profetas. Amos, agricultor e vaquei­ro. Pedro, Tiago e João, pescadores. Mateus, funcionário público romano. Lucas, médico e historiador. Paulo, teólo­go e erudito.Apesar da variedade de formação e ocupação dos es­critores da Bíblia, examinados os seus escritos, é incrível notar como eles se harmonizam e se inteiram do começo ao fim. Eles não tomam rumos diferentes. Do começo ao fim eles tratam dum só assunto, formando um só livro (A Bíblia Através dos Séculos – Edições CPAD – Pag.37)

b) As Condições
Foram as mais variadas as condições sob as quais os escritores da Bíblia receberam e registraram a Palavra de Deus. Note, por exemplo: Moisés escreveu os seus livros nas solitárias paragens do deserto durante a peregrinação do Egito para Canaã. Jeremias, nas trevas e imundícies dum cárcere. Davi, nas campinas e elevações dos campos. Paulo escreveu suas epístolas ora em prisões, ora em via­gens. João escreveu o Apocalipse na ilha de Patmos quan­do exilado por causa do testemunho de Jesus Cristo.
Não obstante tantas e diferentes condições em que os livros da Bíblia foram escritos, juntos eles são duma uni­formidade incrível. O pensamento de Deus, e não propria­mente o dos seus escritores, corre uniforme e progressiva­mente através dela, como um rio que brotando da sua nas­cente, assemelha-se a um tênue fio dágua que vai se avolu­mando até se tornar num caudaloso "Amazonas" de Deus. Esta harmonia e perfeição é uma característica exclusiva do Livro de Deus.

c) As Circunstâncias
Foram as mais diversas as circunstâncias às quais es­tavam sujeitos os escritores da Bíblia quando tiveram de escrever os seus respectivos livros. Partes dos escritos do rei Davi foram feitos no calor das batalhas, enquanto que Salomão escreveu na paz e conforto dos seus palácios. Alguns dos profetas escreveram os seus livros em meio à mais pro­funda tristeza, ao passo que Josué escreveu o seu livro em meio às alegrias da conquista de Canaã. Apesar dessa plu­ralidade de condições, a Bíblia apresenta uma uniformida­de incrível a fluir suavemente do Gênesis ao Apocalipse. 

2. O Porquê da Harmonia e Unidade da Bíblia
Se a Bíblia fosse um livro resultante de esforços pura­mente humanos, certamente que a sua composição seria algo extremamente confuso e indecifrável. Seria uma ver­dadeira Babel.

a) A Confusão do Homem e a Harmonia Divina
Imaginemos quarenta dos melhores escritores da atualidade, providos de todos os recursos necessários, iso­lados uns dos outros, em situações as mais diversas, cada um com a missão de escrever um livro que juntado aos de­mais livros formasse um todo perfeito e harmônico. Qual seria o resultado de tão empreendedor esforço? Não há dú­vida, o resultado seria algo confuso. Teríamos algo seme­lhante a uma colcha de retalhos, de cores e texturas dife­rentes. Seria uma verdadeira miscelânea.
Pois bem, imaginemos isto acontecendo nos antigos tempos em que os livros da Bíblia foram escritos. A confu­são seria muito maior. Numa época em que os meios de co­municação em nada se assemelhavam aos de nossos dias, nada a não ser a mente inteligente de Deus assegurou o su­cesso e a harmonia das Escrituras.

b) A Catedral da Revelação Divina
"Grandes catedrais, como as de Milão e Colônia, pre­cisaram de séculos para serem edificadas. Centenas de mi­lhares de trabalhadores foram empregados. Certamente ninguém necessita ser informado que por trás do trabalho desses edificadores havia algum arquiteto que construiu mentalmente esse templo, antes de ser lançada a pedra de fundamento, e que esse arquiteto, antes de mais nada, tra­çou os planos e forneceu até mesmo as especificações minuciosas, de modo que a estrutura deve sua simetria ini­gualável, não aos trabalhadores braçais que fizeram o tra­balho bruto, mas àquele único arquiteto, ó cérebro da construção, que planejou a catedral em sua totalidade.

"A Bíblia é uma majestosa catedral. Muitos edifica­dores humanos, cada um por sua vez, contribuíram para a estrutura. Mas, quem é o arquiteto? Que mente una foi aquela que planejou e enxergou o edifício completo, antes que Moisés tivesse escrito aquelas primeiras palavras do Gênesis, as quais, não por acidente, mas tendo o propósito de gravar nome do arquiteto no vestíbulo, são estas: 'No princípio, Deus’?”(Teologia Elementar – Imprensa Batista Regular – Pág.11). Ler mais...

Jesus, o tema das Escrituras - IV

A Bíblia está repleta de Jesus. Toda a profecia o tem como tema. As Escrituras nos fornecem a linha da descen­dência de Cristo, o Messias de Deus. Ele havia de ser a se­mente da mulher; da raça de Sem; da linhagem de Abraão, por meio de Isaque e Jacó; da tribo de Judá e da família de Davi.As Escrituras registram eventos futuros relacionados à Pessoa e ministério terreno de Cristo. Desde o lugar do seu nascimento até a sua segunda vinda e seu reino eterno - tudo foi predito em termos inequívocos, do Gênesis ao Apocalipse.

1. Cristo, do Gênesis ao Apocalipse
Estudiosos da Bíblia têm calculado que mais de tre­zentos detalhes proféticos foram cumpridos fielmente em Cristo. Aqueles que ainda não foram cumpridos, referem-se à sua segunda vinda e ao seu reino, ainda futuros.

a) Cristo no Pentateuco
O Pentateuco compreende os primeiros cinco livros da Bíblia, escritos por Moisés. Eles falam de Cristo como o descendente da mulher, o nosso Cordeiro Pascal, q nosso Sacrifício pelo pecado, Aquele que foi levantado pára nos­sa cura e redenção, e o Verdadeiro Profeta. 

b) Cristo nos Livros Históricos
Os livros históricos agrupam os livros da Bíblia que vão desde Josué até o livro de Ester. Da dramaticidade dos seus relatos, se sobressai a figura singular do Salvador co­mo: o Capitão da nossa salvação, o nosso Juiz e Liberta­dor, o nosso Parente Resgatador, o nosso Rei Soberano, o Restaurador de nossas vidas, e a divina corte de apelação das causas perdidas.

c) Cristo nos Livros Poéticos
O conjunto de livros que formam a seção dos livros poéticos compreende os livros de Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares. Na Bíblia eles se irmanam na exal­tação do Senhor Jesus Cristo como o nosso Redentor que vive, o nosso Socorro e Alegria, a Sabedoria de Deus só achada pelos diligentes madrugadores, o Alvo Verdadeiro, e o Amado da nossa alma.

d) Cristo nos Livros Proféticos
Os livros proféticos do Antigo Testamento são os li­vros compreendidos desde Isaías até Malaquias. Neles o espírito profético vaticina a humanização, humilhação e glorificação do Messias. Eles o apresentam como o Messias que há de vir, o Renovo da Justiça, o Filho do homem, o Soberano de toda a terra cujo trono jamais será removido, o Marido fiel, o Restaurador benevolente, o Lavrador divi­no, o nosso Salvador imutável, a nossa Ressurreição e Vi­da, a Testemunha Fiel contra as nações rebeldes, a nossa Fortaleza no dia da angústia, o Deus da nossa salvação, o Senhor Zeloso, o Desejado de todas as nações, o Pastor ferido, o Sol da Justiça.

e) Cristo no Novo Testamento
O Cristo vaticinado no Antigo Testamento encontra nos escritos do Novo a sua maior expressão. Este o apre­senta como o Messias manifesto, o Servo de Deus, o Filho do homem, o Filho de Deus, o Senhor redivivo, a divina Causa da nossa justificação, o Senhor nosso, a nossa Sufi­ciência, o nosso Libertador do jugo da Lei, o nosso Tudoem todas as coisas, a nossa Alegria e Gozo, a nossa Vida, Aquele que há de vir, o Senhor que vai voltar, o nosso Mes­tre, o nosso Exemplo, o nosso Modelo, o nosso Senhor e Mestre, o nosso Intercessor junto ao Pai, a Preciosa Pedra Angular da nossa fé, a nossa Força, a nossa Vida, o nosso Caminho, Aquele que há de vir com milhares dos seus san­tos e anjos, e o Triunfante Rei dos reis e Senhor dos senho­res.

