Como foi escrita a Bíblia durante e depois do exílio babilônico? Será que os autores bíblicos continuam a usar a língua hebraica, mesmo eles estando vivendo em terras onde hebraico não era mais a linguagem popular? Em seu artigo "Como o hebraico se tornou uma língua sagrada", publicado na edição de janeiro / fevereiro de 2017 pela Biblical Archaeology Review, Jan Joosten explica que o hebraico bíblico não ficou fora de uso. Em vez disso, a população judaica continuou a usá-la, até que ela se anexou em uma nova reverência a ela.
Depois que Nabucodonosor saqueou Jerusalém e deportou os cativos de Judá para a Babilônia, ele os estabeleceu em cidades e vilas, como Al-Yahudu (também conhecido como Judahtown), ao redor do rio Quebar. A língua oficial do Império Babilônico era o aramaico. E embora os deportados judeus se comunicavam com a língua aramaica com seus novos vizinhos, eles continuaram a escrever e a falar a língua hebraica em suas comunidades, o que os ajudou a preservar a identidade dos textos. Um arquivo de Al-Yahudu demonstra isso. Por exemplo, em uma nota promissória de Al-Yahudu (ver acima) está inscrita com o nome hebraico Shelemyah, que contém o elemento "yah" que liga o titular do nome a sua deidade, Yahweh. A nota é escrita em um roteiro paleo-hebraico, não cuneiforme do aramaico.
Ao viverem nestas terras estrangeiras - e depois de retornar à Palestina - como foi escrita da Bíblia? Embora alguns dos últimos livros da Bíblia foram escritos na língua aramaica, a maioria destes ainda estavam escritos em hebraico. No entanto, este hebraico é distinto do encontrado em textos bíblicos anteriores. Nos últimos livros de Crônicas, Esdras, Neemias e Ester - mostra uma forma arcaica do hebraico sendo reutilizada de uma maneira indicando que foi levantada do texto anterior e revivificada com base na exegese.
Os autores bíblicos deste período estudaram o hebraico de livros anteriores e intencionalmente incorporado em seus escritos. Nesse processo, algumas palavras tomaram significados diferentes. Como por exemplo, em textos bíblicos anteriores, a palavra hebraica torah denota "escrita" ou "direção", mas em textos posteriores, esta palavra normalmente significa "o livro em que a lei judaica é escrita". A escolha consciente dos autores em continuar escrevendo em hebraico, quase que separando da língua sagrada.
É claro que os exilados na Babilônia não representam a única comunidade judaica sobrevivente neste momento. Segundo Joosten, também se observa que "existia um exílio e uma diáspora ocidentais, exemplificados pelo profeta Jeremias, que fugiu com um grupo de exilados para o Egito, (Jr 43-44). Como a elite de Jerusalém foi levada pelos babilônios para o Oriente, outros Judaizantes fugiram para o Ocidente, formando uma colônia considerável de judeus estabelecida em Elefantina, uma ilha do Nilo no Alto Egito, no quinto e quarto séculos a.C.
Ambos os grupos de exilados se comprometeram em preservar a Bíblia hebraica, e transmiti-la seu texto fielmente. No entanto, eles fizeram isso de maneiras muito diferentes. Enquanto os judeus da Babilônia - e depois a Palestina - estudaram e continuaram a usar o hebraico bíblico, os judeus no Egito decidiram traduzir a Bíblia hebraica para o popular.
Ao viverem nestas terras estrangeiras - e depois de retornar à Palestina - como foi escrita da Bíblia? Embora alguns dos últimos livros da Bíblia foram escritos na língua aramaica, a maioria destes ainda estavam escritos em hebraico. No entanto, este hebraico é distinto do encontrado em textos bíblicos anteriores. Nos últimos livros de Crônicas, Esdras, Neemias e Ester - mostra uma forma arcaica do hebraico sendo reutilizada de uma maneira indicando que foi levantada do texto anterior e revivificada com base na exegese.
Os autores bíblicos deste período estudaram o hebraico de livros anteriores e intencionalmente incorporado em seus escritos. Nesse processo, algumas palavras tomaram significados diferentes. Como por exemplo, em textos bíblicos anteriores, a palavra hebraica torah denota "escrita" ou "direção", mas em textos posteriores, esta palavra normalmente significa "o livro em que a lei judaica é escrita". A escolha consciente dos autores em continuar escrevendo em hebraico, quase que separando da língua sagrada.
É claro que os exilados na Babilônia não representam a única comunidade judaica sobrevivente neste momento. Segundo Joosten, também se observa que "existia um exílio e uma diáspora ocidentais, exemplificados pelo profeta Jeremias, que fugiu com um grupo de exilados para o Egito, (Jr 43-44). Como a elite de Jerusalém foi levada pelos babilônios para o Oriente, outros Judaizantes fugiram para o Ocidente, formando uma colônia considerável de judeus estabelecida em Elefantina, uma ilha do Nilo no Alto Egito, no quinto e quarto séculos a.C.
Ambos os grupos de exilados se comprometeram em preservar a Bíblia hebraica, e transmiti-la seu texto fielmente. No entanto, eles fizeram isso de maneiras muito diferentes. Enquanto os judeus da Babilônia - e depois a Palestina - estudaram e continuaram a usar o hebraico bíblico, os judeus no Egito decidiram traduzir a Bíblia hebraica para o popular.
Já ao chegar o período helenístico, a diáspora ocidental produziu a Septuaginta em Alexandria, que é uma tradução completa das Escrituras de Israel vindo do hebraico para o grego. A tradução da Escritura, como no Egito, e a continuação clássica do hebraico, como do Oriente, são de certa forma opostos polares. Diante das Escrituras escritas em um idioma ancestral que está à beira de se tornar obsoleto, pode-se optar pela tradução, transferindo o significado do texto para o próprio mundo - como no Ocidente. Mas outra opção é possível também - virar as costas ao próprio mundo e projetar-se no mundo dos textos antigos. A segunda opção é a tomada pelos judeus do exílio babilônico e seguido pelo judaísmo de todos os matizes, tal como se desenvolveu na Palestina. A primeira opção, a de tradução, foi exercida pelos judeus do Egito, que assim seguiram um caminho distinto. Com ajuda da Arqueologia Bílica.
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