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Prisão de Jesus - João 18


1 - TENDO Jesus dito isto, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um horto, no qual ele entrou e seus discípulos.
2 - E Judas, que o traía, também conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se ajuntava ali com os seus discípulos.
3 - Tendo, pois, Judas recebido a coorte e oficiais dos principais sacerdotes e fariseus, veio para ali com lanternas, e archotes e armas.
4 - Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: A quem buscais?
5 - Responderam-lhe: A Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, estava com eles.
6 - Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram, e caíram por terra.
7 - Tornou-lhes, pois, a perguntar: A quem buscais? E eles disseram: A Jesus Nazareno.
8 - Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu; se, pois, me buscais a mim, deixai ir estes;
9 - Para que se cumprisse a palavra que tinha dito: Dos que me deste nenhum deles perdi.
10 - Então Simão Pedro, que tinha espada, desembainhou-a, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco.
11 - Mas Jesus disse a Pedro: Põe a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?

Jesus perante Anás e Caifás. Negação de Pedro
12 - Então a coorte, e o tribuno, e os servos dos judeus prenderam a Jesus e o maniataram.
13 - E conduziram-no primeiramente a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano.
14 - Ora, Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morresse pelo povo.
15 - E Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus na sala do sumo sacerdote.
16 - E Pedro estava da parte de fora, à porta. Saiu então o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, e falou à porteira, levando Pedro para dentro.
17 - Então a porteira disse a Pedro: Não és tu também dos discípulos deste homem? Disse ele: Não sou.
18 - Ora, estavam ali os servos e os servidores, que tinham feito brasas, e se aquentavam, porque fazia frio; e com eles estava Pedro, aquentando-se também.
19 - E o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
20 - Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus sempre se ajuntam, e nada disse em oculto.
21 - Para que me perguntas a mim? Pergunta aos que ouviram o que é que lhes ensinei; eis que eles sabem o que eu lhes tenho dito.
22 - E, tendo dito isto, um dos servidores que ali estavam, deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote?
23 - Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; e, se bem, por que me feres?
24 - E Anás mandou-o, maniatado, ao sumo sacerdote Caifás.
25 - E Simão Pedro estava ali, e aquentava-se. Disseram-lhe, pois: Não és também tu um dos seus discípulos? Ele negou, e disse: Não sou.
26 - E um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: Não te vi eu no horto com ele?
27 - E Pedro negou outra vez, e logo o galo cantou.

Jesus perante Pilatos
28 - Depois levaram Jesus da casa de Caifás para a audiência. E era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se contaminarem, mas poderem comer a páscoa.
29 - Então Pilatos saiu fora e disse-lhes: Que acusação trazeis contra este homem?
30 - Responderam, e disseram-lhe: Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos.
31 - Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma.
32 - (Para que se cumprisse a palavra que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer).
33 - Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus?
34 - Respondeu-lhe Jesus: Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-to outros de mim?
35 - Pilatos respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?
36 - Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
37 - Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
38 - Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? E, dizendo isto, tornou a ir ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum.
39 - Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela páscoa. Quereis, pois, que vos solte o Rei dos Judeus?
40 - Então todos tornaram a clamar, dizendo: Este não, mas Barrabás. E Barrabás era um salteador.

Conspiração contra Jesus e a ceia do Senhor - Lucas 22


Conspiração contra Jesus
1 - ESTAVA, pois, perto a festa dos pães ázimos, chamada a páscoa.
2 - E os principais dos sacerdotes, e os escribas, andavam procurando como o matariam; porque temiam o povo.
3 - Entrou, porém, Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze.
4 - E foi, e falou com os principais dos sacerdotes, e com os capitães, de como lho entregaria;
5 - Os quais se alegraram, e convieram em lhe dar dinheiro.
6 - E ele concordou; e buscava oportunidade para lho entregar sem alvoroço.
7 - Chegou, porém, o dia dos ázimos, em que importava sacrificar a páscoa.
8 - E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a páscoa, para que a comamos.
9 - E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos?
10 - E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem, levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar.
11 - E direis ao pai de família da casa: O Mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos?
12 - Então ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado; aí fazei preparativos.
13 - E, indo eles, acharam como lhes havia sido dito; e prepararam a páscoa.


A ceia do Senhor

14 - E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e com ele os doze apóstolos.
15 - E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça;
16 - Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus.
17 - E, tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós;
18 - Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus.
19 - E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.
20 - Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós.
21 - Mas eis que a mão do que me trai está comigo à mesa.
22 - E, na verdade, o Filho do homem vai segundo o que está determinado; mas ai daquele homem por quem é traído!
23 - E começaram a perguntar entre si qual deles seria o que havia de fazer isto.