2. Jesus Aprovou a Bíblia
Em Jesus a Bíblia teve o seu mais leal defensor. De que modo Jesus deu a sua aprovação às Escrituras?

a) Jesus Leu a Bíblia
"E, chegando [Jesus] a Nazaré, onde fora criado, en­trou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinago­ga, e levantou-se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me un­giu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a pôr em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de to­dos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a di­zer-lhes: Hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvi­dos" (Lc 4.16-21).

b) Jesus Ensinou a Bíblia
"E [Jesus] lhes disse: ô néscios, e tardos de coração para crer em tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras" (Lc 24.25-27).

c) Jesus Chamou a Bíblia de "a Palavra de Deus"
"Porém vós dizeis: Se um homem disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor; nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe, invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas" (Mc 7.11-13).

c) Jesus Cumpriu a Bíblia
"E disse-lhes [Jesus]: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco. Que convinha que se cum­prisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas, e nos Salmos" (Lc 24.44). Jesus também afirmou que as Escrituras são a verdade (Jo 17.17). Ele viveu e procedeu de acordo com elas (Lc 18.31). Declarou que o escritor Davi falou pelo Espírito Santo (Mc 12.35,36). No deserto, ao derrotar o inimigo, fê-lo citando a Palavra de Deus (Dt 8.3; 6.13,16; Mt 4.1-11). Ler mais...

A Autoridade das Escrituras - V

A investigação do caráter das Escrituras se constitui num esforço no sentido de descobrir a verdadeira base da sua autoridade. As Escrituras do Antigo e Novo Testamento formam um cânon devido ao fato de que estas são pala­vras ou oráculos autorizados. A autoridade das Escrituras é inerente, sendo como é, nada menos que um edito imperial: "Assim diz o Senhor".

1. Bases da Autoridade das Escrituras
O mundo moderno, que se encontra vacilante entre a influência desmoralizadora dos ideais satânicos e das filo­sofias de homens sem Deus não aprecia nem respeita a Bíblia. Podemos dizer, porém, que até mesmo essa mani­festa hostilidade que o mundo tem para com a Bíblia, se constitui, dalgum modo, numa prova do caráter sobrena­tural dela, positivamente analisado é uma prova insofis­mável da autoridade das Escrituras.

a) A Bíblia Emana de Deus
Declarar das Escrituras como elas fazem de si mes­mas, que são de origem divina (2 Tm 3.16), é reconhecer a autoridade suprema que só pertence a Deus e que elas procedem dire­tamente de Deus. Isto significa que, em seu caráter plenário, as Escrituras são, em sua totalidade, a Palavra de Deus. Elas possuem a peculiaridade indiscutível de ser nada menos que o decreto real divino - "Assim diz o Se­nhor".

b) A Bíblia foi Escrita por Homens Escolhidos
Este aspecto da autoridade bíblica está estranhavelmente relacionada com o fato de que a mensagem que es­ses homens escolhidos receberam e registraram, era inspirada por Deus (2 Pd1. 20,21). A contribuição específica que isto dá ao estudo da autoridade bíblica é que garante que a partici­pação humana na autoria da Bíblia não afeta em nada a perfeição e valor infinito da mensagem divina através do Livro Sagrado. As Escrituras são inerrantes, acima de tu­do, porque procedem de Deus.Prova evidente de que a autoridade da Bíblia inde­pende dos homens inspirados que a escreveram, reside no fato de que mesmo aqueles livros cujos nomes dos autores são ignorados, são inspirados por Deus tanto quanto os de­mais que compõem o cânon sagrado.

c) A Bíblia foi Crida Pelos que a Receberam
No caso do Antigo Testamento, a congregação de Is­rael, sob a liderança de seus anciãos, reis, sacerdotes e pro­fetas, deu sua aprovação àqueles escritos como sendo divi­namente inspirados e inerrantes. No caso do Novo Testa­mento, a Igreja primitiva deu sua sanção aos escritos aí contidos, completando, assim, o cânon das Escrituras. Sem terem consciência, tanto num caso como no outro, de que estavam sendo usados por Deus para realizar um obje­tivo tão importante aprovaram o cânon da Bíblia como algo de singular valor para todos os homens, em todos os lugares e em todos os tempos.

d) A Bíblia foi Autenticada por Jesus
Os quatro Evangelhos contêm nada menos do que trinta e cinco referências diretas do Antigo Testamento, citadas diretamente por Jesus. Estas, como se pode notar, não apenas registram seu testemunho no tocante ao caráter divino da inspiração plenária das Escrituras, mas também, tomadas como um todo completam o Antigo Testamento e certificam os aspectos plenários da sua perfeição.
Quando Cristo declarou: “Eu sou... a verdade” (Jo 14.6). Ele estava declarando ser algo mais que a verdadeiro. Ele se declarou como sendo a verdade no sentido em que Ele é o tema central da Palavra da Verdade. Ele é o Amém, a testemunha Fiel e Verdadeira (Ap 1.5; 3.14; Is 55.4).

2. Os Antigos Atestaram as Escrituras
Os profetas do Antigo Testamento foram divinamente incumbidos de transmitir ao povo os oráculos de Deus, do mesmo modo também os escritores do Novo Testamento. Quando falava com o apóstolo João na ilha de Patmos, o anjo disse:’’...eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas...” ( Ap 22.9). A lei mosaica  designou responsabilidades específicas a vários grupos e ofíciosdo Antigo Testamento com respeito às escrituras.

a) As Escrituras com Relação ao Povo Israelita
À congregação de Israel foi dito: “Não acrescentarás à Palavra que vos mando, nem diminuíres dela, para que guardais os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando” (Dt 4.2). Está entendido que o povo não possuía autoridade para questionar o valor da Palavra de Deus, nada podendo aumentar ou omitir dela. Cabia-lhe apenas obedecer-lhe.

b) As Escrituras em Relação ao Rei
A obrigação do rei de Israel para com as Escrituras era como se segue: “Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então escreverá para si um traslado desta lei num livro, do que está diante dos sacerdotes levitas. E terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, para fazê-los” (Dt 17.18,19). O rei possuía autoridade governamental para matar ou manter vivo a quem ele quisesse, porém, em relação à Palavra de Deus ele tinha o dever de obedecer a ela. Nesta particular, o rei em nada era superior ao mais humilde de seus súditos.

c) As Escrituras em Relação aos Juízes
Os juízes eram mediadores em assuntos comuns, domésticos, dentro da nação de Israel, porém se fosse trazido perante eles algum assunto muito difícil de resolver, apelavam para o sacerdote, que servia como suprema corte entre os juízes. O juiz era instruído da seguinte maneira: “Quando alguma coisa te for dificultosa em juízo...então te levantarás, e subirás ao lugar que escolher o Senhor teu Deus; e virás aos sacerdote levitas, e ao juiz que houver naqueles dias, e inquirirás, e te anunciarão a palavra que for do juízo. E farás conforme ao mandado da palavra que te anunciarão do lugar que escolher o Senhor; e terás cuidado de fazer conforme a tudo que te ensinaram” (Dt 16.18-20; 17.8-12). Os juízes eram constituídos sobre o povo para exercer o juízo conforme a Lei, conforme a Palavra do Senhor.

d) As Escrituras em Relação aos Levitas
Aos levitas foi a custódia das Escrituras. Deste modo eles foram instruídos a procederem da seguinte maneira: “Tomai este livro da Lei e ponde-o ao lado da arca do concerto do Senhor, vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra ti ” (Dt 31.26).

e) As Escrituras em Relação aos Profetas
Aos profetas foi confiada a sublime responsabilidade de receber e comunicar a Palavra de Deus. A prova entre o verdadeiro e o falso profeta era tanto razoável como natural. As instruções eram: “E se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou?Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele. Ler mais...

