Como
se fora um arroio, as boas novas brotaram em Jerusalém. Embora
inexpressivo, fez-se rio aquele arroio e espraiou-se por toda a Judéia.
Inundou o chão samaritano e chegou às bordas de Antioquia. Mas os
discípulos sabiam que aquele rio não poderia ficar represado nas
fronteiras de Seleuco.
Avolumando-se
em milagres todos os dias. E, todos os dias, agigantando-se em sinais e
maravilhas, já não era um rio. Um mar, porém, que exigia a posse dos
oceanos para acomodar as ondas que se quebrariam no Tibre, no Tâmisa,
no Ganges e no Amazonas.
E, assim,
Antioquia comissiona seus dois primeiros nautas. Como mensageiros de
Cristo, singrariam mares ignotos e aportariam o exotismo da Ásia Menor.
Paulo e Barnabé, entretanto, não desceriam a Jope, nem teriam de se
esconder num navio fenício. E, caso desejassem chegar a Társis, não
estariam desobedecendo a ordem do Senhor.
Enfrentariam
tempestades e borrascas. Em suas angústias, contudo, não contariam com a
sombra de uma benfazeja aboboreira. Transcorreram-se os séculos. De
repente, teve-se a impressão de que o arroio que manara em Jerusalém já
havia perdido o ímpeto de rio, a fúria de mar e o bramido de oceano. Mas
nesta calmaria, eis que as velas da obra missionária inflam-se com uma
divisa: “Espere grandes coisas de Deus. Tente grande coisas para Deus.”
E, foi esperando e tentando grandes coisas para Deus que tiveram início
as missões modernas. Ao abraçar aquele lema não imaginava Willlian Carey
que os próximos duzentos anos seriam mais oceanos que os precedentes
1800. E, que as ondas dos dois próximos séculos encimariam continentes,
submergiriam as mais remotas ilhas e adentrariam as Américas.
Não
foi isto o que aconteceu em nossa pátria? Quando Daniel Berg e Gunnar
Vingren chegaram a Belém, o arroio que brotou no cenáculo fez-se mar no
Oiapoque; e, no Chuí, oceano. E, nesta Década da Colheita, começamos a
molhar os artelhos nestas águas de urgência missionária. Que elas nos
encubram sem tardança. Quantos côvados ainda nos estão a desafiar?
Pr. Claudionor Corrêa de Andrade - Lições Bíblicas, Maturidade Cristã - 2° Trimestre de 1992.
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