Quando
Jerusalém estiver cercada pelos exércitos do Anticristo, e aos
judeus não restar escape, então eles clamarão angustiados em busca
do auxílio de Deus. "Eis o grito dos teus atalaias! Eles erguem
a voz, juntamente exultam; porque com seus próprios olhos
distintamente veem o retorno do Senhor a Sião" (Mt 24.20; Ap
1.7; Zc 14.4,5; Ap 19.11-16). Em resposta ao aflitivo clamor dos
filhos de Israel, "aparecerá no céu o sinal do Filho do homem;
todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem
vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória" (1 Ts
4.17).
1.
Distinção Entre Arrebatamento da Igreja e a Manifestação de
Cristo
Cremos
já não haver nenhuma dúvida quanto a afirmação anteriormente
feita, de que a segunda vinda de Cristo se dará em duas fases:
arrebatamento da Igreja, e manifestação pessoal de Cristo em
glória. Na primeira fase, o arrebatamento da Igreja, Cristo virá
para os seus. Não tocará os seus pés na terra, tampouco será
visível ao mundo. Ele virá até as nuvens onde receberá a sua
Igreja triunfante para que com Ele adentre às mansões celestiais.
Já na segunda fase, a manifestação propriamente dita, sete anos
após a primeira, Cristo virá com os seus. Nesse momento, sim, todo
olho o verá, não como um Cristo abatido e humilhado, mas exaltado e
triunfante. Paulo se refere à primeira fase da vinda de Cristo para
os seus, nos seguintes termos: “... nós, os vivos, os que
ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para
o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o
Senhor" (Zc 14.4). Já o profeta Zacarias referindo-se à
segunda fase da vinda de Jesus, profeticamente vislumbra o seguinte
quadro: "Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das
Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte
das Oliveiras será fendido pelo meio..." (Zc 12.3,9; 14.2).
2.
A Batalha do Armagedom
O
profeta Zacarias descreve o palco da grande batalha do Armagedom nos
seguintes termos: “... contra ela [Jerusalém] se ajuntarão todas
as nações da terra... Naquele dia [diz o Senhor] procurarei
destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém... Então
sairá o Senhor e pelejará contra essas nações, como pelejou no
dia da batalha" (Ap 19.20; 2 Tm 2.8). A palavra "Armagedom"
significa "monte de Megido". Também conhecido como a
planície de Jezreel, nesse amplo e espaçoso lugar, os exércitos do
Anticristo estarão congregados para aquilo que poderia ser o ataque
decisivo contra a cidade de Jerusalém. Será neste momento de
apertura dos judeus, que se dará a manifestação de Jesus,
revestido com poder e glória, pronto a pelejar pelo seu povo. A
batalha anteriormente analisada como um confronto de proporções
puramente humanas, assume feições duma guerra entre Jesus Cristo e
Satanás. O triunfo de Jesus sobre os exércitos do Anticristo em
Armagedom será esmagador. Destruídos os exércitos hotis a Israel,
o triunfo final de Cristo será coroado com confinamento do
Anticristo e do Falso Profeta no Lago de Fogo e Enxofre, que é o
Inferno final (Mt 25.31-34,41,46).
3.
O Julgamento das Nações
Vencedor
da Batalha do Armagedom, agora, Cristo estabelece o julgamento das
nações (Jo 3.2,12). Atente para o fato de que o julgamento é de
"nações" e não de "indivíduos". A Bíblia diz
que esse julgamento se dará no Vale de Josafá (O Calendário da
Profecia – CPAD – Pág.73), local até aqui desconhecido. O
propósito desse julgamento é determinar quais nações terão
participação no Milênio. Assim compreendido não ha dúvida de que
nações tomarão parte do Milênio, enquanto que outras serão
completamente aniquiladas. "Conforme está escrito em Mateus 25,
haverá três classes de nações nesse julgamento: 'ovelhas',
'bodes’ e Irmãos'. Somente nações-bodes e nações-ovelhes serão
julgadas. 'Irmãos', devem ser os judeus - os irmãos de Jesus
segundo a carne... 'Ovelhas' devem ser os Povos Pacíficos, amigos,
protetores e defensores de Israel: Bodes devem ser os povos
sanguinários, belicosos, e hostis a Israel, e, que seguiram e
adoraram o Anticristo (Mt 25.34). Enquanto que para as "nações-bodes"
está destinado o Inferno; às nações tipo "ovelhas'";
dirá o senhor Jesus Cristo: "Vinde, benditos de meu Pai! Entrai
na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do
mundo" (Ap 20.1-3). O "reino" aqui referido não é o
Céu, mas, sim, o reino milenar de Cristo sobre a Terra.
4.
O Aprisionamento de Satanás
Na
sua visão em Patmos, dentre tantas coisas que lhe foram reveladas,
João teve a seguinte são: "E vi descer do céu um anjo, que
tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu
o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou o
por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo
sobre ele, para que mais não engane as nações, ate que os mil anos
se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco tempo"
(Estudos Sobre o Apocalipse – CPAD - Pág. 240). Por enquanto
Satanás não será ainda lançado no Lago de Fogo, mas é posto numa
prisão, de onde não poderá sair para perturbar as nações,
enquanto durar o governo milenial de Cristo. O aprisionamento de
Satanás, como bem disse o apocalipsista Armando Chaves Cohen, "não
significa que o povo se tornará tão esclarecido que Satanás, ainda
que deixado livre, não pode mais continuar a enganar, e assim está
'virtualmente amarrado’... Não é sobre o povo da terra que se
opera a mudança, nem é dele que se fala aqui, mas sobre Satanás:
ele é amarrado e encarcerado. Não se diz que o povo, isto é, a
humanidade, torna-se tão instruída, tão fortificada contra os
ataques do Maligno de modo a ficar imune, enquanto o Diabo mesmo é
deixado livre para continuar sua obra. Não. Satanás em pessoa é
agrilhoado e preso. Isto não significa outra coisa. O fechar e
guardar todas as casas de uma cidade não seria a mesma coisa com a
prisão e encarceramento do ladrão. Não se trata de prevenção
contra Satanás. Significa, realmente, que ele foi amarrado e lançado
na prisão pelo período de mil anos" (O Fruto Glorioso do
Planeta Terra – Editora Betânia – Pág. 239). Ler mais...
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