A Conocidade das Escrituras - VI

A palavra cânon significa norma ou vara de medir. Referindo-se à Bíblia, designa coleção de livros que foram aceitos por sua autenticidade e autoridade divinas. Significa que estes livros são norma de conduta da Igreja e do cristão. Como se formou, pois, o cânon sagrado?

1. Provas da Canonicidade das Escrituras  
Antes de responder como se formou o cânon sagrado, devemos ter em mente que certos livros foram considerados canônicos antes mesmo de serem submetidos a qualquer prova de canonicidade. Os critérios usados para pôr à prova um texto, a fim de saber se ele era ou não canônico (sagrado), só provavam o que o texto continha. Nada mais que isso. Deste modo, nem a igreja nem os concílios tinham o poder de fazer com que um livro fosse ou não autêntico. Por si só o livro era ou não canônico. Que provas aplicou a Igreja para determinar a canonicidade dos livros que viriam a se incorporar à Bíblia Sagrada como a conhecemos hoje? 

1° Houve a investigação da autoridade do escritor do livro. Em relação ao Antigo Testamento, tinha que ser reconhecida a autoridade do autor do livro em exame. Em relação ao Novo Testamento, o livro tinha de ter sido escrito ou respaldado por um dos apóstolos do Senhor Jesus Cristo, para ser reconhecido como canônico. Noutras palavras, tinha de estar firmado pela a autoridade apostólica. Pedro, por exemplo, respaldou Marcos, e Paulo a Lucas.

2° Os livros mesmos deveriam oferecer alguma evidência interna de seu caráter único, como inspirados e de autoridade. O conteúdo devia satisfazer o leitor, como algo diferente de qualquer outro livro, em que comunicava a revelação de Deus.

3° O veredito das igrejas locais quanto à natureza desses livros era importante. Na verdade, houve entre elas uma surpreendente unanimidade quanto à certeza de que os livros aprovados podiam ser contados no número dos livros inspirados por Deus.

2. A Formação do Cânon Sagrado
Alguns estudiosos dizem que os livros do Antigo Testamento canônicos, foram colecionados e reconhecidos por Esdras, no V século a.C. Em referências feitas pelo o historiador Flávio Josefo (ano 95 d.C.) e de outros escritores do ano 100 d.C., está indicado que o cânon do Antigo Testamento compreendia trinta e nove livros, que são os que conhecemos hoje. O senhor Jesus delimitou a extensão dos livros canônicos do Antigo Testamento quando acusou os escribas de serem culpados da morte de todos os profetas que foram desde Abel até Zacarias (Lc 11.51). O relato da morte de Abel se encontra, naturalmente, em Gênesis, porém o de Zacarias está em 2 Crônicas 24.20,21, que é o último livro da Bíblia hebraica. Portanto, é como se Jesus tivesse dito: “Vosso pecado vem assinalado ao longo de toda a Bíblia, desde Gênesis até Malaquias”, excetuando os livros apócrifos que existiam em seu tempo e que continham as historias doutros mártires. 

O primeiro concílio da Igreja que fez vinte e sete livros do Novo Testamento, foi o concílio de Cartago, na África, no ano 397, da nossa Era. Livros soltos do Novo Testamento já eram considerados como Escritura canônica bem antes deste tempo (2 Pd 3.17; 1 Tm 5.17), enquanto que a maioria foi aceita nos anos posteriores ao apóstolos. A seleção do cânon foi um processo que continuou até que cada livro mostrou seu valor para ser reconhecido como realmente canônico. Os livros apócrifos nunca foram aceitos pelos judeus nem pelo Senhor Jesus Cristo como parte do Antigo Testamento. Foram respeitados, mas nunca considerados parte inseparável das Escrituras Sagradas aceitas como divinamente inspiradas.

3. Merece confiança o Cânon Sagrado?
Desde os tempos de Moisés (cerca de 1450 a.C.) até os tempos de Malaquias (cerca de 400 a.C), as cópias originais do Antigo Testamento eram feitas em pergaminho e papiro. Até o sensacional achado dos rolos do mar morto, em 1947, não possuíamos cópias do Antigo Testamento an­teriores ao ano 895 da nossa Era.Quando os rolos do mar Morto foram descobertos, os estudiosos tinham a certeza de terem em mãos um texto hebraico do II ou do I Século antes de Cristo. A compara­ção dos textos contidos nesses rolos com os textos até então conhecidos, dos quais foram feitas as traduções da septuaginta e da Vulgata latina, se constituem provas mais que sobejas de que o Texto Sagrado que conhecemos e possuímos hoje, é da mais absoluta autenticidade.Mais de 5.000 manuscritos do Novo Testamento po­dem ser encontrados hoje, o que torna o documento mais autêntico de todos os escritos da antiguidade.

Na opinião geral, a Bíblia é exclusivamente História Sagrada, testemunho de crença para os cristãos de todo o mundo. Na verdade ela é, ao mesmo tempo, um livro de acontecimentos reais. Certo, sob este ponto de vista, ela carece de integralidade, porque o povo judeu escreveu sua história somente em relação a Jeová e sob o ponto de vista de seus pecados e expiação. Mas esses acontecimentos são historicamente genuínos e se têm revelado de uma exatidão verdadeiramente espantosa.Com o auxílio dos resultados das explorações, diversas narrativas bíblicas podem ser agora muito mais bem com­preendidas e interpretadas do que antes. Verdade é que existem correntes teológicas para as quais vale a palavra e nada mais que a palavra. "Mas como se poderá compreen­dê-la", esclarece o Prof. André Parrot, arqueólogo francês mundialmente famoso, "se não for possível encaixá-la no seu preciso quadro cronológico, histórico e geográfico?"

Até agora o conhecimento destas descobertas extraor­dinárias era privilégio de um pequeno círculo de peritos. Ainda há meio século se perguntava o professor Friedrich Delitzsch, em Berlim: "Para que tantas fadigas em terrasdistantes, inóspitas e perigosas? Para que esse dispendioso revolver de escombros multimilenários, até atingir as águas subterrâneas, onde não se encontra ouro nem prata? Para que essa competição das nações no sentido de assegu­rarem para si o privilégio de escavar essas áridas colinas?" O sábio alemão Gustav Dalman deu-lhe, em Jerusalém, a resposta adequada, quando expressou a esperança de que, um dia, tudo o que as pesquisas "viram e comprovaram se­ria não só valorizado em trabalhos científicos mas também utilizado praticamente na Escola e na Igreja".
Nenhum livro da história da humanidade já produziu um efeito tão revolucionário, exerceu uma influência tão decisiva no desenvolvimento de todo o mundo ocidental e teve uma difusão tão universal como o "Livro dos livros", a Bíblia. Ela está hoje traduzida em 1.120 línguas e dialetos (isto em 1955) e, após dois mil anos, ainda não há qualquer sinal de que haja terminado a sua carreira triunfal (E A Bíblia Tinha Razão – Edições Melhoramentos – Pág.9). Ler mais...

