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O que a Bíblia fala sobre o e os argumentos de filosóficos e médicos

Abortar significa expulsar o feto sem que ele tenha condições de vitalidade; dar à luz antes do término da gestação. Aborto, portanto, é a interrupção da gravidez, em consequência de problemas de saúde ou por meio doloso. O aborto pode ser realizado espontaneamente ou estimulado por meio de processos medicamentosos ou clínicos. O aborto é espontâneo quando surge por efeitos naturais, exterior à vontade humana, geralmente por doença da mãe ou por deficiências cromossomáticas do feto. Com relação a esse tipo de aborto não se opõe qualquer problema ético ou bíblico, uma vez que ele surge, geralmente, contra a vontade da mãe e em circunstâncias naturais. Existe o aborto provocado, onde a criança torna-se indesejável por algum motivo e é expelida por estimulação ou retirada por meios clínicos. Embora a Bíblia não aborde de maneira específica o tema do aborto, claramente considera o feto como uma vida humana completa.

Essa vida deve ser protegida da mesma forma que Deus nos chama para defender a vida de todos os seres inocentes. Na maioria dos países, a palavra “aborto” desperta fortes reações e gera discussões acaloradas entre legisladores, juízes, políticos e religiosos. Casos extremos, tais como a gravidez de jovens vítimas de estupro, são usados para injetar um alto nível de simpatia emocional nas discussões. Sendo Deus o doador da vida, os cristãos entendem que esta não é uma mera questão emocional ou legal. Não se pode confiar nas autoridades do governo para decidir o que é certo e o que é errado em questões que envolvem a vontade de Deus. Governos humanos estão longe de serem perfeitos e, frequentemente, permitem coisas que Deus proíbe. É preciso seguir o exemplo de Pedro e dos outros apóstolos: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens”, At 5:29.

Enquanto que Deus usa governos humanos para punir os malfeitores, especialmente os assassinos, Rm 13:1-7; Gn 9:6, Ele nunca deu ao homem o direito de matar seres humanos inocentes. Debates sobre o abor to frequentemente agitam essa questão, provocando diferentes argumentos filosóficos e médicos. Alguns sugerem que a vida começa quando o feto oferece condições de sobreviver fora do útero. Mas uma tal definição é artificial e está constantemente se alterando. Mesmo depois do nascimento, um recém-nascido é totalmente dependente da proteção e do cuidado de outros. Outras pessoas sugerem que a vida começa com a primeira respiração. É verdade que a vida de Adão começou desse modo, Gn 2:7 e que os corpos ressuscitados foram considerados vivos quando o espírito soprou sobre eles e eles se levantaram, Ez 37:8-10; Ap 11:11. Mas esses fatos não provam que uma criança ainda não nascida não esteja viva, ou que Deus não reconhece o seu valor. Não se pode usar o caso excepcional da criação de Adão, o qual nunca foi um feto, para justificar a matança de seus inocentes descendentes. Aqueles que buscam indicações bíblicas para o começo da vida deverão considerar também o princípio em Gn 9:4, de que a vida está no sangue. Quando a maioria das mulheres consegue confirmar que estão grávidas, o sangue já está circulando no corpo do filho ainda não nascido. O sangue do embrião, diferente do sangue da mãe, circula bem cedo, frequentemente antes da mãe confirmar a gravidez.

Os seres humanos têm lugar especial no plano de Deus desde a concepção. Cada pessoa tem sua própria identidade antes de nascer. É interessante observar o modo como são descritas na Bíblia as crianças em gestação. Dois fatos notáveis se tornam evidentes: primeiro, a linguagem usada para

descrever a criança não nascida é a mesma usada para descrever a criança humana já nascida, Sl 139:13-16; Is 49:1,5. Deus não autoriza a mãe nem a ninguém a derramar o sangue dessa criança inocente, Gn 25:21-22; Jó 3:3; Lc 1:36, 41, 44, 57; 2:7, 12; At 7:29. Segundo, Deus reconheceu a importância das crianças desde antes de nascer, Jr 1:5; Gl 1:15. Não há apoio bíblico para a ideia de que a vida de uma criança no útero possa ser destruída.
A vasta maioria dos abortos é feita por motivos inegavelmente egoístas. O grito de guerra dos que são favoráveis ao aborto reflete claramente uma devoção idólatra ao suposto direito da mulher de “livre escolha”. É o corpo dela, eles insistem, assim ela teria direito de decidir abortar ou não. Esse não é o lema de preocupação amorosa e desprendida pelos outros, já que a criança não tem escolha. É a divisa das pessoas egoístas, que colocam sua liberdade sexual, progresso na carreira, segurança financeira ou sua própria saúde acima do bem-estar da criança que está no útero. Uma vez que ela concebeu, seus interesses egoístas devem dar lugar ao amor materno. Ela deve buscar o que é melhor para seu filho, e não para si. A mulher que mata seu filho demonstra egoísmo e uma falta de afeição natural, sinais claros de inimizade com Deus, 2Tm 3:2-5. A mulher que ama a Deus também amará seus filhos, Tt 2:4.

