Este livro lança um desafio político de grande envergadura: reafirmar os princípios que orientam historicamente o pensamento da esquerda e também renová-los, a partir das demandas da época. Para o professor de filosofia Vladimir Safatle, nas últimas décadas, a esquerda abriu mão dos fundamentos de sua luta política, acuada pelas críticas feitas à experiências comunistas no século XX, enfraquecida pelas políticas multiculturais e, quando no governo, seduzida pelos confortos do poder e pelas negociações do consenso.
O autor propõe, contra a acomodação e o esquecimento, que a esquerda recoloque no debate política tudo aquilo que é “inegociável”: a defesa radical do igualitarismo, da soberania popular e do direito à resistência. Opondo-se às políticas multiculturalistas, Safatle postula a necessidade de a esquerda ser “indiferente às diferenças” e retomar o universalismo. “A esquerda que não teme dizer seu nome” é uma leitura urgente para os que buscam a justiça social e não têm medo da política.
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