O Valor Eterno das Sagradas Escrituras - VII

Mesmo como composição literária, a Bíblia se consti­tui o livro mais notável jamais visto pelo mundo. De todos os escritos, ela é o mais antigo, e contém uma memória do mais vivo interesse. A história de sua influência é a histó­ria da civilização e do progresso. Não se pode apontar qua­se nenhuma passagem deste admirável livro que não tenha trazido instrução e conforto a milhares. Sob este ponto de vista único, merece a Bíblia a nossa particular atenção e reverente respeito.

1. Os Dois Testamentos se Completam
Antigo e Novo Testamentos se inteiram aumentando o valor um do outro. Como uma prova da estreita relação entre as duas dispensações, e da sanção dada, no Novo Testamento, ao Antigo, contém o primeiro cerca de duzentas e sessenta citações diretas do último, dando cerca da metade delas mais o sentido do que as palavras textuais; e as alusões são ainda mais numerosas, sendo o seu número talvez maior do que trezentos e cinquenta. Os dois Testamentos contêm um mesmo plano de reli­gião; nenhuma das partes pode ser entendida sem a outra. O livro de Levítico ajuda na compreensão da Epístola aos Hebreus, enquanto que Daniel ajuda na compreensão de Apocalipse. Ambos os Testamentos tratam apenas de um assunto do princípio ao fim.Na verdade a Escritura é como o oceano, extremamente límpido, mas insondável. Ela parece dizer aos milhares que a estudam: "Meus tesouros são inexauríveis; nunca me ponhais de lado, mas examinai-me incessantemente" (Compêndio de Teologia – Editora Nazarena – Pág. 36).

2. O Divino Intérprete das Escrituras
Os mais ricos tesouros das Escrituras não se podem descobrir a menos que o Espírito Santo os revele" (Sl 119.18; Lc 24.45; Jo 16.13; 1 Co 2.9-16). É com a luz do Espírito Santo que ficamos convencidos da verdade da Bíblia, ou da verdadeira significação de determinadas passagens (Jo 7.17; 1 Co 2.13). O "intérprete", em cuja casa o Peregrino de Bunyan viu tantas maravilhas, é o Espírito Santo. Além disso, a Escritura interpreta a própria Escritura. Deste modo, não há uma só passagem que, obscura mas contendo alguma verdade importante, não seja explicada em algum outro lugar.A Bíblia, escrita sob a orientação daquele a quem to­dos os corações estão descobertos e que conhece todos os acontecimentos futuros, contém ensinos próprios para proveito da humanidade em todos os sentidos e em todos os tempos (Rm 11.4; 1 Co 10.11; 2 Tm 3.15-17). Os melhores escritos de um sábio, depois de algumas leituras, como as flores colhidas, murcham em nos­sas mãos e perdem a sua fragrância; mas estas flores imortais da verdade divina tornam-se cada vez mais belas aos nossos olhos, emitindo diariamente novos perfumes e sua­ve cheiro, e aquele que uma vez o tenha sentido, deseja-o de novo, e aquele que sente mais vezes sabe apreciá-lo mais (Sl 1.2; 119.11,97; Jó 23.12; Jr 15.16). Neste particular, as Escrituras assemelham-se ao Jardim do Éden, onde se acha toda a espécie de árvore que é agradável à vista e boa para alimento espiritual, inclusi­ve a Árvore da Vida, que é dada para a salvação das pessoas (Pv 3.13-18; Ap 22.2).

3.Este Livro Singular
A Bíblia tem gozado duma aceitação no mundo jamais igualada por qualquer outro livro. A literatura daGrécia que se levanta como incenso dessa terra de templos e atos heróicos, não tem tido a metade da influência que tem tido este livro produzido numa nação menosprezada tanto no passado como no presente... A Bíblia é encontrada tanto na choupana do homem pobre quanto nos palá­cios reais. Está entrelaçada na literatura do erudito e adorna o eloquente falar dos sábios. Ela entra na privacidade dos homens mesclando de alegria as tristezas da vida. 

A Bíblia atende os homens nas suas enfermidades, quando a febre do mundo abate-se sobre eles. É a Bíblia a melhor parte de nossos sermões; ela levanta o homem por sobre si mesmo. Nossas melhores orações estão baseadas em suas histórias com as quais nossos pais e os patriarcas oraram. O homem tímido, a ponto de despertar-se do sono de sua vida, mira através do límpido cristal das Escrituras e seus olhos voltam a brilhar: não tem medo de estar só, andar em caminhos desconhecidos e distantes, tomar a mão do anjo da morte e dizer adeus à esposa e aos filhos queridos... Mil famosos escritores deste século poderão já não serem lembrados no próximo, porém o fio de prata da Bíblia não está frouxo, nem a taça de ouro da revelação divina está a desmoronar. Como uma crônica do tempo, duas dezenas de séculos são passados, contudo a Bíblia continua como um monumento eterno.
Aqueles que negligenciam a sua Bíblia não imaginam o prazer que perdem por não voltarem os seus olhos à contemplação do objeto mais sublime e mais encantador dos que produziram o Universo inteiro. Ler mais...

A Revelação de Deus - II

A palavra revelação tem sentido de descobrir, descerrar, remover o véu. Assim sendo, quando a Bíblia fala da revelação divina, o pensamento em mente é o Deus Cria­dor dando a conhecer ao homem o seu poder e glória, sua natureza e caráter, sua vontade, caminhos e planos, sua graça, seu amor, sua misericórdia, em suma, a si mesmo, a fim de que os homens possam conhecê-lo.

1. Deus Revelado na Natureza
Davi descreve a Natureza como o primeiro embaixa­dor de Deus (Sl 29.1-6). Ele disse que os céus narram a glória de Deus. Também no seu tempo escreveu o profeta messiâni­co: "Levantai ao alto os vossos olhos, e vede, quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelos seus nomes; por ser ele grande e forte em poder, nem uma só vem a fal­tar" (Is 40.26). De igual modo escreveu o patriarca Jó: "Mas, per­gunta agora às alimárias, e cada uma delas to ensinará; e às aves dos céus, e elas to farão saber. Ou fala com a terra, e ela te instruirá; até os peixes do mar to contarão. Qual entre todos estes não sabe que a mão do Senhor fez isto?(Jó 12.7-9).

a) A Natureza, o Espelho de Deus
A Criação toda revela o Criador. Gênesis 1 e Salmo 104, mostram detalhadamente que Deus fez cada coisa para um fim determinado, colocando tudo também no lu­gar conveniente. Por isso, toda a Natureza se constitui num hino de louvor a Deus, conforme lemos no Salmo 108. O crente também deve sempre louvar a Deus, como Cria­dor: "Tu és digno, Senhor Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram cria­das" (Ap 4.11). Os povos pagãos, vizinhos de Israel, na sua cegueira espiritual, fizeram das forças da Natureza, divindades, às quais prestavam culto, ignorando que Deus as criou como veículos da sua revelação, como é mostrada nos Salmos 29 e 107. O trovão, por exemplo, é chamado voz de Deus (Sl 29.3), o terremoto (Hc 3.6), o fogo e o vento, por exemplo, são alguns agen­tes de juízo nas mãos de Deus.Os elementos na Natureza não manifestam por si mesmos, a presença divina. Isso seria confundir Deus com a Natureza, e assim cair no erro do panteísmo. Na bem co­nhecida cena de Elias no monte Horebe, a tempestade, o terremoto, o fogo e o som tranqüilo e suave, eram apenas elementos precursores da revelação pessoal de Jeová.