Quem é o maior?
24 - E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior.
25 - E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores.
26 - Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve.
27 - Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve.
28 - E vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações.
29 - E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou,
30 - Para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel.
31 - Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo;
32 - Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.
33 - E ele lhe disse: Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte.
34 - Mas ele disse: Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces.
35 - E disse-lhes: Quando vos mandei sem bolsa, alforje, ou alparcas, faltou-vos porventura alguma coisa? Eles responderam: Nada.
36 - Disse-lhes pois: Mas agora, aquele que tiver bolsa, tome-a, como também o alforje; e, o que não tem espada, venda a sua capa e compre-a;
37 - Porquanto vos digo que importa que em mim se cumpra aquilo que está escrito: E com os malfeitores foi contado. Porque o que está escrito de mim terá cumprimento.
38 - E eles disseram: Senhor, eis aqui duas espadas. E ele lhes disse: Basta.

Getsêmani
39 - E, saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram.
40 - E quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação.
41 - E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava,
42 - Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.
43 - E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia.
44 - E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão.
45 - E, levantando-se da oração, veio para os seus discípulos, e achou-os dormindo de tristeza.
46 - E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação.

Prisão de Jesus
47 - E, estando ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela, e chegou-se a Jesus para o beijar.
48 - E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?
49 - E, vendo os que estavam com ele o que ia suceder, disseram-lhe: Senhor, feriremos à espada?
50 - E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita.
51 - E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou.
52 - E disse Jesus aos principais dos sacerdotes, e capitães do templo, e anciãos, que tinham ido contra ele: Saístes, como a um salteador, com espadas e varapaus?
53 - Tenho estado todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.

Negação de Pedro
54 - Então, prendendo-o, o levaram, e o puseram em casa do sumo sacerdote. E Pedro seguia-o de longe.
55 - E, havendo-se acendido fogo no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se Pedro entre eles.
56 - E como certa criada, vendo-o estar assentado ao fogo, pusesse os olhos nele, disse: Este também estava com ele.
57 - Porém, ele negou-o, dizendo: Mulher, não o conheço.
58 - E, um pouco depois, vendo-o outro, disse: Tu és também deles. Mas Pedro disse: Homem, não sou.
59 - E, passada quase uma hora, um outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava com ele, pois também é galileu.
60 - E Pedro disse: Homem, não sei o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo.
61 - E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes.
62 - E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente.
63 - E os homens que detinham Jesus zombavam dele, ferindo-o.
64 - E, vendando-lhe os olhos, feriam-no no rosto, e perguntavam-lhe, dizendo: Profetiza, quem é que te feriu?
65 - E outras muitas coisas diziam contra ele, blasfemando.
66 - E logo que foi dia ajuntaram-se os anciãos do povo, e os principais dos sacerdotes e os escribas, e o conduziram ao seu concílio, e lhe perguntaram:
67 - És tu o Cristo? Dize-no-lo. Ele replicou: Se vo-lo disser, não o crereis;
68 - E também, se vos perguntar, não me respondereis, nem me soltareis.
69 - Desde agora o Filho do homem se assentará à direita do poder de Deus.
70 - E disseram todos: Logo, és tu o Filho de Deus? E ele lhes disse: Vós dizeis que eu sou.
71 - Então disseram: De que mais testemunho necessitamos? pois nós mesmos o ouvimos da sua boca.

História da paixão e Jesus no Jardim do Getsêmani - Marcos 14


História da paixão 
1 - E DALI a dois dias era a páscoa, e a festa dos pães ázimos; e os principais dos sacerdotes e os escribas buscavam como o prenderiam com dolo, e o matariam.
2 - Mas eles diziam: Não na festa, para que porventura não se faça alvoroço entre o povo.
3 - E, estando ele em Betânia, assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher, que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça.
4 - E alguns houve que em si mesmos se indignaram, e disseram: Para que se fez este desperdício de ungüento?
5 - Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros, e dá-lo aos pobres. E bramavam contra ela.
6 - Jesus, porém, disse: Deixai-a, por que a molestais? Ela fez-me boa obra.
7 - Porque sempre tendes os pobres convosco, e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes.
8 - Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura.
9 - Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória.
10 - E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais dos sacerdotes para lho entregar.
11 - E eles, ouvindo-o, folgaram, e prometeram dar-lhe dinheiro; e buscava como o entregaria em ocasião oportuna.

Celebração da páscoa
12 - E, no primeiro dia dos pães ázimos, quando sacrificavam a páscoa, disseram-lhe os discípulos: Aonde queres que vamos fazer os preparativos para comer a páscoa?
13 - E enviou dois dos seus discípulos, e disse-lhes: Ide à cidade, e um homem, que leva um cântaro de água, vos encontrará; segui-o.
14 - E, onde quer que entrar, dizei ao senhor da casa: O Mestre diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos?
15 - E ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado e preparado; preparai-a ali.
16 - E, saindo os seus discípulos, foram à cidade, e acharam como lhes tinha dito, e prepararam a páscoa.
17 - E, chegada a tarde, foi com os doze.
18 - E, quando estavam assentados a comer, disse Jesus: Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há de trair-me.
19 - E eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe um após outro: Sou eu? E outro disse: Sou eu?
20 - Mas ele, respondendo, disse-lhes: É um dos doze, que põe comigo a mão no prato.
21 - Na verdade o Filho do homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para o tal homem não haver nascido.