A lei do Velho Testamento não autorizou o aborto. Há os que usam a passagem de Êx 21:22 para justificar o aborto natural como coisa de mínima importância, assim mostrando que não há proteção especial para a vida antes do nascimento. O texto, porém, trata de nascimento prematuro como consequência de uma briga, e não justifica a decisão de abortar um filho. Se a criança morresse, daria vida por vida, 21:23. Abordando o assunto do lado positivo, o Velho Testamento valoriza a vida humana desde a concepção: a vida humana é santificada porque o homem foi feito à imagem de Deus, Gn 1:27. Tentativas modernas de desumanizar as crianças em gestação referindo-se a elas como meras massas de tecidos ou fetos impessoais não são baseadas em princípios bíblicos. Durante décadas, os defensores do abor to têm usado casos emocionais para abrir as comportas e permitir o aborto ilimitado. A pesquisa tem documentado que os casos extremos, como estupro, incesto, risco à vida da mãe, defeitos natos sérios, respondem por uma pequena porcentagem, provavelmente menos de 2% de todos os abortos. Estupro e incesto são errados e os criminosos deverão ser punidos. Estupradores cometem um crime terrível contra mulheres e meninas inocentes. Isso, contudo, não justifica a matança de crianças inocentes. Crianças mortas não são as únicas vítimas do aborto.

O aborto é, antes de tudo, um procedimento físico, o qual produz um choque no sistema nervoso e que deve provocar um impacto na personalidade da mulher. Além das dimensões psicológicas, cada mulher que se submeteu a um aborto deve encarar a morte de seu filho que não nasceu como uma realidade social, emocional, intelectual e espiritual. Quanto maior a rejeição, maior a dor e a dificuldade quando a mulher resolve finalmente enfrentar a realidade da experiência abortiva. Aqueles que tomam e executam a decisão de tirar vida inocente sofrem muito tempo depois que o ato é praticado. Primeiro têm que enfrentar o sofrimento espiritual de saber, apesar de todas as racionalizações e justificativas, que o que fizeram fora errado. A verdade é que quando uma mulher aceita se submeter a um aborto, ela concorda em assistir à execução de seu próprio filho. Esta amarga realidade que ela tem de encarar se opõe vivamente àquilo que a sociedade espera que as mulheres sejam: pacientes, amorosas e maternais.

Isso também vai contra a realidade biológica da mulher, que é plasmada precisamente para cuidar e nutrir seu filho ainda não nascido. Assumir o papel de “matadora”, particularmente de seu próprio filho, sobre o qual ela própria reconhece a responsabilidade de proteger, é extremamente doloroso e difícil. O aborto é tão contrário à ordem natural das coisas, que ele automaticamente induz a uma sensação de culpa. Somente o arrependimento genuíno e a submissão a Deus podem curar o dano espiritual feito em um aborto. Segundo, o aborto quase sempre causa problemas emocionais duradouros na vida daqueles que se envolveram, especialmente a mãe que nunca esquece da criança que ela resolveu matar. Pesquisas têm mostrado que os abortos frequentemente causam problemas psicológicos severos, tanto imediatos como tardios.

O trauma após o aborto é frequentemente tão severo que a mulher ou seus cúmplices sentem-se imperdoáveis. É óbvio que não se pode desfazer os erros do passado, a não ser quando eles são confessados com arrependimento e permite-se que o sangue de Jesus os apague, 1Jo 1:7. O remorso que é sentido pelos pecados passados não precisa destruir o futuro. Não se pode ignorar o que foi praticado ou simplesmente esquecê-lo. É preciso voltar para Deus e resolver o problema com seu auxílio: “Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte”, 2Co 7:10. Finalmente, podemos considerar que, quanto mais nova for a mãe, maior será a probabilidade de que ela fique estéril se fizer um aborto (uma estatística feita no Canadá concluiu que 30% das meninas de idade entre 15 e 17 anos que fizeram abortos ficaram estéreis).

Jesus confirmou o valor da vida do nascituro no ventre por meio de Sua própria encarnação, vindo como um bebê ao invés de chegar à terra como adulto, Mt 1:20-21, 25. O Senhor afirma que a pessoa é Dele antes de vir ao mundo, Sl 22:10. Vemos que João Batista “saltou” no ventre da mãe, Isabel, quando ela reconheceu a vinda do Messias, Lc 1:41-45. Estes e outros textos falam sobre a criança ainda por nascer como um ser humano real, não como um simples projeto que se tornará um ser humano ao nascer. Com ajuda da EBF.

Abisaque e Abital

Abisaque - Hb “meu pai foi homem errante” – 1Rs 1:1-4 – moça sunamita, virgem, sobremaneira formosa. 

Era proveniente de Suném, situada na planície de Esdraelom, logo ao sul do mar de Quinerete. Foi trazida para aquecer o rei Davi em sua velhice, quando as forças lhe faltaram. Cuidou dele e o serviu, sem ter com ele nenhuma relação física, v.4. Estava presente quando Davi prometeu à Bate-Seba que Salomão seria o seu sucessor, 1 Rs 1:15, conhecedora, portanto, da vontade do monarca acerca do reino. Após a morte do pai, Adonias, filho mais velho de Davi, pediu Abisague a Salomão, por intermédio de Bate-Seba, 1 Rs 2:13-25. Embora virgem, Abisague fazia parte do harém de Davi. 

Adonias a queria, porque possuir uma herança do rei era o mesmo que reivindicar o trono, já que o príncipe regente ficava com as concubinas do rei morto. Salomão não só recusou seu consentimento, como mandou que o matassem, por julgar que o seu pedido envolvesse um plano insidioso para subir ao trono, em face das intrigas que havia em torno da sucessão em Israel. Essa moça, até onde se tem notícia, não teve a oportunidade de ser feliz, pois permaneceu entre as concubinas, porém sem nunca ter sido tocada por varão. 

Abital - Hb “meu pai é orvalho” ou “pai do orvalho” – 2 Sm 3:4; 1Cr 3:3 – uma das mulheres de Davi e mãe de Sefatias, o seu quinto filho, nascido em Hebrom. Quando Davi foi ungido rei de Judá e subiu para Hebrom, estava acompanhado de duas mulheres: Ainoã (ou Aquinoã) e Abigail, 2Sm 2:2.  

Abital foi tomada como mulher em Hebrom, na época do seu reinado de sete anos e meio, quando o rei contava com pouco mais de 30 anos, 2Sm 5:4-5. De seu filho não se tem nenhuma informação, além do nome; sem destaques ou proeminências, tanto ele como a mãe, apenas passaram pela história de Davi e não tiveram nenhum destaque especial nos registros bíblicos. Com ajuda de EBF.

Enciclopédia Bíblica: Abi, Abiail e Abigail

ABI - Nome abreviado de Abias, mãe do rei Ezequias. ABIAS (ou Abia). Hb “meu pai é o Senhor”. 1. Mulher de Hezrom e mãe de Asur, da tribo de Judá. Estava grávida quando o marido morreu, tendo o filho nascido logo após a morte do pai, 1Cr 2:18-24.

2. A mãe do rei Ezequias, 2Cr 29:1. Em 2Rs 18:2 tem o nome abreviado, Abi. Seu filho foi um dos mais notáveis reis de Judá. Ele tornou-se famoso tanto devido à sua excepcional piedade, como por suas vigorosas atividades políticas. Seu marido, Acaz, foi um péssimo rei, tendo buscado auxílio junto à Assíria, abraçando os seus ídolos. Por essa aliança, despojou o Templo do ouro, da prata e dos seus tesouros. Chegou a queimar os próprios filhos, irmãos de Ezequias, no fogo. Foi tão abominável que, ao morrer, nem foi sepultado nos sepulcros dos reis, 2Rs 16 e 2Cr 28. Há quem suponha, devido à cronologia do reinado de Ezequias, que ele tivesse sido co-regente de Acazdesde cerca de 729 a.C., começando a reinar como único ocupante do trono em cerca de 716 a.C., portanto, durante 13 anos. Conclui-se que a influência benéfica que ele recebeu, não foi do seu pai, mas sim, de sua mãe, a rainha-regente. Tomado por coragem e amor a Deus, Ezequias procedeu a reformas grandiosas nos âmbitos religioso, político e administrativo e foi bem-sucedido, promovendo um avivamento espiritual durante o seu reinado, 2Cr 29-31. Abias devia ser uma mulher de oração, temente a Deus e observadora das Suas leis, visto que seu filho foi poupado durante a insana atitude do rei Acaz em sacrificar os filhos aos deuses das nações.

