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| Sto Agostinho |
Eis
como o doutíssimo pastor de Hípona retrata a alma do Adão lançado da
presença de Deus: "Quem me dera repousar em Vós! Quem me dera que
viésseis ao meu coração e o inebriásseis com a vossa presença. Para me
esquecer de meus males e me abraçar convosco, meu único bem!"
Ansiando
por um repouso, tenta o homem divisar o seu Criador no labirinto da
consciência. Mas deixa-se prender pelos enganos do coração e pelas galas
da justiça própria. Com a mesma solicitude, contempla a natureza.
Acaba, porém, adorando mais a criatura do que o Criador. Em seguida,
volve o olhar ao infinito e faz de cada estrela um deus e uma abominação
de cada astro. Não satisfeito e, agora, mais ferido, entrega-se à
filosofia. Pobre homem! A filosofia incita-o a amontoar perguntas e
erigir monumentos à dúvida. Sócrates e Aristóteles nada lhe respondem:
eles mesmos tateiam o elo perdido. Buda e Mêncio também nada fazem.
Quanto a Cartesius, só está cônscio da própria existência.
O
bondoso Deus não nos deixaria, porém, naufragar neste mar revolto. Em
meio às procelas que se abatiam sobre a fragilidade de nossas almas,
firma-nos um horizonte. E a sua Palavra descreve o arco da aliança
partida. Através da Bíblia, redescobrimos a existência de um terno e
compassivo Pai. Conscientizamo-nos de que Ele está a comandar todas as
coisas. A Palavra de Deus é o fôlego que nos faltava. Sem esse alento,
muitas perguntas e nenhuma resposta. E, agora, como diria Agostinho,
repousa nosso coração na bondade do Eterno, pois Ele nos fez e dEle
somos.
Fonte: Lições Bíblicas, 2° Trimestre de 1991 - Claudionor Corrêa de Andrade

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