Instituição da ceia do Senhor
22 - E, comendo eles, tomou Jesus pão e, abençoando-o, o partiu e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
23 - E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele.
24 - E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por muitos é derramado.
25 - Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele dia em que o beber, novo, no reino de Deus.
26 - E, tendo cantado o hino, saíram para o Monte das Oliveiras.
27 - E disse-lhes Jesus: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão.
28 - Mas, depois que eu houver ressuscitado, irei adiante de vós para a Galiléia.
29 - E disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu.
30 - E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás.
31 - Mas ele disse com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei. E da mesma maneira diziam todos também.

Jesus no Jardim do Getsêmani
32 - E foram a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu oro.
33 - E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, e começou a ter pavor, e a angustiar-se.
34 - E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui, e vigiai.
35 - E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora.
36 - E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.
37 - E, chegando, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simão, dormes? não podes vigiar uma hora?
38 - Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
39 - E foi outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras.
40 - E, voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam pesados, e não sabiam o que responder-lhe.
41 - E voltou terceira vez, e disse-lhes: Dormi agora, e descansai. Basta; é chegada a hora. Eis que o Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores.
42 - Levantai-vos, vamos; eis que está perto o que me trai.

Prisão de Jesus
43 - E logo, falando ele ainda, veio Judas, que era um dos doze, da parte dos principais dos sacerdotes, e dos escribas e dos anciãos, e com ele uma grande multidão com espadas e varapaus.
44 - Ora, o que o traía, tinha-lhes dado um sinal, dizendo: Aquele que eu beijar, esse é; prendei-o, e levai-o com segurança.
45 - E, logo que chegou, aproximou-se dele, e disse-lhe: Rabi, Rabi. E beijou-o.
46 - E lançaram-lhe as mãos, e o prenderam.
47 - E um dos que ali estavam presentes, puxando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe uma orelha.
48 - E, respondendo Jesus, disse-lhes: Saístes com espadas e varapaus a prender-me, como a um salteador?
49 - Todos os dias estava convosco ensinando no templo, e não me prendestes; mas isto é para que as Escrituras se cumpram.
50 - Então, deixando-o, todos fugiram.
51 - E um certo jovem o seguia, envolto em um lençol sobre o corpo nu. E lançaram-lhe a mão.
52 - Mas ele, largando o lençol, fugiu nu.

Jesus perante o Sinédrio. Negação de Pedro
53 - E levaram Jesus ao sumo sacerdote, e ajuntaram-se todos os principais dos sacerdotes, e os anciãos e os escribas.
54 - E Pedro o seguiu de longe até dentro do pátio do sumo sacerdote, e estava assentado com os servidores, aquentando-se ao lume.
55 - E os principais dos sacerdotes e todo o concílio buscavam algum testemunho contra Jesus, para o matar, e não o achavam.
56 - Porque muitos testificavam falsamente contra ele, mas os testemunhos não eram coerentes.
57 - E, levantando-se alguns, testificaram falsamente contra ele, dizendo:
58 - Nós ouvimos-lhe dizer: Eu derrubarei este templo, construído por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não feito por mãos de homens.
59 - E nem assim o seu testemunho era coerente.
60 - E, levantando-se o sumo sacerdote no Sinédrio, perguntou a Jesus, dizendo: Nada respondes? Que testificam estes contra ti?
61 - Mas ele calou-se, e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar, e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito?
62 - E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu.
63 - E o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: Para que necessitamos de mais testemunhas?
64 - Vós ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o consideraram culpado de morte.
65 - E alguns começaram a cuspir nele, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe punhadas, e a dizer-lhe: Profetiza. E os servidores davam-lhe bofetadas.
66 - E, estando Pedro embaixo, no átrio, chegou uma das criadas do sumo sacerdote;
67 - E, vendo a Pedro, que se estava aquentando, olhou para ele, e disse: Tu também estavas com Jesus, o Nazareno.
68 - Mas ele negou-o, dizendo: Não o conheço, nem sei o que dizes. E saiu fora ao alpendre, e o galo cantou.
69 - E a criada, vendo-o outra vez, começou a dizer aos que ali estavam: Este é um dos tais.
70 - Mas ele o negou outra vez. E pouco depois os que ali estavam disseram outra vez a Pedro: Verdadeiramente tu és um deles, porque és também galileu, e tua fala é semelhante.
71 - E ele começou a praguejar, e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais.
72 - E o galo cantou segunda vez. E Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe tinha dito: Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás. E, retirando-se dali, chorou.

