A liberdade do homem inclui necessariamente o poder de escolher ou recusar o bem e o mal. Tem havido dúvidas quanto ao homem ter escolhido o mal, sabendo que era mal. Mas não pode haver dúvida de que o homem pudesse tomar o mal pelo bem. Ainda que advertido a não pecar, o homem era alguém falível, portanto, sujeito ao pecado.
1. A Árvore do Conhecimento
"Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvore agradável à vista e boa para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal... E lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 1.916,17). São as mais diversas as opiniões quanto ao que tenha sido a árvore do conhecimento do bem e do mal. Uma das opiniões muito comuns, ainda que equivocada, é que ela indicava uma forma de proibição divina do ato sexual entre Adão e Eva, sua mulher. Daí surgiu a crença popularmente absurda de que o primeiro pecado do primeiro casal foi o relacionamento sexual.Independentemente do tipo da árvore do conhecimento do bem e do mal (uma macieira, uma pereira, uma laranjeira, etc), o que importa é o princípio de prova que ela representava. Aquilo pelo que provamos nossos filhos não precisa ser absolutamente mau; o que importa é o tipo e propósito da prova à qual os submetemos.Assim sendo, o problema não era a árvore do conhecimento em si mesma, mas saber até que ponto o homem seria capaz de manter obediência ao mandamento divino: "dela não comerás".
2.O Significado da Provação do Homem
"Tomou, pois, o Senhor Deus o homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E lhe deu esta ordem: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2.15-17). A admoestação de Deus no sentido de que o homem não comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal não tinha um propósito simplesmente proibitivo. Visava, sobretudo, testar a capacidade de obediência do homem, e promover o seu crescimento espiritual e moral.Nenhuma autoridade de bom senso estabeleceria leis tendo em mente que elas seriam quebradas, mas sim, obedecidas; contribuindo dessa forma para o progresso comum da sociedade que governa.Quanto à indagação se Deus sabia que o homem haveria de pecar, evidentemente que Deus sabia, uma vez que Ele é onisciente. Porém, isto não é a mesma coisa que dizer que o homem foi abandonado ao pecado por Deus, ou que Deus tenha sido o artífice da queda do homem.
O pecado já existia antes mesmo da queda, e quando o homem o abraçou não o fez como se essa fosse a única opção que tinha. Pecar ou não pecar era uma escolha do homem."Podia haver criatura moral sem capacidade de escolher? A liberdade é um dom de Deus ao homem: liberdade de pensar, de escolher, liberdade de consciência, ainda mesmo que o homem use essa liberdade para rejeitar e desobedecer a Deus."Em certo desastre de trem, o maquinista, que podia ter poupado sua vida pulando fora, não se arredou do seu posto. Salvou, desse modo, os passageiros, mas perdeu a vida. Os passageiros erigiram um monumento, não ao trem, que só fez o que a sua máquina o forçou a fazer, mas ao maquinista que, voluntariamente, escolheu dar a vida para salvar os passageiros. Que virtude haverá em obedecer a Deus, se em nossa natureza não houver nenhuma inclinação para agir de outro modo?Porém, se de nossa própria vontade, e contra o impulso firme de nossa natureza, obedecermos a Deus, nisso há caráter" (Manual Bíblico – Edições Vida nova – Pág. 66).
O pecado já existia antes mesmo da queda, e quando o homem o abraçou não o fez como se essa fosse a única opção que tinha. Pecar ou não pecar era uma escolha do homem."Podia haver criatura moral sem capacidade de escolher? A liberdade é um dom de Deus ao homem: liberdade de pensar, de escolher, liberdade de consciência, ainda mesmo que o homem use essa liberdade para rejeitar e desobedecer a Deus."Em certo desastre de trem, o maquinista, que podia ter poupado sua vida pulando fora, não se arredou do seu posto. Salvou, desse modo, os passageiros, mas perdeu a vida. Os passageiros erigiram um monumento, não ao trem, que só fez o que a sua máquina o forçou a fazer, mas ao maquinista que, voluntariamente, escolheu dar a vida para salvar os passageiros. Que virtude haverá em obedecer a Deus, se em nossa natureza não houver nenhuma inclinação para agir de outro modo?Porém, se de nossa própria vontade, e contra o impulso firme de nossa natureza, obedecermos a Deus, nisso há caráter" (Manual Bíblico – Edições Vida nova – Pág. 66).
3. A Opção de Queda
O homem foi feito um agente livre e inteligente. Pena é que ele tenha usado da sua opção de escolha exatamente para desobedecer ao mandamento divino (Gn 3.1-7). O primeiro indício da queda da humanidade está no fato de Eva ter se permitido parlamentar com Satanás. Assim fazendo, ela foi abrindo o seu coração até chegar ao ponto de aceitar a insinuação do adversário, e desejar tornar-se igual a Deus, portanto conhecedora do bem e do mal. Estas atitudes de Eva precederam os cinco passos de degradação que culminaram com a queda. Esses cinco passos são:
a) Olhou - "Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos...” (Gn 3.6).
b) Desejou - “... árvore desejável para dar entendimento...” (Gn 3.6).
c) Tomou - “... tomou do fruto...” (Gn 3.6).
d) Comeu - “... comeu... e ele comeu...” (Gn 3.6).
e) Morreu - “... no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2.17).
A expressão "morrerás", fala tanto da morte espiritual quanto física. E em ambos os sentidos esta palavra fala da maneira em que se encontra o homem desde a sua queda.Adão e Eva agora conheciam o bem e o mal, mas que diferença fazia isso agora, uma vez que a desobediência os fazia escravos do mal."O homem tem sempre diante de si dois caminhos a escolher; o do bem e do mal. Tem sempre duas vontades: a própria e a de Deus. Adão escolheu a vontade própria, em vez de escolher a de Deus, fez uma escolha egoística, em vez de uma escolha altruística. Escolheu a morte, em vez da vida. Tudo quanto lhe aconteceu a ele próprio e à sua raça são consequências justíssimas da decisão que tomou no Éden. Nenhum homem pode escolher o princípio do egoísmo, e queixar-se quando ele aproximar-se. Não pode escolher o caminho da perdição, e queixar-se por não chegar ao Céu. Uma vez compreendida a decisão tomada por Adão quando foi tentado, a pena torna-se perfeitamente explicável” (Esboço de Teologia Sistemática – Juerp – Pág.157). Ler mais..
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