Uma igreja onde ocorre a manifestação de dons espirituais pode abrigar
crentes nitidamente carnais? Se isso acontece, a culpa é dos dons de
Deus ou de seus portadores? Na realidade, os dons não asseguram um comportamento santificado do crente.
Essa era a real situação da igreja de Corinto. Internamente ela estava
perdendo a qualidade espiritual e, externamente, sua influência
missionária. Essas perdas se davam em razão de muitos crentes moverem
processos judiciais entre si na justiça secular. Enquanto isso acontece
entre os irmãos, as conseqüências podem ser desastrosas (Pv 18.19) .
Apesar de tudo, o amor de Deus levou Paulo a tratá-Ios carinhosamente de
"irmãos" mais de vinte vezes ao longo de sua primeira epístola. Será
que somos melhores e mais santos que os coríntios?
A falta de comunhão fraternal na Igreja de Conríntio
As discórdias pessoais.
"Tendo algum negócio contra o outro" (v. 1). Alguns crentes, por
motivos pessoais, egoístas e banais costumavam levar outros aos
tribunais, acionando juízes pagãos, como era o costume da época. A
gravidade da advertência de Paulo estava no fato de que tais juízes arbitravam as demandas segundo as leis, idéias e costumes do paganismo reinante entre os gregos e romanos.
A falsa espiritualidade
O capítulo 14 de I Coríntios revela que nos cultos em Corinto havia
bastante movimento, demonstrações "carismáticas", declarações em
línguas, cânticos, profecias, exposição doutrinária, mas também muitas
meninices, superficialidades e emocionalismo, que não devemos confundir com as reais "manifestações do Espírito" (l Co 12.7).
Imaturidade diversa (vv.1 ,5,7)
É verdade que aqui na terra não se acha pessoa nem igreja perfeitas até a volta de Cristo
(Ef 5.26,27; CI 3.4). Quando Paulo fala a respeito de "suportar" uns
aos outros em amor (Ef 4.2), é exatamente por causa disso. Se a
diversidade de temperamentos, de personalidades, de formação e de
mentalidade for ignorada, e se também não for controlada, pode motivar
conflitos os mais diversos por toda parte.
Fonte: Lições Bíblicas - 2° Trimestre de 2009. Pág.29, 30 . Comentarista: Antonio Gilberto
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