b) O Perigo da Rejeição Desta Revelação
No primeiro capítulo da Epístola de Paulo aos Roma­nos, está registrada a denúncia divina contra aqueles que, tendo contemplado as maravilhas da Criação de Deus, não o glorificaram como tal, antes tendo-se na conta de sábios aos seus próprios olhos, adoraram a criatura em lugar do Criador (Rm 1.18-21). 
Ali eles são acusados de: a) mudarem a glória de Deus incorruptível em semelhança da imagem do homem cor­ruptível, bem como de animais; b) mudarem a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo à criatura, em lugar do Criador. Por causa das suas perversões, foram abando­nados por Deus e entregues às paixões vis: Deus os entre­gou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes.A Natureza é, pois, qual espaçosa janela aberta em di­reção ao infinito, convidando o homem a adorar Àquele que tudo criou segundo o seu Santo e soberano conselho.
2. Deus Revelado a Israel
Deus fez do povo de Israel o centro de sua revelação na terra, para, através dele, abençoar toda a humanidade. Nenhum outro povo na terra, durante sua história, teve tanta certeza de que Deus age direta e pessoalmente com ele, quanto Israel. Disto dão prova os seguintes textos das Escrituras: Romanos 3.2 e Neemias 9.13.

a) A Revelação de Deus na História
A revelação de Deus na história de Israel é algo cons­tante e patente. Ele atesta o seu favor, bem como sua pro­visão para com o povo que para si Ele escolheu. Milagres, tais como os relatados no livro de Êxodo, ou a fuga do exér­cito assírio diante de Jerusalém no ano 701 a.C, provam a intervenção direta de Deus confundindo os inimigos do seu povo. Essa intervenção era posta em tão grande realismo, que os próprios fenômenos da Natureza lhe estavam sujei­tos: a parada do Sol por Josué (Js 10.12), e o recuo da sombra como evidência de decisão divina de curar Ezequias (Is 38.8), mostram até que ponto aprouve Deus revelar-se ao povo que Ele es­colheu para si.

b) Relação e Revelação de Deus
O fundamento da atitude religiosa de Israel era a aliança que Deus estabelecera entre si e a descendência de Abraão (Gn 17). Esta aliança foi uma imposição real mediante a qual Deus se comprometeu, perante os descendentes de Abraão, de ser o Deus deles, dessa maneira dispondo-os a invocá-lo como o Senhor Todo-poderoso. O fato de Deus tornar conhecido o seu nome (=Jeová), foi um testemunho da amistosidade do seu relacionamento com Israel. O no­me, até certo ponto, significa tudo quanto uma pessoa é, pelo que, quando Deus disse aos israelitas qual era o seu nome, isso assinalou o fato de que, conforme Ele era, em todo o seu poder e glória, estava comprometido a cuidar do bem-estar deles.

c) Guardado sob Juramento Divino
Lendo o capítulo 15 de Gênesis, encontramos as bases da aliança de Deus com Israel, através do seu ancestral, o patriarca maior, Abraão. O citado capítulo registra a "aliança de sangue" (o contrato social de maior importância naquela época) e suas circunstâncias peculiares. Registra que Abraão caiu em sono profundo e que Deus, Ele mesmo, como um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo, passou entre as metades dos animais sacrificados que estavam no solo. Este era o selo da cerimônia.De modo geral, ambas as partes contratantes teriam de passar entre os animais divididos, significando que cada uma delas aceitava as obrigações que lhe eram im­postas e as cumpririam. 
O fato de Deus agir sozinho nessa cerimônia significativa constitui uma afirmação clara, na­quela altura, quanto às intenções de cumprir suas promes­sas, sem levar em consideração o que Abraão e os seus des­cendentes pudessem ou não fazer! Desse modo, o contrato normal de aliança tomou o aspecto de uma aliança de jura­mento. Deus tomou e confirmou a decisão de escolher Is­rael e fazê-lo povo seu, decisão que não seria modificada por coisa alguma que o homem fizesse ou deixasse de fazer. Através de Israel Deus tencionava revelar sua beleza a to­das as nações do mundo. Por conseguinte, Deus continuou revelando-se à comunidade de Israel através de suas pala­vras, de leis e de promessas.A principal ênfase da revelação de Deus a Israel recai sobre a sua fidelidade à aliança feita com Abraão, sua pa­ciência e misericórdia, e sua lealdade aos seus propósitos. "Quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não ti­nha ninguém maior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente te abençoarei, e te multiplicarei" (Hb 6.13,14).

3. Deus Revelado aos Profetas
O homem jamais conhecerá a Deus a não ser que o próprio Deus aja nesse sentido. O “fato da revelação de Deus é expresso com o auxílio dos seguintes termos: Deus se revela, Deus se deixa ver”(Gn 35.7,13;12.7). Deus torna conhecida a sua vontade e, também Deus fala, fato atestado pela tão co­nhecida expressão bíblica: "Assim diz o Senhor".

a) Resumo da Teologia e da Piedade
Deus se dá a conhecer ao homem e o homem deve com temor, humildade e obediência buscar conhecer a Deus. Este conhecimento comunicado por Deus a respeito de si mesmo, ao homem, é o único em seu objetivo, e, diversifi­cado por causa dos meios empregados, pois, sendo Deus o Senhor de tudo e de todos, Ele revela-se como bem lhe aprouver fazê-lo.

b) A Quem Deus se Revela
Geralmente a revelação de Deus está reservada pri­meiramente aos seus escolhidos, que o buscam, que o ser­vem e andam em comunhão com Ele. Jesus Cristo disse: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama, será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele" (Jo 14.21). Se­gundo o rei Davi, "o segredo do Senhor é para os que o te­mem" (Sl 25.14). Essa revelação divina está condicionada às limi­tações humanas. Moisés pôde ver a Deus, apenas mediante determinadas condições (Ex 33. 17-23). Muitos dos profetas do Antigo Testamento registra­ram a experiência de um contato pessoal com a revelação de Deus. Dentre eles se destacam, evidentemente, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e Amos (Is 6.1; Jr 31.3; Ez 1.26-28; Dn 10.5,6; Am 9.11).

c) A Revelação Divina Através da Palavra
Escreveu o profeta Amos que "o Senhor não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas" (Am 3.11). Aos profetas Deus manifestou os seus segre­dos não só pelo que lhes deu a ver, mas também pelas pala­vras que lhes comunicou.A palavra é o sinal característico do ministério proféti­co (Jr 18.18). “Natã e Elias, dentre os primeiros profetas, aparecem como homens da palavra na sua boca” (Jr 1.9), nos seus ouvidos (Is 5.9; Jr 23.18,22).O profeta tem ingresso no conselho de Deus.Quando o profeta recebia a revelação de Deus, tinha plena consciência de que Deus o tomava naquele momento para isso. Ele sabia que não era apenas uma força ou inspi­ração que o tomava, mas uma pessoa viva, real e divina – Deus (Ez 11.5; 2 Sm 23.2; Is 52.15).

4. Deus Revelado aos Apóstolos
No Novo Testamento, Cristo é a suprema revelação de Deus, seguido dos apóstolos e escritores que prosseguiramrecebendo e transmitindo essa revelação até o Apocalipse. Cristo e os apóstolos são um cumprimento da figura de Moisés e dos profetas do Antigo Testamento como media­dores da revelação divina.O apóstolo Paulo, a quem Deus confiou grande parte da revelação divina no Novo Testamento, não foi contado com os doze, contudo recebeu profundas revelações, misté­rios ocultos no passado (Cl 1.26,27; Gl 1.11,12).