Plano para prender Jesus e o matarem, é ungido em Betânia - Mateus 26


Plano para prender Jesus e o matarem, é ungido em Betânia, a ceia do Senhor
1 - E ACONTECEU que, quando Jesus concluiu todos estes discursos, disse aos seus discípulos:
2 - Bem sabeis que daqui a dois dias é a páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado.
3 - Depois os príncipes dos sacerdotes, e os escribas, e os anciãos do povo reuniram-se na sala do sumo sacerdote, o qual se chamava Caifás.
4 - E consultaram-se mutuamente para prenderem Jesus com dolo e o matarem.
5 - Mas diziam: Não durante a festa, para que não haja alvoroço entre o povo.

Jesus ungido em Betânia
6 - E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso,
7 - Aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com ungüento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa.
8 - E os seus discípulos, vendo isto, indignaram-se, dizendo: Por que é este desperdício?
9 - Pois este ungüento podia vender-se por grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres.
10 - Jesus, porém, conhecendo isto, disse-lhes: Por que afligis esta mulher? pois praticou uma boa ação para comigo.
11- Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre.
12 - Ora, derramando ela este ungüento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento.
13 - Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado em todo o mundo, também será referido o que ela fez, para memória sua.
14- Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes,
15 - E disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata,
16 - E desde então buscava oportunidade para o entregar.
17 - E, no primeiro dia da festa dos pães ázimos, chegaram os discípulos junto de Jesus, dizendo: Onde queres que façamos os preparativos para comeres a páscoa?
18 - E ele disse: Ide à cidade, a um certo homem, e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a páscoa com os meus discípulos.
19 - E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara, e prepararam a páscoa.

A última páscoa e a ceia do Senhor. A traição
20 - E, chegada a tarde, assentou-se à mesa com os doze.
21 - E, comendo eles, disse: Em verdade vos digo que um de vós me há de trair.
22 - E eles, entristecendo-se muito, começaram cada um a dizer-lhe: Porventura sou eu, Senhor?
23 - E ele, respondendo, disse: O que põe comigo a mão no prato, esse me há de trair.
24 - Em verdade o Filho do homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido.
25 - E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste.
26 - E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
27 - E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos;
28 - Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.
29 - E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.
30 - E, tendo cantado o hino, saíram para o Monte das Oliveiras.
31 - Então Jesus lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão.
32 - Mas, depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a Galiléia.
33 - Mas Pedro, respondendo, disse-lhe: Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei.
34 - Disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás.
35 - Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja mister morrer contigo, não te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo.
36 - Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar.
37 - E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.
38 - Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo.
39 - E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
40 - E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo?
41 - Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
42 - E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.
43 - E, voltando, achou-os outra vez adormecidos; porque os seus olhos estavam pesados.
44 - E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras.
45 - Então chegou junto dos seus discípulos, e disse-lhes: Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores.
46 - Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai.

Prisão de Jesus
47 - E, estando ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um dos doze, e com ele grande multidão com espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo.
48 - E o que o traía tinha-lhes dado um sinal, dizendo: O que eu beijar é esse; prendei-o.
49 - E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo, Rabi; e beijou-o.
50 - Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? Então, aproximando-se eles, lançaram mão de Jesus, e o prenderam.
51 - E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma orelha.
52 - Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão.
53 - Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?
54 - Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?
55 - Então disse Jesus à multidão: Saístes, como para um salteador, com espadas e varapaus para me prender? Todos os dias me assentava junto de vós, ensinando no templo, e não me prendestes.
56 - Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.

Jesus perante o Sinédrio
57 - E os que prenderam a Jesus o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos.
58 - E Pedro o seguiu de longe, até ao pátio do sumo sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados, para ver o fim.
59 - Ora, os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho, buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-lhe a morte;
60 - E não o achavam; apesar de se apresentarem muitas testemunhas falsas, não o achavam. Mas, por fim chegaram duas testemunhas falsas,
61 - E disseram: Este disse: Eu posso derrubar o templo de Deus, e reedificá-lo em três dias.
62 - E, levantando-se o sumo sacerdote, disse-lhe: Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti?
63 - Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
64 - Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu.
65 - Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia.
66 - Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte.
67 - Então cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhadas, e outros o esbofeteavam,
68 - Dizendo: Profetiza-nos, Cristo, quem é o que te bateu?

Negação de Pedro
69 - Ora, Pedro estava assentado fora, no pátio; e, aproximando-se dele uma criada, disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu.
70 - Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes.
71 - E, saindo para o vestíbulo, outra criada o viu, e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno.
72 - E ele negou outra vez com juramento: Não conheço tal homem.
73 - E, daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia.
74 - Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou.
75 - E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente.