Pesquise no Google

Mostrando postagens com marcador Possessão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Possessão. Mostrar todas as postagens

José anuncia a Faraó a chegada de seu pai - Gênesis capítulo 47


José anuncia a Faraó a chegada de seu pai
1 - ENTÃO veio José e anunciou a Faraó, e disse: Meu pai e os meus irmãos e as suas ovelhas, e as suas vacas, com tudo o que têm, são vindos da terra de Canaã, e eis que estão na terra de Gósen.
2 - E tomou uma parte de seus irmãos, a saber, cinco homens, e os pôs diante de Faraó.
3 - Então disse Faraó a seus irmãos: Qual é o vosso negócio? E eles disseram a Faraó: Teus servos são pastores de ovelhas, tanto nós como nossos pais.
4 - Disseram mais a Faraó: Viemos para peregrinar nesta terra; porque não há pasto para as ovelhas de teus servos, porquanto a fome é grave na terra de Canaã; agora, pois, rogamos-te que teus servos habitem na terra de Gósen.
5 - Então falou Faraó a José, dizendo: Teu pai e teus irmãos vieram a ti;
6 - A terra do Egito está diante de ti; no melhor da terra faze habitar teu pai e teus irmãos; habitem na terra de Gósen, e se sabes que entre eles há homens valentes, os porás por maiorais do gado, sobre o que eu tenho.
7 - E trouxe José a Jacó, seu pai, e o apresentou a Faraó; e Jacó abençoou a Faraó.
8 - E Faraó disse a Jacó: Quantos são os dias dos anos da tua vida?
9 - E Jacó disse a Faraó: Os dias dos anos das minhas peregrinações são cento e trinta anos, poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida, e não chegaram aos dias dos anos da vida de meus pais nos dias das suas peregrinações.
10 - E Jacó abençoou a Faraó, e saiu da sua presença.
11 - E José fez habitar a seu pai e seus irmãos e deu-lhes possessão na terra do Egito, no melhor da terra, na terra de Ramessés, como Faraó ordenara.
12 - E José sustentou de pão a seu pai, seus irmãos e toda a casa de seu pai, segundo as suas famílias.

Como José comprou toda a terra do Egito para Faraó
13 - E não havia pão em toda a terra, porque a fome era muito grave; de modo que a terra do Egito e a terra de Canaã desfaleciam por causa da fome.
14 - Então José recolheu todo o dinheiro que se achou na terra do Egito, e na terra de Canaã, pelo trigo que compravam; e José trouxe o dinheiro à casa de Faraó.
15 - Acabando-se, pois, o dinheiro da terra do Egito, e da terra de Canaã, vieram todos os egípcios a José, dizendo: Dá-nos pão; por que morreremos em tua presença? porquanto o dinheiro nos falta.
16 - E José disse: Dai o vosso gado, e eu vo-lo darei por vosso gado, se falta o dinheiro.
17 - Então trouxeram o seu gado a José; e José deu-lhes pão em troca de cavalos, e das ovelhas, e das vacas e dos jumentos; e os sustentou de pão aquele ano por todo o seu gado.
18 - E acabado aquele ano, vieram a ele no segundo ano e disseram-lhe: Não ocultaremos ao meu senhor que o dinheiro acabou; e meu senhor possui os animais, e nenhuma outra coisa nos ficou diante de meu senhor, senão o nosso corpo e a nossa terra;
19 - Por que morreremos diante dos teus olhos, tanto nós como a nossa terra? Compra-nos a nós e a nossa terra por pão, e nós e a nossa terra seremos servos de Faraó; e dá-nos semente, para que vivamos, e não morramos, e a terra não se desole.
20 - Assim José comprou toda a terra do Egito para Faraó, porque os egípcios venderam cada um o seu campo, porquanto a fome prevaleceu sobre eles; e a terra ficou sendo de Faraó.
21 - E, quanto ao povo, fê-lo passar às cidades, desde uma extremidade da terra do Egito até a outra extremidade.
22 - Somente a terra dos sacerdotes não a comprou, porquanto os sacerdotes tinham porção de Faraó, e eles comiam a sua porção que Faraó lhes tinha dado; por isso não venderam a sua terra.
23 - Então disse José ao povo: Eis que hoje tenho comprado a vós e a vossa terra para Faraó; eis aí tendes semente para vós, para que semeeis a terra.
24 - Há de ser, porém, que das colheitas dareis o quinto a Faraó, e as quatro partes serão vossas, para semente do campo, e para o vosso mantimento, e dos que estão nas vossas casas, e para que comam vossos filhos.
25 - E disseram: A vida nos tens dado; achemos graça aos olhos de meu senhor, e seremos servos de Faraó.
26 - José, pois, estabeleceu isto por estatuto, até ao dia de hoje, sobre a terra do Egito, que Faraó tirasse o quinto; só a terra dos sacerdotes não ficou sendo de Faraó.
27 - Assim habitou Israel na terra do Egito, na terra de Gósen, e nela tomaram possessão, e frutificaram, e multiplicaram-se muito.
28 - E Jacó viveu na terra do Egito dezessete anos, de sorte que os dias de Jacó, os anos da sua vida, foram cento e quarenta e sete anos.
29 - Chegando-se, pois, o tempo da morte de Israel, chamou a José, seu filho, e disse-lhe: Se agora tenho achado graça em teus olhos, rogo-te que ponhas a tua mão debaixo da minha coxa, e usa comigo de beneficência e verdade; rogo-te que não me enterres no Egito,
30 - Mas que eu jaza com os meus pais; por isso me levarás do Egito e me enterrarás na sepultura deles. E ele disse: Farei conforme a tua palavra.
31 - E disse ele: Jura-me. E ele jurou-lhe; e Israel inclinou-se sobre a cabeceira da cama.

Diná é desflorada - Gênesis capítulo 34


1 - E SAIU Diná, filha de Lia, que esta dera a Jacó, para ver as filhas da terra.
2 - E Siquém, filho de Hamor, heveu, príncipe daquela terra, viu-a, e tomou-a, e deitou-se com ela, e humilhou-a.
3 - E apegou-se a sua alma com Diná, filha de Jacó, e amou a moça e falou afetuosamente à moça.
4 - Falou também Siquém a Hamor, seu pai, dizendo: Toma-me esta moça por mulher.
5 - Quando Jacó ouviu que Diná, sua filha, fora violada, estavam os seus filhos no campo com o gado; e calou-se Jacó até que viessem.
6 - E saiu Hamor, pai de Siquém, a Jacó, para falar com ele.
7 - E vieram os filhos de Jacó do campo, ouvindo isso, e entristeceram-se os homens, e iraram-se muito, porquanto Siquém cometera uma insensatez em Israel, deitando-se com a filha de Jacó; o que não se devia fazer assim.
8 - Então falou Hamor com eles, dizendo: A alma de Siquém, meu filho, está enamorada da vossa filha; dai-lha, peço-vos, por mulher;
9 - E aparentai-vos conosco, dai-nos as vossas filhas, e tomai as nossas filhas para vós;
10 - E habitareis conosco; e a terra estará diante de vós; habitai e negociai nela, e tomai possessão nela.
11 - E disse Siquém ao pai dela, e aos irmãos dela: Ache eu graça em vossos olhos, e darei o que me disserdes;
12 - Aumentai muito sobre mim o dote e a dádiva e darei o que me disserdes; dai-me somente a moça por mulher.
13 - Então responderam os filhos de Jacó a Siquém e a Hamor, seu pai, enganosamente, e falaram, porquanto havia violado a Diná, sua irmã.
14 - E disseram-lhe: Não podemos fazer isso, dar a nossa irmã a um homem não circuncidado; porque isso seria uma vergonha para nós;
15 - Nisso, porém, consentiremos a vós: se fordes como nós; que se circuncide todo o homem entre vós;
16 - Então dar-vos-emos as nossas filhas, e tomaremos nós as vossas filhas, e habitaremos convosco, e seremos um povo;
17 - Mas se não nos ouvirdes, e não vos circuncidardes, tomaremos a nossa filha e ir-nos-emos.
18 - E suas palavras foram boas aos olhos de Hamor, e aos olhos de Siquém, filho de Hamor.
19 - E não tardou o jovem em fazer isto; porque a filha de Jacó lhe contentava; e ele era o mais honrado de toda a casa de seu pai.
20 - Veio, pois, Hamor e Siquém, seu filho, à porta da sua cidade, e falaram aos homens da sua cidade, dizendo:
21 - Estes homens são pacíficos conosco; portanto habitarão nesta terra, e negociarão nela; eis que a terra é larga de espaço para eles; tomaremos nós as suas filhas por mulheres, e lhes daremos as nossas filhas.
22 - Nisto, porém, consentirão aqueles homens, em habitar conosco, para que sejamos um povo, se todo o homem entre nós se circuncidar, como eles são circuncidados.
23 - E seu gado, as suas possessões, e todos os seus animais não serão nossos? Consintamos somente com eles e habitarão conosco.
24 - E deram ouvidos a Hamor e a Siquém, seu filho, todos os que saíam da porta da cidade; e foi circuncidado todo o homem, de todos os que saíam pela porta da sua cidade.

A traição de Simeão e Levi
25 - E aconteceu que, ao terceiro dia, quando estavam com a mais violenta dor, os dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, e entraram afoitamente na cidade, e mataram todos os homens.
26 - Mataram também ao fio da espada a Hamor, e a seu filho Siquém; e tomaram a Diná da casa de Siquém, e saíram.
27 - Vieram os filhos de Jacó aos mortos e saquearam a cidade; porquanto violaram a sua irmã.
28 - As suas ovelhas, e as suas vacas, e os seus jumentos, e o que havia na cidade e no campo, tomaram.
29 - E todos os seus bens, e todos os seus meninos, e as suas mulheres, levaram presos, e saquearam tudo o que havia em casa.
30 - Então disse Jacó a Simeão e a Levi: Tendes-me turbado, fazendo-me cheirar mal entre os moradores desta terra, entre os cananeus e perizeus; tendo eu pouco povo em número, eles ajuntar-se-ão, e serei destruído, eu e minha casa.
31 - E eles disseram: Devia ele tratar a nossa irmã como a uma prostituta?

A partilha da terra: o lugar santo - Ezequiel 45


A partilha da terra: o lugar santo
1 - QUANDO, pois, repartirdes a terra em herança, oferecereis uma oferta ao SENHOR, uma porção santa da terra; o seu comprimento será de vinte e cinco mil canas e a largura de dez mil. Esta será santa em toda a sua extensão ao redor.
2 - Desta porção o santuário ocupará quinhentas canas de comprimento, e quinhentas de largura, em quadrado, e terá em redor um espaço vazio de cinqüenta côvados.
3 - E desta porção medirás vinte e cinco mil côvados de comprimento, e a largura de dez mil; e ali estará o santuário, o lugar santíssimo.
4 - Esta será a porção santa da terra; ela será para os sacerdotes, ministros do santuário, que dele se aproximam para servir ao SENHOR; e lhes servirá de lugar para suas casas, e de lugar santo para o santuário.
5 - E os levitas, ministros da casa, terão em sua possessão, vinte e cinco mil canas de comprimento, para vinte câmaras.
6 - E para possessão da cidade, de largura dareis cinco mil canas, e de comprimento vinte e cinco mil, defronte da oferta santa; o que será para toda a casa de Israel.
7 - O príncipe, porém, terá a sua parte deste e do outro lado da área santa, e da possessão da cidade, diante da santa oferta, e em frente da possessão da cidade, desde o extremo ocidental até o extremo oriental, e de comprimento, corresponderá a uma das porções, desde o termo ocidental até ao termo oriental.
8 - E esta terra será a sua possessão em Israel; e os meus príncipes nunca mais oprimirão o meu povo, antes deixarão a terra à casa de Israel, conforme as suas tribos.
9 - Assim diz o Senhor Deus: Basta já, ó príncipes de Israel; afastai a violência e a assolação e praticai juízo e justiça; tirai as vossas imposições do meu povo, diz o Senhor Deus.
10 - Tereis balanças justas, efa justo e bato justo.
11 - O efa e o bato serão de uma mesma medida, de modo que o bato contenha a décima parte do ômer, e o efa a décima parte do ômer; conforme o ômer será a sua medida.
12 - E o siclo será de vinte geras; vinte siclos, vinte e cinco siclos, e quinze siclos terá a vossa mina.
13 - Esta será a oferta que haveis de oferecer: a sexta parte de um efa de cada ômer de trigo; também dareis a sexta parte de um efa de cada ômer de cevada.
14 - Quanto à ordenança do azeite, de cada bato de azeite oferecereis a décima parte de um bato tirado de um coro, que é um ômer de dez batos; porque dez batos fazem um ômer.
15 - E um cordeiro do rebanho, de cada duzentos, da terra mais regada de Israel, para oferta de alimentos, e para holocausto, e para sacrifício pacífico; para que façam expiação por eles, diz o Senhor Deus.
16 - Todo o povo da terra concorrerá com esta oferta, para o príncipe em Israel.
17 - E estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de alimentos, e as libações, nas festas, e nas luas novas, e nos sábados, em todas as solenidades da casa de Israel. Ele preparará a oferta pelo pecado, e a oferta de alimentos, e o holocausto, e os sacrifícios pacíficos, para fazer expiação pela casa de Israel.
18 - Assim diz o Senhor Deus: No primeiro mês, no primeiro dia do mês, tomarás um bezerro sem mancha e purificarás o santuário.
19 - E o sacerdote tomará do sangue do sacrifício pelo pecado, e porá dele nas ombreiras da casa, e nos quatro cantos da armação do altar, e nas ombreiras da porta do átrio interior.
20 - Assim também farás no sétimo dia do mês, pelos que erram, e pelos símplices; assim expiareis a casa.
21 - No primeiro mês, no dia catorze do mês, tereis a páscoa, uma festa de sete dias; pão ázimo se comerá.
22 - E no mesmo dia o príncipe preparará por si e por todo o povo da terra, um bezerro como oferta pelo pecado.
23 - E durante os sete dias da festa preparará um holocausto ao SENHOR, de sete bezerros e sete carneiros sem mancha, cada dia, durante os sete dias; e em sacrifício pelo pecado um bode cada dia.
24 - Também preparará uma oferta de alimentos, a saber, um efa, para cada bezerro, e um efa para cada carneiro, e um him de azeite para cada efa.
25 - No sétimo mês, no dia quinze do mês, na festa, fará o mesmo por sete dias, tanto o sacrifício pelo pecado, como o holocausto, e como a oferta de alimentos, e como o azeite.

A existência dos Demônios - V

A origem dos demônios tem se constituído tema de especulação durante séculos, não só entre os cristãos, mas também entre pensadores pagãos. Os gregos, por exemplo, acreditavam que os demônios fossem a alma desencanada dos homens maus, enquanto que alguns escritores cristãos são da opinião de que os demônios são espíritos duma raça que habitou a Terra antes da raça inaugurada com a formação de Adão.
1. A Existência dos Demônios
A existência de demônios foi reconhecida por Jesus, pelos setenta e pelos santos apóstolos do Senhor (Mt 8.28-32; 10.8; 12.27,28; Lc 10.17; 1 Co 10.20,21; 1 Tm 4.1; At 16.14-18; Tg 2.19). Jesus reconheceu a existência de demônios falando a respeito deles e para eles. Já os setenta, aos quais Jesus nomeou e enviou de dois em dois, tiveram de enfrentar os demônios, e retornaram como relatório de que os demônios se lhes tornavam sujeitos através do nome de Cristo. Antes de partir para estar com o Pai, Jesus prometeu poder aos continuadores da sua obra na terra. Ele lhes prometeu que a pregação do Evangelho seria acompanhada e confirmada por sinais e prodígios, dentre os quais a autoridade para expulsar demônios (Mc 16.18).
2. A Natureza dos Demônios
Quanto à sua natureza essencial, os demônios são descritos na Bíblia como seres dotados de inteligência pessoal (Mt 8.29,31; Lc 4.35,41; Tg 2.19; Mc 1.23,24; At 19.13,15); são seres espirituais (Lc 9.38,39,42; Mc 5.2,7-9,12,13,15) ao que parece, são espíritos destituídos de seus corpos (Mt 12.43,44; Mc 5.10-13); são muitos em número (Mc 5.9). Partindo da suposição de que os demônios sejam espíritos desencarnados, talvez de alguma raça ou ordem de seres pré-adâmicos, Bancroft emite a seguinte opinião: "Se forem realmente espíritos desencarnados, isso explicaria o fato de que procuram encarnar-se, pois, ao que parece, quando desencarnados são incapazes de operar na plena força de sua maldade. Não será que esses demônios são espíritos daqueles que palmilharam esta terra na carne, antes da ruína descrita no segundo versículo do Gênesis, e que por ocasião daquele grande cataclismo, foram desencarnados por Deus, e deixados ainda sob o poder de seu líder, de cuja sorte terão de compartilhar afinal? Há um fato freqüente registrado que, não há dúvida, parece confirmar tal hipótese: pois lemos que os demônios estão continuamente procurando apossar-se dos corpos dos homens, a fim de empregá-los para seus próprios fins. E não é igualmente possível que essa propensão indique uma incômoda falta de sossego, pelo que vivem a vaguear, o que se origina do senso de serem incompletos; indique o intenso desejo de escaparem de uma condição intolerável - de estarem desencarnados - condição para a qual não foram criados? e indique um anseio tão intenso que, se não puderem satisfazê-Io doutro modo, se dispõem até mesmo a entrar nos imundos corpos dos porcos? "Não encontramos tal propensão da parte de Satanás e de seus anjos. Eles, sem dúvida, ainda retêm seus corpos etéreos, pois, de outro modo, como poderiam manter o seu conflito com os anjos de Deus? Provavelmente considerariam com grande desdém o grosseiro e desajeitado tabernáculo que é o corpo do homem. Os anjos, pode ser que entrem nos corpos físicos dos homens: isso, porém, não por inclinação, mas tão-somente porque isso se torna absolutamente necessário para a consecução de alguma grande conspiração do mal. Que os anjos não são meros espíritos desencarnados, parece claro pelas palavras de nosso Senhor, em Lucas 20.34-36" (Teologia Elementar – Imprensa Batista Regular - Págs. 291,292). Com esta opinião de Bancroft concorda grande número dos teólogos que se aventuram a pesquisar a origem dos demônios. Porém, o quase que total silêncio das Escrituras quanto a este assunto, parece sugerir que a origem desses seres de extrema maldade, se constitui em mais um dos incontáveis mistérios só plenamente conhecidos de Deus. Portanto, neste caso, a prudência nos recomenda não afirmar com certeza aquilo que a Bíblia não diz com clareza. Quanto à natureza moral, os demônios são maus e maliciosos - degenerados em seu caráter (Mt 8.28; Lc 4.33,36; 9.39); são vis e perversos - baixos em sua conduta (Mt 15.22; Lc 9.39); são servis e obsequiosos - degradados em seu serviço - o serviço que prestam a Satanás (Mt 12.24-27).
3. As Atividades dos Demônios
Os demônios têm o maligno poder de se apossarem dos corpos dos seres humanos e dos irracionais (Mt 4.24; 8.16,28,33; Mc 5.8,11-13; At 8.7); trazem aflição mental e física aos homens (Mt 9.32,33; 12.22; Mc 5.4,5; Lc 9.37-42). Produzem impureza moral (Mt 10.1; Mc 5.2; Ef 2.2; 2 Pd 2.10-12). Existem cinco aspectos ou fases nas relações dos demônios com os homens, assim definidos:
a) Tentação
Esta é a tentação na forma de sugestão espiritual. Essa misteriosa influência, vinda de um mundo invisível à qual tanto o não-crente como o crente estão continuamente expostos, é referida muitas vezes na Bíblia, especialmente no Novo Testamento (Ef 6.11,12; 1 Jo 4.1)..
b) Obsessão
Este é o primeiro passo para a possessão demoníaca. Trata-se de domínio demoníaco que é resultado da entrega voluntária e habitual à tentação ou às tendências pecaminosas (Ef 4.17-29). Nesse estado, embora o indivíduo esteja sob horrendo domínio satânico, contudo é perfeitamente livre segue os ditames de sua própria vontade, e retém, sua própria personalidade.
c) Crise ou Transição
A crise ou transição é a fase caracterizada por uma luta em torno da posse, quando o indivíduo resiste à ação demoníaca, podendo algumas vezes ser bem sucedido (Mt 15.22-28; Tg 4.7; Ef 4.26,27).
d) Possessão
Com referência à pessoa, essa fase pode ser designada como sujeição e subserviência, e, com referência ao demônio, treinamento e desenvolvimento. A condição da pessoa é, a maior parte do tempo, saudável e normal, excetuando por ocasião do paroxismo, que ocorre na passagem do estado normal para o anormal. Uma das principais características dessa fase é a adição duma nova personalidade. Somente às pessoas que chegaram a essa fase é que se aplica, apropriadamente, o termo "possessão" (Mc 9.17-27; 5.2-13).
e) Capacidade Demoníaca
Esta fase é reconhecida quando a pessoa já desenvolveu capacidades para ser usada, e se dispõe para isso. Já é escrava do demônio, treinada, acostumada, voluntária - na linguagem espírita moderna, um "médium desenvolvido". Ler mais...