ABIAIL - Hb “pai de força”. 
1. Esposa de Jerimote, seu primo e filho de Davi. Mãe de Maalate, a esposa de Roboão, que reinou no lugar de Salomão. Seu pai era Eliabe, o irmão mais velho de Davi, 2 Cr 11:18, segundo a ed. Revista e Atualizada no Brasil. A ed. Revista e Corrigida na grafia simplificada, apresenta Abiail, a filha de Eliabe, como uma outra esposa do rei Roboão, junto com Maalate, apresentada como filha de Jerimote.
2. Mulher de Abisur, 1Cr 2:29, mãe de Aba e Molide, da tribo de Judá.

ABIGAIL - Hb “meu pai é alegria” ou “o pai alegra-se”. 
1. Uma irmã de Davi, esposa de Itra (Jéter, em outras traduções), 1Cr 2:16, 17. Foi mãe de Amasa, eleito por Absalão, seu primo, comandante do arraial em lugar de Joabe, de quem era tia, 2 Sm 17:25. Seu filho liderou os exércitos de Absalão na revolta contra Davi. Abigail sofria, pois via o próprio filho se juntando a um primo rebelde contra o rei, que era seu irmão. Em 2Sm 18:6-17, vemos Amasa, perdoado por seu tio Davi, sendo nomeado pelo mesmo comandante de seus exércitos, em lugar de Joabe, 19:13. Ao nomear Amasa, Davi esperava conquistar de volta aqueles que haviam se juntado à rebelião de seu filho, especialmente os do exército de Judá. Ele também revelou seu permanente ressentimento contra Joabe, por ter desconsiderado sua vontade, matando seu filho Absalão. Ao recompensar um rebelde ao invés do leal Joabe, Davi deixou que a tristeza afetasse seu julgamento. Isso despertou o ciúme de Joabe, o qual, no momento crítico em que Davi se preparava para regressar a Jerusalém, matou traiçoeiramente o primo Amasa. Esta sucessão de fatos vem demonstrar o clima de tensão e discórdia que permeava essa família, o que deve ter trazido muitos sofrimentos e angústias para Abigail, 20:8-12.


2. Mulher de Nabal, um carmelita (hb “sem juízo”) da casa de Calebe, 1Sm 25. Nabal, segundo palavras do texto, era homem duro e maligno, vil e sem diálogo; tolo, louco; pródigo e bêbado. Este insultou a Davi, o qual ajudara seus pastores e agora lhe pedira auxílio, negando-se a ajudar seus homens. Ofendido, Davi determinou exterminar com Nabal e tudo o que ele tivesse. Abigail foi inteirada da situação e, temendo, apressou-se e tomou víveres, dirigindo-se, determinada, a Davi e seus homens. Nada declarou ao marido (atitude que a Bíblia não incentiva para a esposa, mas era um caso de salvamento e extrema necessidade, que a sabedoria divina a inspirou). Mesmo agindo com sacrifício próprio, ela foi decidida, confiando na operação do Senhor em seu favor. Encontrou Davi no caminho e ouviu-o falar sobre a vingança que faria. Novamente apressou-se, desceu do jumento, prostrou-se diante de Davi, em atitude de respeito, intercedendo com humilhação. Trouxe-lhe presentes e mostrou obediência e temor ao Senhor, através do seu diálogo. Pediu perdão e expressou bons votos para Davi e seus acompanhantes. A presença de Abigail trouxe Davi de volta à razão e seu comportamento criativo e hospitaleiro o desconcertou. Apesar de agir contra a decisão do marido, ela o livrou e a toda a sua casa da morte. 
À semelhança de José, Gn 40:14-15, pediu que se lembrasse dela, quando Davi fosse exaltado, achando graça aos seus olhos e afastando o perigo da vingança. Somente comunicou o feito ao marido em momento de sobriedade. Deus vingou Davi e exaltou Abigail, quando, dez dias depois do ocorrido, Nabal faleceu, ferido pelo Senhor. Este fato trouxe alívio a Davi, pois confiou a vingança ao Senhor e Ele correspondeu prontamente. Tão logo soube da morte de Nabal, Davi pediu que Abigail fosse sua esposa e continuasse abençoando-o com a sua sabedoria. Abigail possuía excelentes qualidades: a) formosa e sábia; b) de notável bom-senso; c) amava ao Senhor; d) sua hospitalidade diplomática, bondade e presença de espírito evitaram uma explosão de vingança; e) moralmente era superior a Bate-Seba, outra esposa de Davi; f) humilde e servil; g) era determinada, apressando-se em tudo que decidia fazer. Quando os amalequitas tomaram Ziclague, ela foi levada cativa. Davi, porém, indo no seu encalço, desbaratou os invasores e libertou-a juntamente com Ainoã, outra esposa de Davi e os demais cativos, 1Sm 30:5, 18. Teve de Davi um filho por nome Quileabe, 2Sm 3:3, chamado Daniel em 1Cr 3:1. Ajuda: ASS