5. Deus Revelado à Igreja
Sobre a revelação de Deus nestes últimos dias à Igreja, diz o escritor da epístola aos Hebreus que havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho(Hb 1.1,2).

a) O Agente Revelador de Deus à Igreja
Quando Jesus falava aos seus discípulos e apóstolos, da necessidade de ausentar-se fisicamente dentre eles, dis­se que sua ausência seria suprida pelo agente revelador do Pai e do Filho, o Espírito Santo (Jo 16.13-15). O Espírito Santo jamais fala de si mesmo, mas comu­nica, aos santos, aquilo que o Filho quer revelar.

a) Revelando o Mistério do Beneplácito de Deus
Paulo declara que o "mistério" (segredo) do "beneplá­cito" de Deus, visando à salvação da Igreja e à restauração da humanidade caída, por meio de Jesus Cristo, foi agora revelado, depois de haver sido mantido oculto até o tempo da encarnação do Verbo Divino (Rm 16. 25,26; 1 Co 2. 7-10; Ef 1.9; 3.3-11). As origens da Igreja estão no eterno passado, conforme o propósito de Deus, mas a sua razão de ser e de existir no mundo é claramente mostrada na revelação de Deus sobre ela.

b) Uma Maior Revelação
Se grande foi a revelação dada por Deus a Israel, atra­vés da Lei, na pessoa de Moisés, maior é a revelação de Deus através de Cristo, comunicada pelo Espírito Santo à Igreja. A revelação divina confiada a Israel deveria ser o ponto de partida para que esse novo povo desse testemu­nho de Deus às demais nações da terra. Mas Israel falhou na sua vocação. Já a revelação de Deus à sua Igreja capaci­ta-a a dar testemunho da grandeza de Deus, não só aos ho­mens, mas também aos principados e potestades nos luga­res celestiais (Ef 3.10). A marcha triunfal da Igreja, como coluna e baluarte da verdade, se constitui em mais uma prova indiscutível de que Deus existe e se compraz em se dar a conhecer aos filhos dos homens. Ler mais...

Os Atributos Naturais de Deus - IV

Dentre os atributos naturais de Deus, os mais conhecidos são os seguintes:

1.A Eternidade de Deus
A forma usada pela Bíblia para descrever a eternidade de Deus, simplesmente diz que a sua duração corresponde a idades sem fim (Sl 90.2,12; Ef 3.21). Devemos nos lembrar, porém, que ao falar assim, a Bíblia está a usar linguagem filosófica. Geralmente concebemos a eternidade de Deus como sendo uma duração de tempo indefinido que recua para o passado humano e que adentra o futuro idêntico. "Eternidade", no sentido estrito da palavra aplica-se ao que transcende a todas as limitações. O tempo tem relação estrita com os mundos dos objetos que existem em sucessão. Deus enche o tempo; está em cada partícula dele, porém sua eternidade não é a mesma coisa que existir limitado pelo tempo. A existência do homem, quanto ao tempo, está dividi­da em períodos compreendidos por dias, semanas, meses e anos. Não é assim a existência de Deus. Nossa vida está di­vidida em passado, presente e futuro. Porém, na vida de Deus, o passado, o presente e o futuro se fundem no eterno agora. Ele é o eterno "Eu Sou" (Ex 3.14). A eternidade de Deus pode ser definida de maneira mais compreensível como aquela perfeição divina por meio da qual Ele se eleva sobre as limitações temporais.
2.A Imutabilidade de Deus
A imutabilidade é aquela perfeição, mediante a qual, Deus não está sujeito a qualquer mudança, não somente no seu Ser, mas também nas suas perfeições, propósitos e promessas. Na verdade, Deus é o "Pai das luzes em quem não pode existir variações, ou sombra de mudança" (Tg 1.17). É este Deus que habita na eternidade, que criou o mundo se­gundo o seu conselho, que foi encarnado em Cristo, e fez, sua morada na Igreja através do Espírito Santo. Se Deus é imutável, por que diz a Bíblia que ele se ar­rependeu de haver feito o homem na terra (Gn 6.6), e posterior­mente de destruir a cidade de Nínive, como havia dito?(Jn 3.10). O termo "arrepender-se", neste caso significa "mu­dança de atitude" de Deus em decorrência do arrependi­mento do homem. O homem se arrepende no sentido do mal cometido, enquanto que Deus se arrepende no sentido de atitude, de suspender uma ação. O termo aplicado a Deus é uma antropomorfose,isto é, os escritores da Bíblia aplicam-no a Deus como se estivessem se referindo ao homem. Por exemplo: (Jr 18.7-10; 26.3,13). "Deus permanece o mesmo quanto ao seu caráter, abominando infinitamente o pecado, e em seu propósito de visitar com julgamento o pecador, quando, porém, Nínive mudou em sua atitude para com o pecado, Deus necessa­riamente modificou sua atitude para com Nínive. Seu ca­ráter permanece o mesmo, mas seus tratos para com os ho­mens mudam, à medida que os homens mudam de uma posição que é odiosa à inalterável indignação de Deus con­tra o pecado, para uma posição que é agradável ao seu inalterável amor pela justiça" (Teologia Elementar – Imprensa Batista Regular – Pág.48).

3. A Onisciência de Deus
A onisciência de Deus tem a ver com a capacidade di­vina de tudo saber. De fato, as Escrituras ensinam que Deus detém toda a compreensão e inteligência. Deste mo­do, para o crente há grande conforto na declaração de Je­sus: “... o vosso Pai sabe..."(Mt 6.8).
Em âmbito geral:
a)A onisciência de Deus inclui tudo; Seu conhecimen­to é universal incluindo tudo quanto pode ser conhecido (Jo 3.20).
b)Deus conhece desde a eternidade aquilo que serádurante toda a eternidade (At 15.18).
c)Deus conhece o plano total dos séculos, bem como aparte que cada homem ocupa nele (Ef 1.9-12).
d)Deus sabe de tudo quanto ocorre em todos os luga­res, tanto o bem quanto o mal (Pv 15.3).
e)Deus conhece todos os filhos dos homens, seus caminhos e suas obras (Pv 5.21).
f)Deus conhece tudo na Natureza: cada estrela e cadaave que singra os céus (Sl 147.4; Mt 10.29).
g)Deus conhece tudo no terreno do procedimento hu­mano (Sl 139.1-4; 1 Cr 29.9; Ex 3.7). Não há uma cidade, uma vila, nem mesmo uma casa sobre a qual não estejam os olhos de Deus. Não existe uma só emoção, impulso ou pensamento dos quais Ele não te­nha conhecimento. Ele conhece toda ocorrência ou aventu­ra que envolve alegria e tristeza, dor ou prazer, adversida­de ou prosperidade, sucesso ou fracasso, vitória ou derrota. "Não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas" (Hb 4.13). Numa noite turva, sobre uma mesa de mármore preto, dentro de um quarto escuro, há uma pulga preta. Deus a vê!

4. A Onipotência de Deus
A onipotência de Deus é aquele atributo pelo qual Ele pode levar a efeito qualquer coisa que deseja. Não significa o exercício de seu poder para fazer aquilo que é incoerente aos seus atributos e à natureza das coisas, como, por exem­plo, fazer com que um acontecimento histórico passado volte a acontecer. Fazer duas montanhas próximas uma da outra sem um vale no meio, ou traçar entre dois pontos uma linha mais curta que uma reta. Para Deus é impossí­vel mentir, pecar, morrer, fazer com que o errado mude para certo. Fazer tais coisas seria uma demonstração não de poder, mas de incapacidade. Toda forma de poder de Deus, do início ao fim é exercida de forma coerente com a sua infinita perfeição.Pelo seu poder, Deus realiza só o que é digno de si. As aparentes incoerências vêm da nossa incapacidade e igno­rância quanto a entender os caminhos de Deus.Conta-se que quando Antígono estava para dar início a um combate contra a armada de Ptolomeu, e o seu co­mandante perguntou: "Quantos são eles mais do que nós?" o corajoso rei replicou: "É verdade que, se você con­tar, eles são mais do que nós; mas quantos você acha que eu valho?" Nosso Deus é superior em poder a todas as forças da terra e do Inferno. Ele mesmo indaga: "Agindo eu, quem impedirá?"(Is 43.13).

