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17 de setembro de 2025

Sobre o docetismo

O docetismo afirmava que o corpo de Cristo não pas­sava de um fantasma; que seus sofrimentos e morte eram meras aparências. Deste modo pontificavam os apóstolos do docetismo: "Ou [Cristo] sofria e então não podia ser Deus; ou era verdadeiramente Deus e então não podia sofrer.

"O docetismo assumiu várias formas: ou negava a ver­dadeira humanidade de Cristo empregando teorias sobre corpo fantasmagórico, ou então escolhia certos aspectos da vida terrena de Cristo, como sendo potencialmente verídi­cos, enquanto negava o restante dos relatos bíblicos atra­vés de suas explicações. Estava em frontal oposição à de­claração joanina: "Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo não veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo..."(1 Jo 4.2,3).

 Cerinto, habitante da Ásia Menor, defendia a opinião de que Jesus fora unido a Cristo, o Filho de Deus, por ocasião do seu batismo, e que Cristo abandonou o Je­sus terreno antes da crucificação. Acreditava que o sofri­mento e a morte de Jesus eram incompatíveis com a divin­dade de Cristo. Outra teoria docética, associada a Basílides, sugeria que ocorreu um engano, que Simão, o Cirineu, fora crucificado em lugar de Cristo, escapando Jesus, desse modo, da morte na cruz (História da Teologia – Concórdia S/A – Pág18).

Contra as heresias do docetismo, além do apóstolo João, se levantou Irineu, um dos líderes da Igreja antiga. Quanto ao docetismo, aos crentes seus contemporâneos, escreveu ele:"Torna-te surdo quando te falam de um Jesus Cristo fora daquele que foi da família de Davi, filho de Maria, nasceu autenticamente, comeu e bebeu, padeceu verda­deiramente sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado e morreu verdadeiramente... De que me valeria estar em ca­deias, se Cristo sofreu somente na aparência, como certos pretendem? Esses, sim, não passam de meras aparên­cias" (Documentos da Igreja Cristã – Juerp – Pág.68).