A
segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo será o mais momentoso
evento que o mundo jamais testemunhou. Conforme descrita nas
Escrituras, a segunda vinda de Cristo será precedida por uma série
de sinais, e se desdobrará em duas fases distintas: O arrebatamento
da Igreja composta de santos mortos que ressuscitarão, e de santos
vivos que serão transformados; A manifestação triunfal, pessoal e
visível de Jesus Cristo, acompanhado dos seus santos e anjos.
1.
A Importância da Doutrina da Segunda Vinda de Cristo
A
doutrina da segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, se reveste de
grande importância quando buscamos compreender aquilo que Deus
estará fazendo no futuro. Para melhor compreendê Ia, estudemo-la
levando em consideração os seguintes pontos:
a) Sua
Proeminência nas Escrituras
Não
obstante reconhecermos que muitas das profecias, concernentes ao
segundo advento de Cristo, trazem no seu bojo alusão ao primeiro
advento, não há como negar que as Escrituras distinguem os dois
acontecimentos, destinando- maior volume de informação quanto ao
segundo advento. Só o Novo Testamento se refere de maneira direta ao
segundo advento de Cristo mais de trezentas vezes. Ou seja: um em
cada vinte e cinco versículos do Novo Testamento trata da segunda
vinda de Cristo.
b) É
Uma Chave Para a Compreensão das Escrituras
A
doutrina bíblica, como um todo, seria simplesmente ininteligível,
caso fosse estudada separadamente das promessas referentes à segunda
vinda de Cristo. Por exemplo, como compreender o tríplice ofício de
Cristo: Profeta, Sacerdote e Rei, independentemente do conhecimento
da verdade da sua segunda vinda? A salvação é mostrada como sendo
uma experiência passada, presente e futura, mas nenhuma idéia
adequada do aspecto futuro pode ser aceita separadamente da crença
na volta do Senhor. De igual modo acontece com a doutrina da
ressurreição e do triunfo final do bem sobre o mal.
c)
É a Esperança da Igreja
Todo
o sofrimento e tribulações pelos quais a Igreja peregrina passa na
terra, inexplicáveis aqui e agora, encontram explicações na
esperança da prometida e certa volta do Salvador. Paulo fala do
retorno de Cristo como a esperança da Igreja: "Aguardando a
bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus
e Salvador Cristo Jesus?" (Tt 2.13). De igual modo disse Pedro:
"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo
a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança
mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre mortos" (1 Pd
1.3; 2 Pd 3.9-13).Ao contrário duma esperança escapista, a
esperança da Igreja quanto à volta de Jesus, é o testemunho
altaneiro de que o nosso porvir jaz além dos limites das esperanças
e possibilidades deste mundo divorciado de Deus no qual vivemos até
que sejamos promovidos à nossa verdadeira e definitiva habitação.
d)
Ê Incentivo Para o Viver Cristão
A
segunda vinda de Cristo não se constitui um fim em si mesma. Deste
modo não há porque transformarmos este tema numa constante
complementação de estrelas. Ao meditarmos na vinda de Jesus, antes
mesmo de nos deixarmos possuir pelo desejo de partir e estar com o
Senhor, devemos nos manter ocupados por viver aqui e agora vida santa
e de corajoso testemunho acerca da salvação, no sentido de que
muitos outros venham ao conhecimento de Cristo e assim escapem da ira
futura. Certo cristão escreveu dizendo: "A vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo é um tema que me veio como uma segunda
conversão. Mudou toda a corrente da minha vida, e transformou a
Bíblia em um livro novo para mim. Creio que foi a âncora de minha
fé em uma época de muita crítica e de vaguear ao sabor das águas
de velhos canais".
2.
Sinais da Vinda de Cristo
Apesar
de o Senhor Jesus Cristo não haver revelado com exatidão o dia de
sua volta, evento este que conduzirá à plenitude do Seu reino sobre
a Terra, Ele fez questão de deixar algumas "coordenadas",
através das quais podemos concluir estar longe ou perto esse
auspicioso dia. Aos seus discípulos que, em particular, lhe pediram:
"Diz-nos quando sucederão estas coisas, e que sinal haverá da
tua vinda e da consumação do século?", disse o Senhor Jesus
Cristo: "Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em
meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. E
certamente ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não
vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não
é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino
contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém
tudo isto é o princípio das dores. Então sereis atribulados, e vos
matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome.
Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos
outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas enganarão a muitos.
E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase
todos” (Mt 24.3-12).
3.
Análise Desses Sinais
Os
fenômenos vaticinados por Jesus Cristo como sinais da consumação
dos Séculos não parecem tão fenomenais assim, não é verdade?
Afinal de contas, não é certo que sempre tivemos nações contra
nações, guerras e rumores de guerras, fomes, terremotos e pestes?
Assim sendo, como considerar a qualquer desses sinais como evidência
a iminente volta de Jesus Cristo? Uma análise de Mateus 24.8, à luz
do grego, poderá nos ajudar a compreender melhor o papel desses
eventos como elementos prenunciadores da volta de Jesus. Na nossa
Bíblia, versão de Almeida, parece apenas sugerir que esses eventos
são o princípio dos sofrimentos, enquanto que o original grego diz
que todas essas coisas são o princípio das dores de parto. Note,
portanto, que Jesus não disse "sofrimentos" mas "dores
de parto". Confessa Hal Lindsey: "Essa diferença de
tradução me levou a pensar na experiência pela qual a mulher passa
durante o parto. Visualizei o pai nervoso que aguarda o primeiro
filho contando os intervalos entre as contrações dolorosas da
parturiente, a fim de determinar a proximidade do nascimento. Não é
a dor inicial em si que dá o sinal. Somente quando elas se tornam
mais freqüentes, contínuas é que a mulher sabe que o bebê está
prestes a nascer" (Os Anos 80: Contagem Regressiva Para o Juízo
Final – Editora Mundo Cristão – Pág. 20). Notemos, portanto,
que a simples presença no mundo os sete tipos de eventos vaticinados
por Jesus, não eram sinais à serem observados. Só quando esses
eventos, essas "dores de parto" se tornassem mais
frequentes e intensas, saberíamos que os últimos dias do sofrimento
da Igreja e o nascimento duma nova era se aproximava. E sabemos que
essa era se aproxima de forma apressada, pela intensidade e
frequência com que se manifestam os seguintes sinais preditos pelo
Senhor Jesus Cristo: Proliferação de seitas falsas; Surgimento de
falsos messias; O renascimento e avanço generalizado do ocultismo;
Sinais naturais e físicos como sejam: guerras, rumores de guerras,
fomes, terremotos, pestes, etc., em vários lugares. Não estes
sinais em si mesmos, mas a frequência com que eles ocorrem, é que
nos mostra que Cristo já não tarda voltar. E não há como negar
que esses sinais anunciados por Jesus como indicadores da sua
iminente vinda, se repetem com frequência cada vez maior. Ler mais...
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