5. A Onipresença de Deus
A onipresença de Deus está entranhavelmente ligada á sua onisciência e onipotência. Só Deus possui estes três "onis". Por sua onipresença, Deus está em todos os luga­res. Isto não significa, contudo, que Deus esteja visivel­mente presente, localizado em qualquer lugar como acon­tece com o homem, isto é, corporalmente, pois Deus é um ser espiritual.Apesar de Deus estar em todos os lugares, Ele não está em todos os lugares num mesmo sentido, e com o mesmo propósito. Ele está presente em alguns lugares num senti­do em que não está noutros. Ele está no Céu como lugar de sua eterna habitação e como local do seu trono. Está na Terra abençoando os homens e mantendo viva a natureza. Já a sua presença no Inferno tem a ver com a sua ira aí der­ramada.
Assim como no Império Romano o mundo inteiro era para o malfeitor uma vasta cadeia, pois, ainda que fugisse para as terras mais distantes podia ser alcançado pelas le­giões do imperador, assim, no governo divino, o pecador não tem como fugir aos olhos do Juiz de toda a terra (Gn 18.25). A declaração bíblica “Tu és o Deus que vê” deve servir de advertência para evitarmos o pecado (Hb 4.13; Sl 139).

6. O Conselho de Deus
O conselho de Deus é o seu plano eterno em relação ao mundo material e espiritual, visível e invisível, abrangen­do todos os seus eternos propósitos e decretos, inclusive a Criação e a Redenção, levando em conta a livre atuação do homem.O conselho de Deus se aplica a todas as coisas em ge­ral (Is 14.16,27; 46.10,11; Dn 4.25), e às particulares, como seja: a permanência do Uni­verso material, os negócios das nações, o período da vida humana, o tempo da morte do homem, as boas ou más ações do homem, a salvação do homem, o reino de Cristo, a obra divina nos crentes e por meio deles (Sl 119.89-91; At 17.26; Jó 14.5,14; Ec 3.2; Ef 2.10; Gn 50.20; 1 Co 2.7; Ef 2.10; Gn 50,20; 1 Co 2.7; Ef 3.10; Sl 2.6-8; Mt 25.34; Fp 2.12,13). Esse plano divino está em perfeita harmonia com o perfeito conhecimento, a perfeita sabedoria (onisciência), e a benevolência de Deus. Um Universo sem plano estabe­lecido seria irracional e apavorante. 
O doutor A.J. Gordon compara semelhante hipótese com um trem expresso a precipitar-se nas trevas, sem luz, sem maquinista, sem destino e sem saber o que ocorrerá no momento seguinte.

7. A Soberania de Deus
A soberania de Deus é a soma de alguns dos seus atri­butos naturais, como: onipotência, onisciência e onipre­sença, apresentadas na Escritura com um tom muito en­fático. Apresenta o Criador e sua vontade como a causa de todas as coisas. Em virtude de sua obra criadora, perten­cem-lhe os céus, a terra e tudo o que neles há. A soberania de Deus submete a Ele todos os seus exércitos dos céus e os habitantes da terra. Deus sustem todas as coisas com sua onipotência, conhece todos os mistérios por sua onisciên­cia, enche todas as coisas com sua onipresença, e determi­na a finalidade para cada coisa existente pela sua sobera­nia.Deus governa como Rei no mais absoluto sentido da palavra, e todas as coisas dependem dEle e a Ele servem. Há um inestimável tesouro de evidências nas Escrituras revelando a soberania divina (Dt 10.14,17; 1 Cr 29.11,12; 2 Cr 20.6; Is 33.22). A soberania de Deus diz respeito àquela perfeição do Ser divino, por meio do qual, Ele, por um ato simples, de­leita-se em si mesmo como Deus, bem como busca suas criaturas, por amor do seu próprio nome. Com referência ao Universo e todas as criaturas que há nele. Sua vontade inclui, naturalmente, a ideia de aacusação. Ler mais...

Os atributos morais de Deus - V

Os atributos morais de Deus dizem respeito a deter­minados elementos do caráter de Deus através dos quais Ele se dá a conhecer ao seu povo, levando-o a uma plena identificação com Ele.Dentre os atributos morais de Deus, os mais conheci­dos são: 

1. A Veracidade de Deus
A veracidade é um dos múltiplos aspectos da perfeição divina. Deus é ao mesmo tempo, veraz e perfeito. "Deus não é homem para que minta" (Nm 23.19).  A mentira é incompatível com a natureza divina.Devemos ter sempre em mente que quando estamos tratando com Deus, estamos tratando com um Ser verda­deiro e pronto a cumprir as suas santas e boas palavras (Jr 1.12).Por isso, devemos depositar nele toda a nossa confiança; (Sl 125.1)na certeza de que Ele estabelecerá o nosso direito e nos conduzirá a toda a justiça.Toda a Escritura corrobora com a idéia da veracidade de Deus (Sl 31.5; Jo 3.33; Rm 3.4; 1 Ts 1.9; 1 Jo 5.20).

2. A Justiça de Deus
A justiça de Deus está entranhavelmente relacionada com a santidade divina. Alguns dos teólogos mais respeita­dos, conceituam a justiça de Deus como uma forma de sua santidade, ou simplesmente como "santidade transitiva". Estes termos se aplicam somente àquilo que costumamos chamar de "justiça relativa" de Deus, e não à sua "justiça absoluta".A idéia fundamental de justiça está entranhavelmen­te ligada à da lei. Por exemplo, entre os homens pressupõe-se haver uma lei à qual o homem deve sujeitar-se a obede­cer. Quanto a Deus, porém, há quem seja da opinião de que não se deve falar de "justiça" como. Um dos atributos divinos, pois, Deus, não sendo homem, não existe lei à qual Ele possa estar sujeito. Ainda que concordemos em parte com esta afirmação, cremos haver uma lei que é parte ine­rente à natureza de Deus, a qual se constitui no modelo mais elevado de lei, pela qual todas as outras leis têm de ser julgadas.
A justiça divina se manifesta, especialmente, em dar a cada um o que corresponde aos seus méritos. A justiça inerente de Deus é a base natural da sua justiça revelada ao tratar com suas criaturas. Os termos hebraicos e gregos para "justo" e "justiça", todos contêm a idéia de conformidade com um modelo. Constantemente a Escritura atri­bui esta perfeição a Deus (Nm 8.9; Sl 119.137; 145.17; Jr 12.1; Lm 1.18; Dn 9.14; Jo 17.25). Antes de qualquer outra coisa, a justiça divina é a jus­tiça governativa de Deus. Esta justiça, como o próprio nome sugere, tem a ver com aquilo que Deus usa como Go­vernador dos bons e dos maus. Em virtude dessa justiça, Deus tem instituído um governo moral no mundo, e impos­to uma lei justa sobre os homens, com promessas de re­compensa para o obediente, e de advertências e castigo para o transgressor. Principalmente o Antigo Testamento manifesta Deus como o Legislador de Israel, (Is 33.22) e das nações em geral, mostrando inclusive que as suas leis são justas (Dt 4.8).

3. A Graça de Deus
"Graça", esta palavra cheia de significado é uma tra­dução do hebraico "ch'n," e do grego "charis".Segundo as Escrituras, a graça se manifesta não só da parte de Deus, mas também através dos homens. Neste último caso denota o favor que um homem mostra a outro homem (Atente para os exemplos dados nos seguintes textos: Gn 33.10,18; 39.4; 47.25; Rt 2.2; 1 Sm 1.18; 16.22).  
No geral, pode-se dizer que a graça é a dádiva gratuita da generosidade para com alguém que não tem o direito de reclamá-la. De acordo com a Escritura, só a graça singular de Deus é que pode ser assim definida. Seu amor para com o homem sempre é imerecido, pois a despeito de oferecido gratuitamente, o homem prefere rejeitá-la como coisa de nenhum valor. Deste modo, a Bíblia geralmente fala da graça para indicar a imerecida bondade do amor de Deus para com aqueles que se têm feito indignos dela, e que por natureza estão debaixo da sentença de condenação.A graça de Deus é o manancial de todas as bênçãos es­pirituais concedidas aos pecadores (Ef 1.6,7; 2.7-9; Tt 2.11; 3.4-7). No entanto, a Bíblia com freqüência fala da graça salvadora, e outras vezes ela aparece com um sentido mais amplo (Is 26.10; Jr 16.13). A graça de Deus tem maior significado prático para os pecadores.Todos nós dependemos por completo da graça de Deus manifesta em Cristo, uma vez que estamos totalmente despojados de méritos próprios.

4. A Bondade de Deus
Deus é bom no sentido transcendente da palavra, que significa absoluta perfeição e perfeita felicidade em si mes­mo. Neste sentido, disse Jesus que "ninguém é bom senão um só, que é Deus" (Mc 10.18). Porém, posto que Deus é bom em si mesmo, também é bom para todas as suas criaturas, po­dendo, portanto, denominar-se: "A fonte de todo o bem". De fato, Deus é a fonte de todo o bem e assim se apresenta de vários modos em toda a Bíblia (Sl 36.6; 104.21; Mt 5.45; 6.26; Lc 6.35; At 14.17). A bondade de Deus para com as suas criaturas pode ser definida como aquela perfeição de Deus que o mantém solícito para tratar generosa e ternamente com todas as suas criaturas. É aquele afeto pelo qual Deus assiste a to­das as suas criaturas sensíveis como tais. O salmista ce­lebra esta bondade nas seguintes palavras: "O Senhor é bom para com todos, e as suas ternas misericórdias per­meiam todas as suas obras... Em ti esperam os olhos de to­dos, e tu, a seu tempo, lhes dás o alimento. Abres a tua mão e satisfazes de benevolência a todo vivente" (Sl 145.15,16).

5. O Amor de Deus
Quando a bondade de Deus se manifesta em favor de suas criaturas racionais, assume o mais elevado caráter de amor, amor este que se distingue conforme os objetos aos quais se destina.Para distinguir o amor divino da bondade de Deus, podemos defini-lo como aquela perfeição de Deus pela qual Ele é impelido eternamente a comunicar-se com as suas criaturas. Posto que Deus é absolutamente bom em si mesmo, o seu amor não pode alcançar perfeita satisfação num objeto imperfeito, no caso a criatura humana. Apesar disto Deus ama o homem no seu atual estado de queda (Jo 3.16). Deus ama os crentes salvos com um amor especial, posto que os contempla como seus filhos espirituais em Cristo. A eles se comunica, em sentido mais pleno e rico, com toda a plenitude da sua misericórdia e graça (Jo 16.27; Rm 5.8; 1 Jo 3.1).

6. A Misericórdia de Deus
Se a graça divina sentencia o homem como culpado diante de Deus, fazendo-o carente do perdão divino, a misericórdia de Deus distingue o homem como alguém cansa­do sob o fardo do pecado, necessitando de urgente ajuda espiritual.A misericórdia divina pode ser definida como a bon­dade ou o amor de Deus para com aqueles que se encon­tram em estado de miséria espiritual, carecendo de ajuda. Desse modo, em sua misericórdia, Deus se revela compassivo e piedoso para com os que se acham em estado de mi­séria espiritual, sempre pronto a socorrê-los.Segundo a Bíblia, a misericórdia de Deus é gratuita; é para sempre; está sobre todos os homens; elas são a causa de não sermos consumidos (Dt 5.10; Sl 57.10; 86.5; 2 Cr 7.6; Sl 136; Ed 3.11; Ex 20.6; Dt 7.7,9; Lc 1.50; Sl 145.9; Ez 18.23-32; 33.11; Lc 6.35,36; Lm 3.22). Entre os judeus, existe uma crença antiga muito inte­ressante, acerca da misericórdia e da justiça divina. Se­gundo essa crença, Miguel, o executor dos juízos de Deus, possui apenas uma asa às costas, o que o faz voar devagar; enquanto que Gabriel, o executor da misericórdia, possui duas potentes asas, o que o faz voar mais velozmente. O rabinismo judaico usa essa ilustração para ensinar que Deus tem mais pressa em ser misericordioso para com o homem do que em levá-lo a juízo. Mostra, porém, que se o homem rejeitar a misericórdia gratuitamente oferecida, mais cedo ou mais tarde ele será julgado e castigado pelo Deus das muitas misericórdias.

7. A Longanimidade de Deus
No original hebraico, longanimidade é indicada pela expressão "erekaph",significando literalmente "grande rosto" e também "lento para a ira". Mais claramente, por longanimidade, se entende aquela bondade de Deus, em virtude da qual Ele suporta o obstinado e perverso peca­dor, apesar da sua persistente desobediência. Na sua lon­ganimidade e misericórdia, Deus suporta o pecador em seu estado de pecado, apesar das suas admoestações, chaman­do-o ao arrependimento (Ex 34.6; Sl 86.15; Rm 2.4; 9.22; 1 Pd 3.20; 2 Pd 3.15).

8. A Santidade de Deus
A santidade de Deus é a soma de todos os seus atribu­tos morais, e expressa a majestade da sua natureza. Há quem diga ser a santidade o atributo enfático de Deus. Se é verdade que exista qualquer diferença em grau de impor­tância entre os atributos morais de Deus, a santidade ocu­pa o primeiro lugar. Nas visões que Deus concedeu ao seus santos nos dias do Antigo Testamento e na exploração da doutrina bíblica no Novo, o que mais se salienta é a santi­dade divina (Lv 11.45; Jo 24.19; Is 6.3; 1 Sm 2.2; S l 5.4; 11.4; 145.17; Is 43.15; Jr 23.9; Lc 1.49). Por cerca de trinta vezes o profeta Isaías se refere a Jeová, chamando-o de "o santo", apontando o significado daquelas visões que mais o impressionaram. Deus deseja ser conhecido essencialmente por sua santidade, pois esse é o atributo pelo qual Ele é melhor glorificado. Conceitos superficiais de Deus e da sua santidade resultam em con­ceitos superficiais do pecado e da necessidade da expiação.

A santidade de Deus significa a sua absoluta pureza moral. Indica que Ele não pode pecar, nem tolerar o peca­do. Na sua santidade, Deus aborrece o pecado, ainda que ame o pecador. Uma vez que o sentido original da palavra "santo" é "separado", em que sentido está Deus separado de alguém ou de algo? Ele está separado do homem quanto ao espaço: Ele está no Céu, e o homem na Terra. Ele está separado do homem quanto à sua natureza e caráter: Ele é perfeito, o homem é imperfeito. Ele é divino, o homem é humano e carnal. Ele é moralmente perfeito, o homem é pecaminoso. Ler mais...